Hermelino Lopes de Oliveira Neto1; Michel Eid Farah1; Ricardo Luiz Smith2; Maria Cristina Martins1
DOI: 10.1590/S0004-27492002000400011
ABSTRACT
Purpose: To evaluate morphologic alterations caused by intravitreous injection of bupivacaine, a long-term local anesthetic agent much used in ocular regional blockades, in the retina of albino rabbits. Methods: The drug was injected at a 0.75% in 0.1ml concentration into the vitreous, close to the retina in one eye, while an equal volume of balanced saline solution was injected into the other eye (control), with indirect ophthalmoscopy performed before, during and immediately after the procedure and at 1hour, 24 hours and 72 hours; both light and electron microscopy were performed at 24 and 72 hours after administration of the anesthetic agent. Results: Immediately following the injection of bupivacaine, ophthalmoscopy re-vealed the retina to have in all cases a whitened aspect close to the injection site, a phenomenon attributed to the presence of spreading depression, which was also found (at less frequency and intensity), in the control eyes. Further found alterations included: retina edema, 6 (60%); area of vitreous condensation, 5 (50%); and papilla pulse, 2 (20%). Conclusions: Intravitreous injection of bupivacaine at 0.75% concentration (used for retrobulbar, peribulbar local anesthesia or a different technique in extended eye surgeries) triggered no morphological alterations when studied by light microscopy; the injection however did trigger mild edema-suggesting alterations in the horizontal cells of the retina of albino rabbits, studied by electron microscopy within the 24 and 72-hour periods.
Keywords: Retina; Bupivacaine; Bupivacaine; Drug toxicity; Rabbits
RESUMO
Objetivo: Avaliar alterações morfológicas causadas por injeção intravítrea de bupivacaína, anestésico local de ação prolongada muito utilizado em bloqueios regionais oculares, na retina de coelhos albinos. Métodos: A droga na concentração de 0,75% em 0,1 mL foi injetada na cavidade vítrea próximo a retina num olho, enquanto solução salina balanceada em igual volume foi injetada no olho contralateral (controle). Foram realizadas oftalmoscopias indiretas antes, durante, imediatamente após e nos períodos de 1h, 24h e 72h, microscopias de luz e eletrônica de transmissão em 24 e 72 horas depois da administração do anestésico. Resultados: No exame oftalmoscópico imediatamente após a injeção de bupivacaína, encontrou-se em todos os casos a retina com aspecto esbranquiçado próximo ao local da injeção, fenômeno atribuído à presença de depressão alastrante, também observada (com menor freqüência e intensidade) nos olhos do grupo controle. Outras alterações encontradas incluíram: edema de retina, 6 (60%); área de condensação vítrea, 5 (50%); e pulso arterial de papila, 2 (20%). Conclusões: Injeção intravítrea de bupivacaína em concentração de 0,75% (usada para anestesia local retrobulbar, peribulbar ou outra técnica em cirurgias oculares prolongadas) não desencadeou alterações morfológicas quando estudadas pela microscopia de luz; porém desencadeou alterações sugestivas de edema discreto nas células horizontais da retina de coelhos albinos, estudados com microscopia eletrônica de transmissão, nos períodos de 24 e 72 horas.
Descritores: Retina; Bupivacaína; Bupivacaína; Toxidade de drogas; Coelhos
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