Fabrício Witzel de Medeiros1; Milton Ruiz Alves1; Mônica Helena Teixeira da Silva2; Fernado Betty Cresta1; Newton Kara José1
DOI: 10.1590/S0004-27492000000200005
ABSTRACT
Context: The topical use of anesthetic solutions is usually associated with toxic effects on the corneal epithelium. On the other hand, their use has been proposed for some situations, especially after photorefractive keratectomy a procedure that involves corneal scraping and has a very painful postoperative period. Purpose: To evaluate the influence of the topical use of proparacaine (0.05% and 0.5%) and phosphate buffer on the epithelial healing of corneal central wounds. Methods: A central epithelial corneal wound of a 6.0 mm diameter was performed in rabbits. Proparacaine and buffer were instilled every 30 minutes for 12 hours a day for 2 days. Epithelial regeneration was assessed through sequential photographs of the defective area stained with sodium fluorescein and the quantification of this area was performed using a computerized image analyzer. Results: There were no statistical differences in the corneal healing between the compared groups during the study. Proparacaine in those concentrations didn't induce histo-pathological abnormalities such as discontinuity of the epithelium, disorganization of collagen layers or polymor-phonuclear infiltration (the stromic edema and the limbic inflammatory infiltrates were not important). Conclusion: Topical use of proparacaine didn't delay reepi-thelialization of the defective area and was not responsible for important histopathological abnormalites.
Keywords: Proparacaine; Corneal wound healing
RESUMO
Contexto: O uso tópico de soluções anestésicas é freqüentemente associado a efeitos tóxicos ao epitélio corneano. Por outro lado, seu uso tem sido proposto em algumas situações, especialmente após a ceratectomia fotorefrativa (PRK), um procedimento que envolve desepitelização corneana e que tem um periodo pós-operatório bastante doloroso. Objetivo: Avaliar a influência do uso tópico de proparacaína nas concentrações a 0,05% e a 0,5% e de tampão fosfato (controle) na reparação de defeito epitelial corneano central. Métodos: Um defeito de 6,0 mm de diâmetro foi realizado na córnea de uma população de coelhos. Os colírios contendo os anestésicos e o tampão fosfato foram instilados, uma gota a cada 30 minutos, durante 12 horas, por 2 dias. A avaliação da cicatrização do defeito epitelial foi feita com fotografias seriadas da área sem epitélio, corada com fluoresceína sódica e medida com o auxílio de um analisador de imagem computadorizado. Resultados: A cicatrização corneana não apresentou diferença estatística entre os grupos comparados durante o estudo. A proparacaína nas diferentes concentrações não induziu alterações histopatológicas tais como: descontinuidade do epitélio, desorganização das camadas de colágeno ou presença de um infiltrado inflamatório intenso (o edema estrômico e o infiltrado inflamatório na região límbica foram discretos). Conclusão: O uso tópico de proparacaína não retardou a reepitelização do defeito epitelial e não foi responsável pelo aparecimento de alterações histopatológicas importantes.
Descritores: Proparacaína; Cicatrização epitelial
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