Marciel Dourado Franca; Jane Palma Galrão Lima; Denise de Freitas1; Marcelo Cunha2; José Álvaro Pereira Gomes3
DOI: 10.1590/S0004-27492009000300017
ABSTRACT
PURPOSE: To evaluate the epidemiology, possible etiologic factors, complications and treatment of a group of patients with ocular complications secondary to Stevens-Johnson syndrome. METHODS: Twenty-two consecutive patients with Stevens-Johnson syndrome were studied. The patients were examined according to the following protocol: identification, previous clinical history, systemic and ophthalmologic manifestations and possible etiologic factors. RESULTS: A total of 22 patients with Stevens-Johnson syndrome were identified. Fifteen patients (68%) were female, 7 (32%) male. Ten patients were caucasian (45.4%), 9 brownish (22%), 2 black (9%) and 1 yellow (4.5%). Mean age was 27.1 (8 to 62). Medications were the most commonly identified etiologic factor (90.9%), followed by skin herpetic infection (4.5%) and idiopathic (4.5%). Dipirone (36.3%) was the most frequently identified agent, followed by seizure medications (22.7%), non-steroidal anti-inflammatory drugs (13.6%), sulfonamides (9.0%), penicillin (4.5%), spironolactone (4.5%) and dihydroprogestagen and stradiol (4.5%). Twenty-one patients (95.4%) had ophthalmologic complications and sixteen patients (72.7%) underwent ophthalmologic surgical procedures. CONCLUSIONS: The results of this study show important epidemiological aspects of Stevens-Johnson syndrome in our environment, specially related to age, etiology and ocular complications.
Keywords: Stevens-Johnson syndrome; Drug hypersensitivity; Corneal opacity; Visual acuity
RESUMO
OBJETIVO: Avaliar a epidemiologia, os possíveis fatores desencadeantes, complicações encontradas e as variedades de tratamentos administrados a um grupo de pacientes com complicações oculares secundárias à síndrome de Stevens-Johnson. MÉTODOS: Realizado estudo prospectivo, série de casos com 22 pacientes portadores de síndrome de Stevens-Johnson. Os pacientes foram estudados seguindo um protocolo com o objetivo de se buscar uma história detalhada sobre a doença, suas manifestações sistêmicas e oftalmológicas, bem como o tratamento realizado, dando ênfase aos possíveis fatores desencadeantes. RESULTADOS: Foram avaliados 22 pacientes com síndrome de Stevens-Johnson. Quinze pacientes (68%) eram do sexo feminino e 7 (32%) do sexo masculino. Dez pacientes eram brancos (45,4%), 9 pardos (22%), 2 negros (9%) e 1 amarelo (4,5%). A média de idade foi de 27,1 anos (variação entre 8 e 62 anos). A associação com drogas foi o principal fator etiológico. Em 20 pacientes (90,9%) o desenvolvimento da doença esteve associado ao uso de medicações, 1 (4,5%) por infecção herpética cutânea e 1 (4,5%) idiopático. A dipirona (36,3%) foi o agente mais associado à síndrome de Stevens-Johnson seguido por anticonvulsivantes (22,7%), anti-inflamatórios não hormonais (13,6%), sulfonamidas (9,0%), penicilinas (4,5%), espironolactona (4,5%) e anticoncepcional injetável (dihidroprogesterona e estradiol) (4,5%). Vinte e um pacientes (95,4%) desenvolveram complicações oculares e 16 pacientes (72,7%) foram submetidos a procedimentos cirúrgicos oftalmológicos. CONCLUSÃO: Os resultados observados neste estudo mostram aspectos epidemiológicos importantes da síndrome de Stevens-Johnson em nosso meio, principalmente em relação à idade, etiologia e complicações.
Descritores: Síndrome de Stevens-Johnson; Hipersensibilidade a drogas; Opacidade da córnea; Acuidade visual
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