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Search for: Hipertensão; Diabetes mellitus; Glaucoma; Estudos de avaliação; Adulto
Abstract
Objetivo: Avaliar a prevalência de retinopatia diabética (RD) em uma associação de diabéticos, bem como o nível de informação dos pacientes a respeito desta doença. Métodos: O estudo avaliou, aleatoriamente, 46 pacientes de uma associação de diabéticos que responderam a perguntas sobre conhecimento da RD e avaliação oftalmoscópica prévia e foram submetidos à exame de fundo de olho por oftalmoscopia binocular indireta. Resultados: Entre os diabéticos tipo 1, o estudo encontrou 44,44% dos pacientes com RD e um caso de RD proliferativa; entre os diabéticos tipo 2, 24,3% possuíam RD; 65,22% dos indivíduos avaliados nunca haviam feito exame de oftalmoscopia, embora 80,43% já haviam tido alguma informação sobre RD. Conclusões: Concluímos que há baixa cobertura em termos de prevenção e detecção da RD nesta associação de diabéticos, o que contrasta com o nível de informação dos pacientes sobre a doença e com o fato de ser uma entidade voltada exclusivamente para o tratamento do diabete.
Keywords: Diabete melito; Retinopatia
Abstract
OBJETIVO: Avaliar as alterações do complexo tomográfico das células ganglionares em pacientes com edema macular diabético tratados com injeções intravítreas do fator de crescimento endotelial anti-vascular (anti-VEGF).
MÉTODOS: Analisamos dados de 35 olhos de 35 pacientes previamente não tratados nos quais o edema macular diabético melhorou após três doses de injeção de anti-VEGF e que não receberam injeções repetidas. Registramos avaliações da tomografia de coerência óptica de domínio espectral do complexo de células ganglionares e da espessura macular central na linha de base e mensalmente por três meses e, também no sexto e nono mês após o tratamento. Comparamos os resultados com os olhos não afetados nos mesmos pacientes e com os de um grupo controle de pacientes com edema macular diabético que não foram tratados.
RESULTADOS: A média da idade dos pacientes no grupo de tratamento foi de 60 ± 4,38 anos. As espessuras foveais medidas pela tomografia de coerência óptica diminuiram significativamente desde o início até o terceiro mês após a injeção (p<0,05). A espessura média do complexo de células ganglionares foi de 115,08 ± 16,72 µm antes da primeira injeção e 101,05 ± 12,67 µm após a terceira injeção (p<0,05). A média do complexo de célula ganglionar foi de 110,04 ± 15,07 µm no sexto mês (p>0,05) e 113,12 ± 11,15 µm no nono mês (p>0,05). Encontramos uma diferença significativa entre os pacientes e o grupo controle quanto à média da espessura do complexo de células ganglionares no segundo e terceiro meses após a injeção (p<0,05).
CONCLUSÃO: Nosso estudo mostrou que a espessura do complexo de células ganglionares em pacientes com edema macular diabético diminuiu após as injeções de anti-VEGF. Não podemos determinar se a diminuição da espessura do complexo de células ganglionares ocorreu devido aos efeitos dos agentes anti-VEGF ou ao curso natural da doença.
Keywords: Diabetes mellitus; Edema macular; Complexo de células ganglionares; Anti-fator de crescimento vascular endotelial; Doenças neurodegenerativas; Tomografia de coerência óptica
Abstract
OBJETIVO: Pode ocorrer redução da espessura da camada de células ganglionares em pacientes diabéticos sem retinopatia. As relações desse achado pré-clínico com a espessura da retina ou a densidade reduzida de vasos parafoveais não foram estabelecidas. Este estudo investigou as relações da espessura da camada de células ganglionares com a espessura da retina e densidade dos vasos parafoveais em pacientes com e sem diabetes.
MÉTODOS: Estudo prospectivo, observacional, transversal que utilizou angiotomografia de coerência óptica para comparar pacientes não diabéticos (grupo 1) com pacientes diabéticos sem retinopatia (grupo 2). As médias da espessura da camada de células ganglionares, espessura macular e densidade dos vasos parafoveais (central, interno e completo) foram comparadas entre os grupos (teste U de Mann-Whitney) e suas relações foram avaliadas em cada grupo (Teste de Spearman Rho).
RESULTADOS: No total, 68 olhos foram incluídos neste estudo: 34 no grupo 1 e 34 no grupo 2. A espessura da camada de células ganglionares não diferiu entre os grupos em nenhum setor. Houve fortes correlações positivas entre os campos 2 (parafoveal superior), 3 (parafoveal temporal) e 4 (parafoveal inferior) do mapa da espessura macular da tomografia de coerência óptica e a espessura da camada de células ganglionares em todos os setores dos dois grupos. A média da densidade central dos vasos foi menor nos pacientes diabéticos. Somente no grupo 1, as alterações de espessura da camada de células ganglionares nos setores inferior e nasal inferior foram parcialmente explicadas pela densidade do vaso interno (r2=0,32 e r2=0,27).
CONCLUSÕES: A média da espessura da camada de células ganglionares não foi menor em pacientes diabéticos sem retinopatia do que em pacientes não diabéticos. Além disso, exibiu uma correlação substancial com a espessura macular total. A densidade dos vasos parafoveais diminui antes do desbaste da camada de células ganglionares.
Keywords: Diabetes Mellitus; Células ganglionares da retina; Vasos retinianos; Angiofluoresceínografia; Mácula lútea; Tomografia de coerência óptica; Tonometria ocular
Abstract
Objetivo: Comparar as medidas de acuidade visual, espessura macular central e área de neovasos ativos na angiofluoresceinografia submetidos a panfotocoagulação retiniana padrão ETDRS associado a injeção intravítrea de ranibizumabe versus panfotocoagulação padrão PASCAL associado a injeção intravítrea de ranibizumabe versus somente injeção intravítrea de ranibizumabe em pacientes com retinopatia diabética proliferativa.
Métodos: Pacientes com retinopatia diabética proliferativa e virgens de tratamento, randomicamente divididos nas três diferentes terapias retinianas. Panfotocoagulação no grupo ETDRS em 2 sessões (semanas 0 e 2) e no grupo PASCAL, na semana 0. Injeção intravítrea de ranibizumabe realizado ao fim da primeira sessão de laser em ambos os grupos: ETDRS e PASCAL, e na semana 0 no grupo injeção intravítrea de ranibizumabe. Avaliações oftalmológicas, tomografia de coerência óptica e angiofluoesceinografia realizados na visita basal e a cada 4 semanas por 48 semanas.
Resultados: Trinta pacientes (n=40 olhos) completaram as 48 semanas de seguimento. Após o tratamento, a acuidade visual melhorou significantemente em todas a visitas no grupo injeção intravítrea de ranibizumabe (p<0,05); em todas exceto na semana 4 no grupo ETDRS, em todas exceto nas semanas 4 e 8 no grupo PASCAL. Redução significativa na espessura do subcampo central foi evidenciada no grupo PASCAL nas semanas 4, 8 e 48; somente na semana 48 no grupo injeção intravítrea de ranibizumabe, e em nenhuma visita no grupo ETDRS. Redução também na área de neovasos ativos em todas as visitas em todos os grupos. Não houve diferença significante entre os três grupos com relação a mudança media na medidas de acuidade visual, espessura macular central ou área de neovasos ativos da visita inicial para a semana 48.
Conclusões: Somente IVB ou este associado a panfotocoagulação ETDRS ou PASCAL, apresentaram efeitos semelhantes em relação a medidas de acuidade visual, espessura do subcampo central e área de neovasos ativos no decorrer de 48 semanas de seguimento.
Keywords: Retinopatia diabetica; Retina; Diabetes; Fator A de crescimento do endotélio vascular; Inibidorres da angiogenese/uso terapêutico; Ranibizumab/uso terapêutico; Panfotocoagulação; Acuidade visual
Abstract
Objetivos: Procuramos avaliar o uso da pupilometria estática e dinâmica quantitativa automatizada na triagem de pacientes com diabetes mellitus tipo 2 e em diferentes estágios de retinopatia diabética.
Métodos: Cento e cinquenta e cinco pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (grupo com diabetes mellitus) foram incluídos neste estudo e outros 145 controles saudáveis pareados por idade e sexo para server como grupo controle. O grupo com diabetes mellitus foi dividido em três subgrupos: diabetes mellitus sem retinopatia diabética (retinopatia não diabética), retinopatia diabética não proliferativa e retinopatia diabética proliferativa. A pupilometria estática e dinâmica foi realizada utilizando uma camera rotative Scheimpflug com um sistema baseado em topografia.
Resultados: Em termos de diâmetro da pupila, tanto na pupilometria estática quanto na dinâmica (p<0,05), foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos diabetes mellitus e controle e também entre os subgrupos retinopatia não diabética, retinopatia diabética não proliferativa e retinopatia diabética proliferativa. Mas foi observado que os grupos de retinopatia não diabética e retinopatia diabética não proliferativa mostraram semelhanças nos achados derivados da pupilometria estática em condições mesópicas e fotópicas. Os dois grupos também pareciam semelhantes em todos os pontos durante a pupilometria dinâmica (p>0,05). No entanto, pode-se concluir que o grupo de retinopatia diabética proliferative foi sugnificativamente diferente do restante dos subgrupos, retinopatia não diabética e retinopatia diabética não proliferativa, em termos de todas as medidas de pupilometris estática (p<0,05). A velocidade média de dilatação também foi significativamente diferente entre os grupos diabetes mellitus e controle, e entre os subgrupos diabetes mellitus (p<0,001). Enquanto correlações significativas fracas a moderadas foram encontradas entre todos os diâmetros da pupila na pupilometria estática e dinâmica com a duração do diabetes mellitus (p<0,05 para todos), os valores de HbA1c não mostraram correlações estatisticamente significantes com nenhum dos diâmetros da pupila estática e dinâmica investigados (p>0,05 para todos).
Conclusão: Este estudo revelou que as medidas derivadas da pupilometria automatizada estão alteradas em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. A presença de retinopatia diabética não proliferativa não afeta negativamente os achados pupilométricos, mas com a retinopatia diabética proliferative, alterações significativas foram observadas. Estes resultados sugerem que o uso da pupilometria quantitativa automatizada pode ser útil na verificação gravidade da retinopatia diabética.
Keywords: Retinopatia diabética; Diabetes Mellitus; Técnicas de diagnóstico oftalmológico; Pupila; Reflexo pupilar
Abstract
OBJETIVO: Descrever alterações microvasculares na mácula em diabéticos do tipo 2 sem retinopatia diabética e pacientes saudáveis, e correlacionar achados com perfil clínico nos diabéticos.
MÉTODOS: Foram incluídos 60 olhos de 30 diabéticos e 30 pacientes saudáveis. Diabéticos realizaram fundoscopia, retinografia® (CR2; Canon Inc., New York, New York, USA) e angiografia fluoresceínica® (TRC-50DXC; Topcon Inc., Tokyo, Japan) para descartar a presença de retinopatia. Os 60 pacientes realizaram a angiografia por tomografia de coerência óptica® (RTVue XR, Avanti, Optovue, Fremont, CA, USA) (área macular: 6 x 6 mm2) e foram analisados densidade vascular total, foveal e parafoveal no plexo capilar superficial e plexo capilar profundo, espessura foveal, espessura parafoveal, área da zona avascular da fóvea no plexo capilar superficial e área de fluxo da coriocapilar. Resultados da angiografia por tomografia de coerência óptica foram comparados entre os 2 grupos e correlacionados com acuidade visual, tempo de diabetes, controle glicêmico, perfil lipídico e função renal nos diabéticos.
RESULTADOS: Observou-se aumento mínimo da área de fluxo da coriocapilar nos diabéticos, média das áreas foi de 22,3 ± 4,6 mm² no grupo controle e 22,6 ± 3,9 mm² em diabéticos (p=0,017). Não foi observada diferença estatisticamente significante entre outras variáveis da angiografia por tomografia de coerência óptica analisadas nos dois grupos. Hemoglobina glicosilada e glicemia de jejum apresentaram correlação negativa estatisticamente significante com densidade vascular foveal de ambos os plexos e a glicemia de jejum se correlacionou positivamente com área de fluxo da coriocapilar (p=0,034). Outros dados clínicos avaliados não apresentaram correlação com achados da angiografia por tomografia de coerência óptica.
CONCLUSÃO: Resultados sugerem que a angiografia por tomografia de coerência óptica pode não ser a melhor ferramenta na detecção de alterações pré-clínicas em diabéticos, não substituindo o exame clínico, e corroboram a ideia de que o controle glicêmico deve ser o principal parâmetro clínico a ser considerado na triagem da retinopatia. Estudos com amostras maiores são necessários para confirmar os achados.
Keywords: Angiografia; Diabetes mellitus; Retinopatia diabética; Diagnóatico por imagem; Tomografia de coerência óptica
Abstract
A síndrome de pseudoesfoliação é mais frequente em pessoas com mais de 50 anos e sua prevalência aumenta com a idade. Poucos relatos descrevem casos em pacientes mais jovens, todos com história de cirurgia ocular, especialmente ressecção da íris. Descrevemos o caso de um homem de 27 anos com glaucoma bilateral avançado e material de pseudoesfoliação no OE. O paciente foi submetido a cirurgias de catarata em AO e a uma ceratoplastia penetrante no OD durante a infância. Atualmente, ele apresentou PIOs de 40 mmHg em AO. O OE apresentou material escamoso branco na borda pupilar e cápsula anterior, e linha Sampaolesi como achado gonioscópico. A trabeculectomia foi realizada em AO e obteve-se o controle da pressão intraocular. Diferentemente de outros casos relatados, o paciente não apresentou qualquer manipulação aparente da íris no olho afetado. No entanto, ele foi submetido a uma iridectomia no olho contralateral. Além disso, este é o primeiro caso a ser acompanhado de glaucoma bilateral no momento da detecção do material de pseudoesfoliação.
Keywords: Síndrome de exfoliação; Glaucoma; Extração de catarata; Adulto jovem
Abstract
Objetivo: Comparar a estrutura da córnea e as alterações morfológicas endoteliais após cirurgia de catarata por facoemulsificação sem intercorrências entre pacientes com diabetes mellitus tipo 2 e não diabéticos; e determinar quais fatores pré e intra-operatórios relacionados com a maior redução da densidade celular endotelial.
Métodos: Quarenta e cinco diabéticos (45 olhos) e 43 (43 olhos) controlos com catarata relacionada à idade foram incluídos neste estudo observacional prospectivo. Os parâmetros da córnea (espessura e volume) e do segmento anterior foram medidos pela tomografia Scheimpflug; a densidade e morfologia celular endotelial (coeficiente de variação do tamanho das células, células hexagonais) foram registrados usando microscopia especular não contato. Os pacientes foram avaliados no pré-operatório, 1 e 6 meses após a cirurgia. Foi realizada uma análise de regressão linear uni e multivariada para avaliar a relação entre os parâmetros demográficos, clínicos, oculares e intra-operatórios com a redução da densidade celular endotelial aos 6 meses.
Resultados: Nos dois grupos houve uma perda significativa de células endoteliais ao 1º mês pós-operatório (p<0,001), que permaneceu estável até ao 6º mês; sem diferenças estatisticas entre os grupos diabetes mellitus e não diabetes mellitus em qualquer avaliação. A espessura média da córnea no pós-operatório central aos 1 e 6 meses não mudou significativamente em relação ao valor médio pré-operatório nos dois grupos (p>0.05). A análise de regressão multivariada linear mostrou que a idade avançada (p=0.042) e os graus mais elevados de catarata (p=0.001) foram significativamente associados à maior redução densidade celular endotelial aos 6 meses de seguimento.
Conclusão: Este estudo mostrou que a idade avançada e as cataratas mais densas podem predispor a uma maior redução densidade celular endotelial após a cirurgia de catarata. Outros fatores, como diabetes mellitus e parâmetros pré-operatórios do segmento anterior, não influenciaram significativamente as alterações pós-operatórias da densidade celular endotelial.
Keywords: Catarata; Facoemulsificação; Diabetes mellitus tipo 2; Retinopatia diabética; Epitélio posterior; Paquimetria corneana; Perda de células endoteliais da córnea
Abstract
Objetivos: Investigar o efeito do nível de hemoglobina A1c (HbA1c) na espessura macular central e na espessura da coróide central, nasal e temporal em pacientes com diabetes mellitus gestacional.
Métodos: Este estudo retrospectivo incluiu 82 olhos de 41 pacientes diagnosticadas com diabetes mellitus gestacional, as quais fizeram um teste de tolerância oral à glicose de 75 g entre 24 e 28 semanas de gestação. As pacientes foram divididas em dois grupos de acordo com o nível de hemoglobina A1c (hemoglobina A1c <6,0% e hemoglobina A1c ≥6,0%). Todas as pacientes foram submetidas a exame oftalmológico completo e, a espessura macular central, a espessura central, nasal e temporal da coroide foram mensuradas por tomografia de coerência óptica.
Resultados: Durante o período do estudo, das 3.016 gestantes triadas, 7,5% (n=228) foram diagnosticadas com diabetes mellitus gestacional. Destas, 41 pacientes foram analisadas de acordo com os critérios do estudo. Houve 48 olhos de 24 pacientes no primeiro grupo com hemoglobina A1c <6,0% e 34 olhos de 17 pacientes no segundo grupo com hemoglobina A1c ≥6,0%. Os valores médios do índice de massa corporal foram de 30,8 ± 3,3 e 35,1 ± 9,0, respectivamente (p=0,002). As taxas referentes ao uso de insulina foram de 29,2% e 76,5%, respectivamente (p=0,000). Os valores médios da espessura macular central foram medidos em 250,8 ± 14,3 μm e 260,9 ± 18,1 μm, respectivamente e a diferença foi significativa entre os dois grupos (p=0,008).
Conclusões: Embora os valores do índice de massa corporal e da espessura macular central tenham sido significativamente maiores no Grupo 2 com hemoglobina A1c alta, não houve diferenças nas medidas de espessura coroidal central, nasal e temporal entre os dois grupos.
Keywords: Diabetes mellitus gestacional; HbA1c; Espessura macular central; Espessura da coroide central; Tomografia de coerência óptica
Abstract
Objetivo: Identificar tendências no campo de pesquisa da orbitopatia de Graves nas últimas duas décadas e analisar os ramos de maior concentração de pesquisas nessa área.
Métodos: O banco de dados Web of Science foi usado para extrair artigos com “orbitopatia de Graves” ou seus sinônimos no título. Dados completos e referências foram exportados para o programa VOSviewer para serem analisados. Mapas e gráficos de visualização foram construídos a partir desses dados.
Resultados: Foram obtidos 1067 artigos sobre a orbitopatia de Graves a partir do banco de dados Web of Science. Os EUA ficaram em primeiro lugar em termos de número de publicações, seguidos pela Itália e pela República Popular da China. Dentre os autores, os artigos de Wiersinga WM tiveram o maior número de citações. Quanto às instituições, os artigos da Universidade de Amsterdã tiveram o maior número de citações, mas a Universidade de Pisa publicou o maior número de artigos. Dentre os periódicos, a revista Thyroid publicou o maior número de artigos. A análise de coautoria mostrou quatro agrupamentos de colaboração entre países. O primeiro agrupamento engloba países europeus; o segundo engloba os EUA, Brasil, Canadá, Coreia do Sul e Taiwan. A República Popular da China compreende um agrupamento por si só. O quarto agrupamento inclui Japão, Austrália e Polônia. A análise das palavras-chave revelou cinco agrupamentos de tópicos de palavras-chave: patogênese, gerenciamento, associação, qualidade de vida e cirurgia. A análise das referências citadas em conjunto revelou cinco agrupamentos: patogênese, manejo, fatores de risco, avaliação clínica e manejo cirúrgico.
Conclusão: A pesquisa no campo da orbitopatia de Graves cresceu nos últimos vinte anos. Os tópicos com a maior concentração de pesquisas são: patogênese, gerenciamento, fatores de risco, qualidade de vida e complicações. As tendências de pesquisa mudaram nas últimas duas décadas. Ficou evidente um aumento do interesse em explorar os mecanismos e associações da orbitopatia de Graves. Observou-se uma cooperação entre países europeus neste campo de pesquisa. Os EUA estabeleceram uma cooperação internacional mais ampla que outros países. Acreditamos que mais colaboração internacional envolvendo países em desenvolvimento seria recomendável.
Keywords: Oftalmopatia de Graves; Bibliometria; Oftalmopatia de Graves; Pesquisa
Abstract
Objetivo: Investigar a associação de desfechos anatômicos com doenças sistêmicas e medicamentos em casos submetidos à ceratoplastia endotelial da membrana de Descemet e fatores relativos aos doadores.
Métodos: Foram incluídos neste estudo retrospectivo enxertos obtidos de doadores não diabéticos e 60 casos operados por um único cirurgião. Foram registrados os dados dos casos, incluindo a presença de diabetes mellitus e hipertensão, medicamentos antidiabéticos e anti-hipertensivos, tamponamentos intracamerais e desfechos anatômicos. Os dados dos doadores foram obtidos dos prontuários do banco de olhos.
Resultados: Dezoito casos tinham diabetes mellitus tipo 2 (30%) e 34 tinham hipertensão (56,6%). Entre os casos de diabetes mellitus, 13 estavam em uso de uma medicação antidiabética de agente único, 4 estavam em terapia antidiabética oral dupla e 1 estava em insulinoterapia. Entre os hipertensos, 11 estavam em monoterapia e 23 em terapia anti-hipertensiva dupla. No pós-operatório, 35 pacientes (58,3%) submeteram-se a uma fixação endotelial, enquanto 8 casos (13,3%) receberam reinjeção, 7 casos (11,7%) necessitaram de ceratoplastia endotelial da membrana de Descemet e 10 casos (16,7%) foram submetidos a uma ceratoplastia penetrante. A média de idade dos doadores foi de 51,2 ± 14,1 anos. A causa mais comum de morte do doador foi parada cardiorrespiratória (36/60 casos; 60,0%). A análise de regressão revelou que a presença de diabetes mellitus causa distúrbios significativos na fixação do enxerto (p=0,034), enquanto a presença de hipertensão, o uso de medicamentos antidiabéticos e anti-hipertensivos, o tipo de tamponamento usado, a idade, o sexo, a causa da morte e a contagem de células endoteliais especulares dos doadores não demonstraram associações estatisticamente significativas com a fixação do enxerto (p>0,05).
Conclusão: Os resultados anatômicos da cirurgia de ceratoplastia endotelial da membrana de Descemet são afetados por fatores do receptor e do doador. A presença de diabetes mellitus no receptor teve um significativo impacto negativo na fixação do enxerto.
Keywords: Membrana de Descemet; Ceratoplastia endotelial; Diabetes mellitus; Contagem de células endoteliais; Hipertensão
Abstract
Objetivo: Avaliar a relação da espessura subfoveal da coroide e dos níveis plasmáticos de dimetil-arginina assimétrica com a gravidade da retinopatia diabética em pacientes com diabetes mellitus tipo 2.
Métodos: Foram incluídos 68 casos, compreendendo 15 pacientes sem retinopatia diabética, 17 pacientes com retinopatia diabética não proliferativa, 16 pacientes com retinopatia diabética proliferativa, e 20 casos saudáveis (grupo de controle). A espessura subfoveal da coroide foi medida manualmente, usando o programa de varredura com tomografia computadorizada óptica com imagem profunda aprimorada, e os níveis plasmáticos de dimetil-arginina assimétrica foram medidos usando um kit microELISA comercial.
Resultados: Os valores da espessura subfoveal da coroide e os níveis plasmáticos de dimetil-arginina assimétrica foram significativamente diferentes nos quatro grupos (p<0,001 para ambos os parâmetros). Os valores da espessura subfoveal da coroide foram significativamente menores no grupo com retinopatia diabética proliferativa do que nos outros três grupos (sem retinopatia diabética, retinopatia diabética não proliferativa e grupo de controle, com p<0,001, p=0,045 e p<0,001, respectivamente). Já os níveis plasmáticos de dimetil-arginina assimétrica foram significativamente maiores no grupo com retinopatia diabética proliferativa do que nos outros três grupos (p<0,001, p=0,04 e p<0,001, respectivamente). Além disso, também foi encontrada uma correlação negativa significativa entre os níveis plasmáticos de dimetil-arginina assimétrica e a espessura subfoveal da coroide (p<0,001, r=-0,479).
Conclusão: A dimetil-arginina assimétrica é um importante marcador de disfunção endotelial e um inibidor endógeno da óxido nítrico sintase. Foi encontrada uma relação da gravidade da retinopatia diabética e de níveis elevados de dimetil-arginina assimétrica no plasma com a redução da espessura subfoveal da coroide em pacientes diabéticos tipo 2 com retinopatia diabética.
Keywords: Diabetes Mellitus, Tipo 2; Retinopatia diabética; Coroide; Fóvea central; Óxido nítrico; Arginina; Tomografia de coerência óptica
Abstract
Objetivo: Avaliar se as características da tomografia de coerência óptica de domínio espectral dos espaços cistoides intraretinianos prevêem resultados visuais em pacientes que recebem terapia de injeção intravítrea com fator de crescimento endotelial antivascular (bevacizumab 1,25 mg/0,05 ml) para edema macular cistoide diabético.
Métodos: A relação entre as propriedades dos espaços cistoides antes da injeção e os resultados anatômicos e funcionais após a injeção foi investigada em pacientes que receberam três injeções intravítreas para edema macular cistoide. A melhor acuidade visual corrigida para a melhora funcional e a espessura do subcampo central para a melhora anatômica foram avaliadas. Além disso, foi avaliada a relação da localização dos espaços cistoides com a integridade dos fotorreceptores e camadas internas da retina.
Resultados: Em 36 olhos de 36 pacientes, a melhor acuidade visual corrigida foi significativamente aprimorada (p=0,002), e a espessura média do subcampo central foi diminuída após injeções (p=0,003). O aprimoramento da melhor acuidade visual corrigida foi limitado nos olhos com cistos na camada nuclear externa (p=0,045). A reflexividade intracística foi maior nos olhos que falharam na melhor acuidade visual corrigida do que nos olhos com resultados visuais bem-sucedidos (p=0,028). A zona elipsoide interrompida esteve presente em 13 (59,0%) de 22 olhos com cistos na camada nuclear externa, e em apenas 1 de 14 olhos (7,1%) sem cistos na camada nuclear externa (p=0,009). A desorganização das camadas internas da retina esteve presente em 15 dos 22 olhos (68,1%) com cistos na camada nuclear externa, enquanto apenas 2 em 14 olhos (14,2%) sem cistos na camada nuclear externa tiveram desorganização das camadas internas da retina (p=0,013).
Conclusão: Características dos espaços cistoides intrarretinianos podem prever prognóstico em pacientes com edema macular cistoide diabético e ganho visual pode ser limitado nos olhos com cistos na camada nuclear externa.
Keywords: Diabetes Mellitus; Retinopatia diabética; Edema macular; Tomografia de coerência óptica; Espaços cistoides intrarretinianos; Acuidade visual.
Abstract
OBJETIVO: Os níveis séricos de N-óxido de trimetilamina têm sido associados ao diabetes mellitus tipo 2 e suas complicações. O presente estudo tem como objetivo responder a duas questões, entre elas: O nível plasmático de N-óxido de trimetilamina poderia ser um novo marcador no diagnóstico de retinopatia diabética? e Ele poderia ser utilizado no diagnóstico diferencial de retinopatia diabética e não diabética?
MÉTODOS: Trinta pacientes com retinopatia diabética, 30 pacientes com retinopatia não diabética, 30 pacientes com diabetes mellitus tipo 2 sem retinopatia e 30 participantes saudáveis do grupo controle foram incluídos no estudo. Parâmetros bioquímicos, níveis séricos de IL-6, de TNF-α e de N-óxido de trimetilamina foram medidos em todos os participantes.
RESULTADOS: O nível de N-óxido de trimetilamina foi significativamente maior na retinopatia diabética do que nos outros grupos (p<0,001). Não houve diferença significativa no nível de N-óxido de trimetilamina entre o grupo de retinopatia não diabética, do grupo controle ou do grupo de diabetes mellitus tipo 2. Houve uma correlação positiva significativa entre o nível de N-óxido de trimetilamina e os níveis elevados de FPG, IMC, HOMA-IR, BUN, IL-6 e TNF-α.
CONCLUSÃO: O estudo atual mostrou que o nível de N-óxido de trimetilamina encontra-se elevado na retinopatia diabética. Esses achados sugerem que o nível sérico de N-óxido de trimetilamina pode ser um novo marcador na retinopatia diabética, podendo ser usado no diagnóstico diferencial de retinopatia diabética e não diabética.
Keywords: Biomarcadores; Retinopatia diabética; Diagnóstico diferencial; Óxidos; Diabetes mellitus tipo 2; N-óxido de trimetilamina; Trimetilamina
Abstract
OBJETIVO: Avaliar as alterações precoces após a primeira injeção de anticorpos antifator de crescimento endotelial vascular (anti-VEGF) em casos de edema macular secundário à retinopatia diabética e oclusão da veia da retina e a relação entre essas alterações e o resultado a longo prazo.
MÉTODOS: Foram incluídos no estudo pacientes que receberam uma injeção de antifator de crescimento endotelial vascular para edema macular, virgem de tratamento e devido à oclusão da veia retiniana ou a retinopatia diabética. A espessura macular central foi medida no início do tratamento e no 1º dia, 2ª semana e 1º mês após a injeção, bem como na última visita, através de tomografia de coerência óptica de domínio espectral. Definiu-se uma “boa resposta” como uma redução ≥10% na espessura macular central no 1º dia após a injeção. Os pacientes foram reavaliados na última visita com relação à resposta ao tratamento no 1º dia após a injeção, com base em um resultado anatômico favorável, definido como uma espessura macular central <350 µm.
RESULTADO: Foram registrados 26 (44,8%) pacientes com edema macular e oclusão da veia da retina e 32 (55,2%) com edema macular e retinopatia diabética. O tempo médio de acompanhamento foi de 24,0 meses (desvio-padrão de 8,5 meses). Foi observada uma diminuição estatisticamente significativa da espessura macular central após o tratamento antifator de crescimento endotelial vascular tanto em pacientes com edema macular e oclusão da veia retiniana quanto naqueles com edema macular e retinopatia diabética (p<0,001 para ambos). Todos os pacientes com edema macular e oclusão da veia retiniana responderam bem no 1º dia pós-injeção. Todos os que responderam mal no 1º dia pós-injeção pertenciam ao grupo com edema macular e retinopatia diabética (n=16,50%). A presença de manchas hiperrefletivas foi maior nos pacientes que responderam mal do que naqueles que tiveram boa resposta no grupo com edema macular e retinopatia diabética (p=0,03). Um dos 42 (2,4%) pacientes com boa resposta total teve espessura macular central >350 µm, enquanto 5 (31,2%) do total de 16 pacientes com resposta ruim apresentaram espessura macular central >350 µm na última visita (p=0,003).
CONCLUSÃO: O resultado anatômico de longo prazo do edema macular secundário à oclusão da veia retiniana e à retinopatia diabética pode ser previsto pela resposta ao tratamento no 1º dia após a injeção de antifator de crescimento endotelial vascular.
Keywords: Edema macular; Retinopatia diabética; Diabetes mellitus; Oclusão da veia retiniana; Fator A de crescimento do endotélio vascular; Inibidores da angiogênese; Resultado do tratamento
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