Murat Kasikci1; Tuncay Kusbeci2; Guliz Yavas3; Onur Polat4; Umit Inan5
DOI: 10.5935/0004-2749.2021-0130
RESUMO
Objetivo: Avaliar a acuidade visual através de potenciais evocados visuais de varredura em crianças saudáveis e ambliópicas, comparando-a com a acuidade visual pelo teste de Snellen.
Métodos: Foram incluídas no estudo 160 crianças com idades entre 6 e 17 anos. Desse total, 104 crianças (65%) estavam entre 7 e 17 anos de idade, eram capazes de comunicação verbal e não tinham nenhuma patologia ocular ou sistêmica (Grupo 1). O grupo 2 incluiu 56 crianças verbais (35%) com idades entre 6 e 17 anos e portadoras de estrabismo ou ambliopia anisometrópica, com a melhor acuidade visual corrigida entre 0,1 e 0,8. Todos os pacientes foram submetidos a um exame oftalmológico detalhado e a uma medição do potencial evocado visual por varredura. Registraram-se as características demográficas, os achados oculares, a melhor acuidade visual corrigida e os resultados do potencial evocado visual por varredura.
Resultados: No Grupo 1, os valores médios e máximos da acuidade visual pelo potencial evocado visual por varredura mostraram-se menores que a melhor acuidade visual corrigida medida através do teste de Snellen (p<0,001 para ambas as medições). Uma análise de Bland-Altman revelou que no grupo 1, a distribuição das diferenças entre a melhor acuidade visual corrigida pelo teste de Snellen e a média do potencial evocado visual por varredura foi de ± 0,11 logMAR, enquanto a distribuição das diferenças entre a melhor acuidade visual corrigida pelo teste de Snellen e o valor máximo do potencial evocado visual por varredura foi de ± 0,023 logMAR. No Grupo 2, os valores médio e máximo do potencial evocado visual por varredura mostraram-se menores que a melhor acuidade visual corrigida pelo teste de Snellen (respectivamente, p<0,001 e p=0,009). A análise de Bland-Altman revelou que a distribuição das diferenças entre a melhor acuidade visual corrigida pelo teste de Snellen e a média do potencial evocado visual por varredura foi de ± 0,16 logMAR, enquanto a distribuição das diferenças entre a melhor acuidade visual corrigida pelo teste de Snellen e o valor máximo do potencial evocado visual por varredura foi de ± 0,19 logMAR.
Conclusões: As medidas da acuidade visual através do potencial evocado visual por varredura mostram resultados comparáveis às medidas da acuidade visual pelo teste de Snellen. Essa técnica é um método objetivo e confiável de se avaliar a acuidade visual em crianças.
Descritores: Ambliopia; Acuidade visual; Potenciais evocados visuais; Testes visuais; Humanos; Criança; Adolescente.
ABSTRACT
Purpose: To evaluate the visual acuity of healthy and amblyopic children using sweep visual evoked potential and compare the results with those of Snellen visual acuity testing.
Methods: A total of 160 children aged 6-17 years were included in the study. Of these, 104 (65%) were aged 7-17 years old, able to verbally communicate, and did not have any systemic or ocular pathology (Group 1). Group 2 included 56 (35%) children aged 6-17 years, able to verbally communicate, and had strabismus or anisometropic amblyopia whose best corrected visual acuity was between 0.1 and 0.8. All subjects underwent a detailed ophthalmological examination and sweep visual evoked potential measurement. Demographic characteristics, ocular findings, best corrected visual acuity, and sweep visual evoked potential results were recorded.
Results: In Group 1, the mean and maximum visual acuity values for sweep visual evoked potential were lower than the Snellen best corrected visual acuity (p<0.001, for both, respectively). Bland-Altman analysis revealed that in Group 1, the distribution of the differences between the Snellen best corrected visual acuity and mean sweep visual evoked potential visual acuity was ±0.11 logMAR, and the distribution of the differences between the Snellen best corrected visual acuity and maximum sweep visual evoked potential visual acuity was ±0.023 logMAR. In Group 2, the mean and maximum sweep visual evoked potential visual acuity were lower than the Snellen best corrected visual acuity (p<0.001 and p=0.009, respectively). Bland-Altman analysis revealed that the distribution of the differences between the Snellen best corrected visual acuity and mean sweep visual evoked potential visual acuity was ±0.16 logMAR, and the distribution of the differences between the Snellen best corrected visual acuity and maximum sweep visual evoked potential visual acuity was ±0.19 logMAR.
Conclusions: Sweep visual evoked potential visual acuity measurements have comparable results with Snellen visual acuity measurements. This technique is an objective and reliable method for evaluating visual acuity in children.
Keywords: Amblyopia; Visual acuity; Visual evoked potentials; Vision tests; Humans; Child; Adolescent.
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