Open Access Peer-Reviewed
Editorial

Tarsorrhaphy: applications in a Cornea Service

Tarsorrafia: aplicações em um Serviço de Córnea

Patrick Frensel de Moraes Tzelikis1; Cristiano Menezes Diniz2; Marco Antônio Guarino Tanure3; Fernando Cançado Trindade4

DOI: 10.1590/S0004-27492005000100019

ABSTRACT

PURPOSE: To evaluate the main indications for tarsorrhaphy in a Corneal Service, as well as success rate and possible complications. METHODS: All patients who underwent tarsorrhaphy from January 1st, 2002 to December 30th, 2002, in São Geraldo Eye Hospital - Federal University of Minas Gerais were evaluated retrospectively. Reviewed data included patient's sex and age, indication for tarsorrhaphy, duration of signs and symptoms before tarsorrhaphy, time for epithelial healing after tarsorrhaphy, type of tarsorrhaphy, complications, follow-up time. RESULTS: Eighteen patients underwent tarsorrhaphy. The indications for a tarsorrhaphy were exposure keratopathy (27.8%), persistent epithelial defect associated with penetrating keratoplasty (38.8%), neurotrophic ulcer (11.1%), dry eye syndrome (5.6%), Stevens-Johnson syndrome (11.1%), and chemical burn (5.6%). The epithelial defect resolved completely in 15 patients (83.3%). Mean duration of signs and symptoms before tarsorrhaphy was 98.7±48.6 days, and time to heal after tarsorrhaphy was 53.2±22.8 days. Of the 18 procedures, two (11.1%) were temporary and 16 (88.9%) permanent. Complications after tarsorrhaphy were premature opening of the tarsorrhaphy, trichiasis and pyogenic granuloma. CONCLUSION: Tarsorrhaphy is a simple procedure, being also very safe and effective in the management of nonhealing epithelial defects, with a success rate of 83.3% and with minor complications.

Keywords: Eyelids; Ophthalmologic surgical procedures; Corneal ulcer; Keratoplasty, penetrating; Epithelium, Corneal; Delivery of health care

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar as principais indicações de tarsorrafia em Serviço de Córnea, bem como as taxas de sucesso e possíveis complicações do procedimento. MÉTODOS: Foram avaliados, retrospectivamente, todos os pacientes submetidos a tarsorrafia no período de 1 de janeiro de 2002 a 30 de dezembro de 2002 no Hospital São Geraldo, Universidade Federal de Minas Gerais. Avaliou-se idade e sexo do paciente, indicação da tarsorrafia, duração dos sinais e sintomas antes da tarsorrafia, tempo para reepitelização corneana, tipo de tarsorrafia, complicações da tarsorrafia, número de tarsorrafias e duração do acompanhamento. RESULTADOS: Foram encontrados 18 pacientes submetidos a tarsorrafia. As indicações para tarsorrafia foram úlcera de exposição (27,8%), defeito epitelial persistente associado a transplante de córnea (38,8%), úlcera neurotrófica (11,1%), síndrome do olho seco (5,6%), síndrome de Stevens-Johnson (11,1%) e queimadura química (5,6%). Dos 18 pacientes que apresentavam defeito epitelial, 15 pacientes (83,3%) apresentaram epitelização completa com a tarsorrafia. A duração média de sinais e sintomas antes da tarsorrafia foi de 98,7 ± 48,6 dias, e o tempo para epitelização após a cirurgia foi de 53,2 ± 22,8 dias. Do total de 18 tarsorrafias, duas (11,1%) foram temporárias e 16 (88,9%) permanentes. As complicações relacionadas ao procedimento cirúrgico foram abertura precoce da tarsorrafia, triquíase e granuloma piogênico. CONCLUSÃO: A tarsorrafia se mostrou procedimento de fácil realização, sendo bastante segura e eficaz no tratamento de defeitos epiteliais, com taxa de sucesso de 83,3% e com poucas complicações.

Descritores: Pálpebras; Procedimentos cirúrgicos oftálmicos; Úlcera da córnea; Ceratoplastia penetrante; Epitélio da córnea; Prestação de cuidados de saúde


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