Célia Beatriz Gianotti Antoneli1; Flávio Steinhorst2; Karina de Cassia Braga Ribeiro3; Clélia Maria Erwenne4; Paulo Eduardo R.S. Novaes5; Victor Arias6; Alois Bianchi2
DOI: 10.1590/S0004-27492003000400002
ABSTRACT
PURPOSE: The management of retinoblastoma (Rb) has gradually changed over the past years achieving a satisfactory result (increasing overall survival and avoiding enucleations). METHODS: Three hundred and nineteen patients with retinoblastoma were studied. From January 1986 to November 1996, 257 patients with Rb were referred to "Hospital do Cancer AC Camargo". The treatment changed according to the period, from 1986 to 1990 and from 1991 to 1996. From January 1996 to December 2000, 62 patients presenting intraocular (IO) tumors were treated with chemoreduction and adjuvant treatment to avoid enucleation or external beam radiation therapy. RESULTS: From January 1996 to December 2000, 62 patients with IO Rb (47 bilateral and 15 unilateral tumors) with potential vision were treated with chemoreduction and ophthalmological adjuvant treatment. In the patients with bilateral tumors 49.8% preserved the eye vs. 26.7% for patients with unilateral tumors. Among 257 patients 59 presented extraocular Rb according to CCG classification. Overall five-year survival was improved in the second period (63.7 x 41% - p=0.059). CONCLUSION: Chemorreduction plus focal treatment plays an important role in the management of children with Rb. Gene therapy perhaps will increase the number of preserved eyes. A multicenter trial should be considered to evaluate patients with CNS Rb or metastatic disease with ominous prognosis. The lag time between the first sign and symptoms and the early diagnosis is the best weapon to achieve the cure in this patients.
Keywords: Retinoblastoma; Survival; Vision
RESUMO
OBJETIVO: Mostrar a evolução do tratamento do retinoblastoma ao longo de uma década e suas implicações na sobrevida global e na preservação da visão. MÉTODOS: Trezentos e dezenove pacientes foram avaliados no estudo. Analisamos 257 pacientes portadores de retinoblastoma admitidos no Hospital do Câncer, entre janeiro de 1986 a dezembro de 1996, divididos em dois grupos de acordo com tratamento a que foram submetidos (1986 a 1990 e 1991 a 1996). Analisamos ainda 62 pacientes portadores de retinoblastoma intra-ocular entre janeiro de 1996 e maio de 2000 que foram submetidos a quimiorredução, aliada a medidas oftalmológicas, sem enucleação ou radioterapia externa. RESULTADOS: Em pacientes com doença intra-ocular, nos dois períodos, não houve significância estatística com relação à sobrevida. Analisamos 59 pacientes com retinoblastoma extra-ocular, de acordo com a classificação do CCG (Children´s Cancer Group), e a sobrevida global em 5 anos foi maior no 2º período, (63,7% vs. 41%; p= 0,059). Entre 1996 e 2000 analisamos 62 pacientes com retinoblastoma intra-ocular com visão preservada, sendo 47 (75,8%) com doença bilateral e 15 (24,2%) com tumor unilateral. Os portadores de tumor bilateral tiveram uma taxa de preservação de visão de 49,8%, versus 26,7% para os pacientes com tumor unilateral. CONCLUSÕES: Tumores intra-oculares mantêm altas taxas de cura e preservação da visão. Novas combinações de drogas poderão melhorar a sobrevida dos extra-oculares. Quanto às perspectivas futuras, há pesquisas envolvendo terapia gênica/molecular e terapêutica anti-angiogênese. Apesar de toda a evolução, o diagnóstico precoce é a arma mais poderosa, na cura dos portadores deste tumor.
Descritores: Retinoblastoma; Sobrevivência; Visão
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