Consuelo Bueno Diniz Adan1; Doris Blay1; Maria Cecília Zorat Yu2; Denise de Freitas3; Norma Allemann1
DOI: 10.1590/S0004-27492001000500010
ABSTRACT
Purpose: To determine ultrasonographic findings in patients with clinical diagnosis of endophthalmitis, a severe purulent inflammatory reaction confined to the interior of the eye. Methods: Ultrasound examination was performed (10MHz transducer, UltraScan® ALCON), during the period of 1997 to 1999. Results: We analyzed 25 eyes with a clinical diagnosis of endophthalmitis (23 exogenous, 2 endogenous). Twelve (12/23) were post-surgery (7 post-cataract surgery, 4 post-glaucoma surgery and 1 post-keratoplasty). Six followed penetrating trauma and 4 were after corneal ulcer. One patient had corneal suture and cataract surgery after penetrating trauma. Two of them presented low-reflectivity echoes, similar to the normal vitreous, and endophthalmitis was ruled out at that time. Twenty-three cases presented (at different degrees) vitreous involvement with low-mobility dense membranes, vitreous organization and vitreous cavitation. Diffuse choroidal thickening (12 cases), choroidal and/or retinal detachment (8 and 5 cases) and orbital abscess (1 case) were found. Conclusions: Ultrasound examination is important to help in clinical suspected endophthalmitis in order to determine the involvement of the posterior segment.
Keywords: Endophthalmitis; Eye infections; Ultrasonics
RESUMO
Objetivo: Apresentar os achados ultra-sonográficos em olhos com suspeita clínica de endoftalmite. Métodos: Estudo prospectivo (agosto/97 a abril/99) de olhos com suspeita clínica de endoftalmite infecciosa. Utilizou-se ultra-sonografia ocular (sonda de 10 MHz, modos A e B) com técnica de contato direto (UltraScan®, Alcon). Resultados microbiológicos da punção da câmara anterior e/ou vítreo, quando presentes, foram anexados à ficha ultra-sonográfica, por ocasião do estudo dos casos. Resultados: Foram estudados 25 olhos (pacientes entre 2 e 79 anos). A fonte de infecção foi exógena em 23 e endógena em 2. Das exógenas, 12 pacientes tinham história de cirurgia prévia (7 pós-cirurgia de catarata com implante de LIO, 4 pós-cirurgia de glaucoma, 1 pós-transplante de córnea), 6 referiam história de trauma perfurante, 4 apresentavam úlcera de córnea e 1 fora submetido a sutura de córnea e extração do cristalino após trauma penetrante. Dos casos de etiologia metastática, 1 paciente era diabético e 1 era imunodeprimido. A presença de ecos membranáceos e/ou puntiformes foi a alteração ultra-sonográfica comum a todos os pacientes. Em 2 casos, os ecos tênues e simétricos em relação ao olho normal contralateral possibilitaram afastar a hipótese de comprometimento vítreo. O grau de acometimento do vítreo pareceu ser proporcional à densidade dos ecos membranáceos. A condensação dos ecos, a mobilidade em bloco e a presença de cavitações ou vacúolos denotaram severidade do quadro. Outras alterações ultra-sonográficas comuns foram: espessamento global da coróide (12 casos), descolamento de coróide (8 casos) e retina (5 casos), impregnação da membrana hialóide (4 casos) e comprometimento orbitário (1 caso). Não foi possível correlacionar os achados ultra-sonográficos aos agentes etiológicos. Conclusão: A ultra-sonografia, um método não-invasivo e de fácil acesso, demonstrou ter valor nos casos com suspeita clínica de endoftalmite, principalmente quanto ao grau de comprometimento do segmento posterior.
Descritores: Endoftalmite; Infeções oculares; Ultra-som
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