Gustavo Valandro Rech1; John Prochnau2; Rosangela Rosa da Rosa3; Othello Moreira Fabião Neto4; Fernando Antônio de Oliveira Costa4
DOI: 10.1590/S0004-27492004000600024
ABSTRACT
Rathke's cleft cysts are parasellar lesions, which are usually asymptomatic and found in 12 to 33% of autopsies done on patients with normal pituitary gland. Occasionally, the cysts can swell up to the point of putting pressure on the suprasellar and intrasellar structures, which provoke the symptoms. Clinically, the patients complain about blurred vision and they also present hemianopsia deficiency. M.A.S.R., 47 years old, female, white, born in Pelotas/RS, complained about progressive vision reduction in the right eye for 2 months. During the examination, loss of vision and bitemporal hemianopsia were discovered. Computerized tomography highlighted a rounded hypodense image with clear borders, in sellar topography, determining remodeling and enlarging of the sella turcica. Magnetic resonance showed expansive cystic injury located in the sella turcica with suprasellar growth. The mentioned injury presented obliteration in the suprasellar cistern and an important compression on the optic chiasm. The surgical approach confirmed the presence of extensive cystic injury compressing the optic chiasm, and the anatomicopathological examination of the material diagnosed Rathke's cleft cyst. The ophthalmic examination three months after the surgery showed improvement in visual accuracy and total recovery of defects of the visual field. Rathke's cleft cyst must be included in the differential diagnosis of parasellar tumors which may cause compression of optical pathway, and the importance of the diagnosis and immediate treatment with the purpose of avoiding structural damages with unreversible losses of visual function, as well as endocrine disorders are emphasized.
Keywords: Hemianopsia; Visual field; Cysts; Sella turcica; Pituitary diseases; Tissue cultures; Magnetic resonance imaging
RESUMO
Os cistos da fenda de Rathke são lesões para-selares, geralmente assintomáticas, presentes em 12 a 33% das autópsias de pacientes com hipófise normal. Ocasionalmente, os cistos podem aumentar de volume a ponto de comprimir estruturas supra-selares e intra-selares, levando ao aparecimento dos sintomas. Clinicamente, os pacientes referem escurecimento visual, além de apresentarem defeitos campimétricos. M.A.S.R., 47 anos, sexo feminino, branca, natural de Pelotas/RS com queixa de embaçamento progressivo da visão do olho direito há 2 meses. Ao exame, constatou-se baixa visual e hemianopsia bitemporal. A tomografia computadorizada evidenciou imagem hipodensa arredondada, de bordos nítidos, em topografia selar, determinando remodelação e alargamento da sela túrcica. A ressonância magnética mostrou lesão expansiva cística localizada na sela túrcica com crescimento supra-selar. A referida lesão apresenta obliteração da cisterna supra-selar e importante compressão sobre o quiasma óptico. A abordagem cirúrgica confirmou a presença de lesão expansiva cística comprimindo o quiasma óptico e o exame de anatomia patológica do material diagnosticou cisto da fenda de Rathke. O exame oftalmológico, três meses após a cirurgia, mostrou melhora da acuidade visual e recuperação total dos defeitos do campo visual. O cisto da fenda de Rathke deve ser incluído no diagnóstico diferencial dos tumores para-selares passíveis de causar compressão da via óptica nervosa e ressalta-se a importância do diagnóstico e tratamento precoce no intuito de prevenir danos estruturais com perdas irreversíveis da função visual, bem como os distúrbios endócrinos.
Descritores: Hemianopsia; Campo visual; Cistos; Sela túrcica; Doenças hipofisárias; Cultivo de tecido; Imagem por ressonância magnética
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