Ana Carolina Punzi de Siqueira1; Myrna Serapião dos Santos2; Charles Costa de Farias2; Telma Regina Maria Pereira Barreiro2; José Álvaro Pereira Gomes2
DOI: 10.1590/S0004-27492010000500008
ABSTRACT
PURPOSE: To evaluate the efficacy of scleral contact lenses use on the management of ocular sequelae from Stevens-Johnson syndrome patients. METHODS: In a retrospective study, patients who suffered sequelae of Stevens-Johnson syndrome and started the use of scleral contact lenses were followed. Patients were submitted to an evaluation of symptoms through a questionnaire; ophthalmologic exam (visual acuity measurement, biomicroscopy, ocular surface staining with fluorescein drops, Schirmer test). RESULTS: Ten eyes of seven patients were analyzed. Visual acuity varied from hand movements to 20/25. All patients presented some degree of corneal opacity and slight symblepharon. In patients whose adaptation to scleral contact lenses was successful (90%), they all refered improvement of symptoms and sight. As for the biomicroscopic findings it was observed an improvement of conjunctival hyperemia and keratitis and a reduction of the mucous secretion in 90% the cases. CONCLUSIONS: A successful adaptation to scleral contact lenses was feasible on most patients, with relief of symptoms and better visual acuity, probably due to regularization of the surface. Scleral contact lenses represent an important and accessible alternative to reduce the limitations inferred by the damages from Stevens-Johnson syndrome.
Keywords: Contact lenses; Sclera; Dry eye; Stevens-Johnson syndrome
RESUMO
OBJETIVO: Avaliar a eficácia do uso das lentes de contato esclerais no manejo das sequelas oculares de pacientes portadores de síndrome de Stevens-Johnson. MÉTODOS: Foram avaliados, retrospectivamente, pacientes com sequelas oculares da síndrome de Stevens-Johnson que iniciaram o uso de lente de contato escleral. Os pacientes foram submetidos a avaliação subjetiva dos sintomas através de um questionário; exame oftalmológico (medida da acuidade visual, biomicroscopia, coloração da superfície ocular com colírio de fluoresceína, teste de Schirmer). RESULTADOS: Dez olhos de 7 pacientes foram analisados. A acuidade visual dos pacientes variou de movimentos de mão a 20/25. Todos os pacientes apresentavam algum grau de opacidade corneal e simbléfaro leve. A lente de contato escleral foi adaptada com sucesso em 90% dos olhos. Em todos estes casos os pacientes referiram melhora dos sintomas e da visão. Com relação aos achados biomicroscópicos observou-se melhora da hiperemia conjuntival e da ceratite, e diminuição da secreção mucosa em 90% dos olhos. CONCLUSÕES: Foi possível uma adaptação bem sucedida da lente de contato escleral em grande parte dos pacientes, com melhora dos sintomas e da acuidade visual provavelmente consequentes à melhora da regularização da superfície ocular. As lentes de contato esclerais representam uma importante e acessível alternativa para a redução da limitação ocasionada pelos danos sequelares da síndrome de Stevens-Johnson.
Descritores: Lente de contato; Esclera; Olho seco; Síndrome de Stevens-Johnson
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