Semih Bolu1; İlke Direkçi2; Abdulvahit Aşık3
DOI: 10.5935/0004-2749.20230038
RESUMO
Objetivo: Avaliar a pressão intraocular e as alterações da amplitude do pulso ocular em crianças e adolescentes obesos, usando tonometria de contorno dinâmico.
Métodos: Um total de 137 casos, sendo 64 crianças obesas e 73 crianças saudáveis, pareadas por idade e sexo, compôs a população estudada neste estudo transversal. Crianças com valores de índice de massa corporal superior ao percentil de 95% para seu sexo e idade foram consideradas obesas. Os participantes foram submetidos a exames oftalmológicos detalhados, incluindo a medição da pressão intraocular com um tonômetro de contorno dinâmico Pascal. As relações entre a pressão intraocular e as medidas da amplitude do pulso ocular com a idade, sexo, obesidade, estado puberal e resistência à insulina foram investigadas.
Resultados: A amplitude do pulso ocular bilateral foi menor no grupo obeso do que no grupo controle saudável (p<0,001), enquanto a pressão intraocular foi maior (p<0,001). Não foi observada nenhuma relação significativa entre a resistência à insulina e a pressão intraocular ou a amplitude de pulso ocular (p>0,005). Não foi determinada nenhuma correlação entre a pressão arterial sistólica e diastólica, a avaliação do modelo de homeostase para resistência à insulina ou os níveis de lipídios sanguíneos e a pressão intraocular e a amplitude de pulso ocular.
Conclusão: Os resultados mostraram que a obesidade causou um aumento da pressão intraocular e uma diminuição da amplitude do pulso ocular em crianças e adolescentes, independentemente da resistência à insulina. São necessários agora estudos prospectivos envolvendo o seguimento de longo prazo dos casos, para avaliar os prováveis efeitos adversos desses achados oculares observados em crianças obesas.
Descritores: Tanometria ocular; Pressão intraocular; Obesidade; Criança; Adolescente.
ABSTRACT
Purpose: To assess intraocular pressure and ocular pulse amplitude changes in obese children and adolescents using dynamic contour tonometry.
Methods: 137 cases, 64 obese and 73 healthy children, who were both age-matched and gender-matched, comprised the study population in this cross-sectional study. Children with body mass index values >95% for sex and age were regarded as obese. Participants underwent detailed ophthalmological examinations, including intraocular pressure measurement using a Pascal dynamic contour tonometer. Relationships between intraocular pressure and ocular pulse amplitude measurements and age, sex, obesity, pubertal status, and insulin resistance were investigated.
Results: Bilateral ocular pulse amplitude was lower while intraocular pressure was higher in the obese group than in the control group (p<0.001). No significant relationship was observed between insulin resistance and intraocular pressure or ocular pulse amplitude (p>0.005). No correlation was determined between systolic and diastolic blood pressure, homeostasis model assessment for insulin resistance, or blood lipid levels and intraocular pressure and ocular pulse amplitude.
Conclusion: Our results show that obesity caused an increase in intraocular pressure and a decrease in ocular pulse amplitude independently of insulin resistance in children and adolescents. Prospective studies involving long-term follow-up of cases are now needed to assess the probable adverse effects of these ocular findings in obese children.
Keywords: Tonometry; ocular; Intraocular pressure; Obesity; Child; Adolescent.
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