Antonio Carlos Lottelli
DOI: 10.5935/0004-2749.20220036
RESUMO
Objetivo: Criar modelos, em catarata pediátrica, para estimar valores futuros de ceratometria e comprimento axial, com base na ceratometria e no comprimento axial medidos na cirurgia, para previsão do poder da lente intraocular para emetropia em idades futuras.
Métodos: Olhos com catarata bilateral, ceratometria e comprimento axial medidos na cirurgia e pelo menos um exame pós-operatório com medidas de ceratometria e comprimento axial foram considerados para este estudo. Os modelos para estimar futuras ceratometrias e comprimentos axiais foram criados considerando (1) ceratometria e comprimento axial medidos na cirurgia, (2) a inclinação média da regressão logarítmica da ceratometria e comprimento axial criada para cada olho e (3) a idade na cirurgia. A lente intraocular para emetropia em idades futuras pode ser estimada usando esses valores em fórmulas de terceira geração. Os erros de estimativa da ceratometria, comprimento axial e poder da lente intraocular, usando os modelos, também foram calculados.
Resultados: 57 olhos de 29 pacientes preencheram os critérios de inclusão. A idade média na cirurgia e acompanhamento foram de 36,96 ± 32,04 meses e 2,39 ± 1,46 anos, respectivamente. A inclinação média da regressão logarítmica criada para cada olho foi de -3.286 para ceratometria e + 3.189 para o comprimento axial. Os erros médios de estimativa absoluta para ceratometria e comprimento axial foram respectivamente: 0,61 ± 0,54 D e 0,49 ± 0,55 mm, e para o poder da lente intraocular usando as fórmulas SRK-T, Hoffer-Q e Holladay I foram: 2,04 ± 1,73 D, 2,49 ± 2,10 D e 2,26 ± 1,87 D, respectivamente.
Conclusões: Os modelos apresentados podem ser utilizados para estimar o poder da lente intraocular que levaria a emetropia em idades futuras e orientar a escolha do poder da lente intraocular a ser implantada na catarata pediátrica.
Descritores: Catarata; Biometria/métodos; Emetropia; Comprimento axial do olho; Lentes intraoculares; Criança
ABSTRACT
Purpose: Creating models, in pediatric cataracts, to estimate kerotometry and axial length values at future ages, based on kerotometry and axial length measured at surgery, to estimate the intraocular lens power for emmetropia in future ages.
Methods: Eyes with bilateral cataract and kerotometry and axial length measured at surgery and at least one postoperative examination with kerotometry and axial length measurements, were considered for this study. The models to estimate future kerotometry and axial length values were created considering (1) kerotometry and axial length measured at surgery, (2) the average slope of kerotometry and axial length logarithmic regression created for every single eye and (3) age at surgery. The intraocular lens for future ages can be estimated using these values in third generation formulas. The estimation errors for kerotometry, axial length and intraocular lens were also calculated.
Results: A total of 57 eyes from 29 patients met the inclusion criteria. The average age at the surgery and follow-up was 36.96 ± 32.04 months and 2.39 ± 1.46 years, respectively. The average slope of logarithmic regression created for every single eye were -3.286 for kerotometry and +3.189 for axial length. The average absolute estimation errors for kerotometry and axial length were respectively: 0.61 ± 0.54 D and 0.49 ± 0.55 mm, and for intraocular lens using SRK-T, Hoffer-Q and Holladay I formulas were: 2.04 ± 1.73 D, 2.49 ± 2.10 D and 2.26 ± 1.87 D, respectively.
Conclusions: The presented models could be used to estimate the intraocular lens power for emmetropia at future ages to guide the choice of the intraocular lens power to be implanted in pediatric cataract.
Keywords: Cataract; Biometry/methods; Emmetropia; Axial length, eye; Lenses, intraocular; Child
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