Nesrin Tutaş Günaydın1; Berkay Akmaz2; Baran Kandemir1
DOI: 10.5935/0004-2749.20230053
RESUMO
Objetivo: Este estudo teve como objetivo comparar os resultados clínicos após ceratoplastia lamelar anterior profunda e ceratoplastia penetrante nos olhos contralaterais dos mesmos pacientes.
Métodos: Nesta série de casos comparativa e retrospectiva, avaliaram-se os seguintes dados de resultados clínicos: melhor acuidade visual corrigida, equivalente esférico refrativo, astigmatismo refrativo, densidade de células endoteliais, perda de células endoteliais, espessura central da córnea e pressão intraocular. Esses dados foram avaliados aos 6, 12, 24 e 36 meses após ceratoplastia lamelar anterior profunda e ceratoplastia penetrante. Também foram avaliadas as complicações.
Resultados: Foram incluídos 52 olhos (26 pacientes), sendo que 19 pacientes apresentavam ceratocone, 6 apresentavam distrofia estromal e 1 apresentava ectasia após ceratomileuse in situ assistida por laser. O tempo médio de acompanhamento foi de 44,1 ± 10,5 meses no grupo da ceratoplastia lamelar anterior profunda e 47,9 ± 11,9 meses no grupo da ceratoplastia penetrante. Nenhuma diferença significativa foi observada nas médias da melhor acuidade visual corrigida, equivalente esférico refrativo, astigmatismo refrativo e espessura central da córnea entre os grupos da ceratoplastia lamelar anterior profunda e da ceratoplastia penetrante durante o acompanhamento. A densidade de células endoteliais foi significativamente maior no grupo da ceratoplastia lamelar anterior profunda que no grupo da ceratoplastia penetrante aos 24 e 36 meses de pós-operatório (p=0,022 e 0,013, respectivamente). A perda de células endoteliais foi significativamente menor no grupo da ceratoplastia lamelar anterior profunda que no grupo da ceratoplastia penetrante aos 24 e 36 meses de pós-operatório (p=0,025 e 0,001, respectivamente). A pressão intraocular foi significativamente menor no grupo da ceratoplastia lamelar anterior profunda que no grupo da ceratoplastia penetrante aos 6 meses de pós-operatório (p=0,015). Ocorreu microperfuração em 4 olhos (15%) durante a cirurgia de ceratoplastia lamelar anterior profunda; entretanto, a ceratoplastia penetrante não foi necessária. Não ocorreu nenhuma rejeição endotelial no grupo da ceratoplastia penetrante durante o período de acompanhamento.
Conclusões: Durante o acompanhamento de 3 anos, a perda de células endoteliais e a pressão intraocular foram significativamente menores no grupo da ceratoplastia lamelar anterior profunda que no grupo da ceratoplastia penetrante, mas os resultados visuais e refrativos foram semelhantes.
Descritores: Doenças da córnea/cirurgia; Ceratocone/cirurgia; Ceratoplastia penetrante/métodos; Transplante de córnea/métodos; Pressão intraocular; Estudo comparativo.
ABSTRACT
Purpose: This study aimed to compare the clinical outcomes following deep anterior lamellar keratoplasty and penetrating keratoplasty in contralateral eyes of the same patients.
Methods: In this retrospective, comparative case series, clinical outcome data included best-corrected visual acuity, refractive spherical equivalent, refractive astigmatism, endothelial cell density, endothelial cell loss, central corneal thickness, and intraocular pressure, which were evaluated at 6, 12, 24, and 36 months after deep anterior lamellar keratoplasty and penetrating keratoplasty. Additionally, complications were assessed.
Results: Fifty-two eyes (26 patients) were included, of which 19 patients had keratoconus, 6 had stromal dystrophy, and 1 had post-laser-assisted in situ keratomileusis ectasia. The mean follow-up was 44.1 ± 10.5 months in the deep anterior lamellar keratoplasty Group and 47.9 ± 11.9 months in the penetrating keratoplasty Group. No significant differences were observed in the mean best-corrected visual acuity, refractive spherical equivalent, refractive astigmatism, and central corneal thickness between the deep anterior lamellar keratoplasty and penetrating keratoplasty Groups during follow-up. The endothelial cell density was significantly higher in the deep anterior lamellar keratoplasty Group than in the penetrating keratoplasty Group at 24 and 36 months postoperatively (p=0.022 and 0.013, respectively). Endothelial cell loss was significantly lower in the deep anterior lamellar keratoplasty Group than in the penetrating keratoplasty Group at 24 and 36 months postoperatively (p=0.025 and 0.001, respectively). Intraocular pressure was significantly lower in the deep anterior lamellar keratoplasty Group than in the penetrating keratoplasty Grroup at 6 months postoperatively (p=0.015). Microperforation occurred in 4 eyes (15%) during deep anterior lamellar keratoplasty surgery; however, penetrating keratoplasty was not required. No endothelial rejection occurred in the penetrating keratoplasty Group during follow-up.
Conclusions: Over the 3-year follow-up, endothelial cell loss and intraocular pressure in the deep anterior lamellar keratoplasty Group were significantly lower than those in the penetrating keratoplasty Group, while visual and refractive results were similar.
Keywords: Corneal diseases/surgery; Keratoconus/surgery; Keratoplasty; penetrating/methods; Corneal transplantation/methods; Intraocular pressure; Comparative study.
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