3
Views
Open Access Peer-Reviewed
Editorial

Experimental use of latex biomembrane in conjunctival reconstruction

Uso experimental da biomembrana de látex na reconstrução conjuntival

Erika Christina Canarim M. de Pinho1; Sidney Júlio de Faria e Sousa2; Fernando Schaud3; João-José Lachat4; Joaquim Coutinho-Netto5

DOI: 10.1590/S0004-27492004000100005

ABSTRACT

INTRODUCTION: The biomembrane of natural latex is believed to promote neoformation of biological tissues and to be biocompatible. In animal studies, enhancement of wound healing in the esophagus, peritoniostomy, and pericardiostomy has been observed. It was used in chronic phlebopatic cutaneous ulcer and otologic surgeries in human subjects. PURPOSE: To study the effect of biomembrane of natural latex in ocular surface. METHODS: In fifteen New Zealand white rabbits, the superior nasal conjunctiva was removed from both eyes. In the right eyes, the biomembrane of natural latex was sutured to the conjunctiva with continuous 10.0 monofilament thread. In the left eye, the sclera was left bare. The rabbits were sacrified and the eyes were submitted to histological analysis on days five, seven, fourteen, twenty-one and twenty-eight. The eyes of a rabbit with no surgery were enucleated and sent for histological analysis of the normal conjunctiva. RESULTS: Considering the whole period of the experiment, the number of eyes with satisfactory healing was greater in the biomembrane group than in the bare sclera group (p=0.06). The number of perilimbic vessels was significantly higher in the biomembrane group than in the bare sclera group (p=0.0284). The infection rate was similar in both groups. CONCLUSION: Similar to prior studies, the biomembrane of natural latex seemed to benefit conjunctival reconstruction and neoangiogenesis. Depending on the results using human eyes, this material might be a new type of therapeutic resource for conjunctival replacement, especially in cases of desirable tissue revascularization.

Keywords: Conjunctiva; Cicatrix; Membranes, artificial; Regeneration; Rabbits

RESUMO

INTRODUÇÃO: A biomembrana de látex natural foi utilizada com sucesso nas reconstruções do esôfago, da parede abdominal e do pericárdio de animais, em que puderam ser comprovadas a biocompatibilidade e a capacidade de favorecimento do reparo tecidual desse material. No homem, ela já está sendo testada como material indutor de neoformação tecidual, tendo sido aplicada em pacientes com úlceras crônicas de membros inferiores e meringoplastias. OBJETIVO: Verificar o efeito da biomembrana de látex no processo de reparo da conjuntiva ocular. MÉTODOS: Promoveu-se a retirada de retângulos da conjuntiva nasal superior, de ambos os olhos, de 15 coelhos neo-zelandeses adultos. Nos olhos direitos, foram implantadas biomembranas de látex com suturas contínuas presas às bordas das lesões cirúrgicas. Nos esquerdos, foram deixadas as escleras nuas. Para as análises histológicas, sacrificaram-se os animais com cinco, sete, catorze, vinte e um e vinte e oito dias. Os olhos de um coelho, não submetido a qualquer procedimento, foram usados como controle histológico. RESULTADOS: Considerando o período total de estudo, o grupo com biomembrana de látex apresentou cicatrização satisfatória em maior número de olhos do que o grupo com esclera nua (p=0,06). O número de vasos perilímbicos também foi significativamente maior nos casos com implante de biomembrana do que nos olhos sem biomembrana (p=0,0284). A freqüência de infecções foi idêntica nos dois grupos. CONCLUSÃO: Tal como o descrito na literatura para outros tecidos, a biomembrana de látex natural também parece favorecer a cicatrização conjuntival e a neoangiogênese. Se esses resultados se repetirem nos humanos, a biomembrana poderá se converter num promissor recurso terapêutico de reconstrução da conjuntiva ocular, particularmente nos casos em que a revascularização tecidual seja importante.

Descritores: Conjuntiva; Cicatriz; Membranas artificiais; Regeneração; Coelhos


THE CONTENT OF THIS ARTICLE IS NOT AVAILABLE FOR THIS LANGUAGE.


Dimension

© 2024 - All rights reserved - Conselho Brasileiro de Oftalmologia