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Editorial

Descarte de córneas por sorologia positiva do doador no Banco de Olhos do Hospital São Paulo: dois anos de estudo

Discarded corneas due to positive donor's serologic test in the Hospital São Paulo Eye Bank: a two-year study

Marco Túlio Chater Viegas1; Lucas Calmon Pessanha2; Elcio Hideo Sato3; Flávio Eduardo Hirai5; Consuelo Bueno Diniz Adán3

DOI: 10.1590/S0004-27492009000200009

RESUMO

OBJETIVOS: Investigar descarte de córneas por sorologia positiva de doadores no Banco de Olhos do Hospital São Paulo (BOHSP) durante período de dois anos. MÉTODOS: Revisão retrospectiva de prontuários de doadores de córneas do BOHSP entre janeiro de 2006 a dezembro de 2007. Correlações de dados como sorologias dos doadores (Hepatites B, C e HIV), procedência, sexo e faixa etária dos mesmos foram testados. RESULTADOS: Das 902 córneas processadas no BOHSP, 12,9% (116) apresentaram resultado positivo para hepatite B, hepatite C ou HIV em seus doadores; 20,5% (185) apresentaram testes sorológicos inconclusivos perfazendo uma porcentagem de 33,4% (301) de córneas descartadas no período estudado devido a resultado positivo ou inconclusivo da sorologia dos doadores. CONCLUSÃO: O estudo confirma a validade e a importância da realização de testes sorológicos para prevenção de doenças que poderiam ser transmitidas aos eventuais receptores de córneas. Entretanto, testes mais eficazes são necessários para diminuir o número de casos de sorologias inconclusivas, visando diminuir o descarte de córneas que poderiam ser utilizadas.

Descritores: Banco de olhos; Infecções oculares virais; Córnea; Transplante de córnea; Sorologia; Hepatite C; Doadores de tecidos

ABSTRACT

PURPOSE: To investigate discarded corneas due to positive serologic tests in donors from the Hospital São Paulo Eye Bank (BOHSP) during a two-year period. METHODS: Retrospective study of records from cornea donors between January 2006 and December 2007. Information such as serologic test results (Hepatitis B, C, and HIV), source of corneal tissue, donor's gender and age were tested for correlation. RESULTS: 902 corneas were processed by BOHSP; 12.9% (116) were discarded due to donor's positive test for hepatitis B, C, or HIV; 20.5% (185) were also discarded due to inconclusive result of serological tests; percentage of corneas discarded due to positive or inconclusive serological tests during this period was 33.4% (301). CONCLUSION: This study confirms the importance of serological tests in order to prevent disease transmission to corneal transplant recipients. However, new tests are necessary to decrease the number of inconclusive tests and decrease the number of discarded corneas.

Keywords: Eye banks; Eye infections, viral; Cornea; Corneal transplantation; Serology; Hepatitis C; Tissue donors


 

 

INTRODUÇÃO

Apesar de raro, o potencial para transmissão de doenças por enxerto de órgãos e tecidos existe(1). Mesmo tecidos avasculares como a córnea, já demonstraram ser meios de contaminação e transmissão(1). Há relatos de infecções causadas por bactérias, fungos, vírus e mesmo príons adquiridos por transplante de córnea(1-6). A legislação brasileira não permite o uso de tecidos para transplante, cujo doador apresente sorologia positiva para hepatite B, hepatite C ou HIV(7).

É da responsabilidade dos Bancos de Olhos captar, processar, armazenar e distribuir tecidos oculares para fins terapêuticos e assim, essas instituições têm como premissa garantir a segurança do receptor do tecido(8).

A literatura nacional mostra-se escassa sob este aspecto o que motivou a realização do presente estudo.

O objetivo deste trabalho foi determinar o percentual do descarte de córneas processadas pelo Banco de Olhos do Hospital São Paulo, por sorologias positivas no período de dois anos.

 

MÉTODOS

O presente estudo foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo e aprovado sob o número 0617/08.

Estudo retrospectivo com revisão de prontuários dos doadores de córneas processadas pelo Banco de Olhos do Hospital São Paulo (BOHSP), durante 24 meses (janeiro de 2006 a dezembro de 2007). As córneas foram procedentes de doadores do próprio Hospital São Paulo, de outros hospitais ou de pacientes cujos óbitos ocorreram em suas residências (domicílios).

Antes de efetuar a captação dos tecidos oculares, as equipes realizaram entrevista com familiares, análise do prontuário e exame do corpo do doador, na tentativa de selecioná-los quanto à ausência de doenças como hepatites virais, AIDS, uso de drogas endovenosas ou outras doenças que contraindicariam a captação. A seguir, obteve-se amostra sanguínea do doador, já previamente selecionado pela história clínica, para a realização de sorologias para hepatites B, C e HIV (HBsAg, Anti Hbc, Anti HCV, anti-HIV1 e anti-HIV2). Amostras foram provenientes de punções venosas (subclávia, femoral, jugular) ou intra-cardíaca, conforme facilidade de acesso para obtenção das mesmas. Sangue foi coletado em tubo seco, armazenado sob refrigeração (2°C a 8°C) e encaminhado ao Hemocentro onde sorologias dos tecidos foram processadas.

Pesquisa de anticorpos anti-HIV 1 e 2 foi realizada por técnica imunoenzimática (Genescreen® Ultra HIV Ag- Ab, Bio-Rad, EUA). Para hepatite C, pesquisa de anticorpos anti- HCV foi realizada pelo teste ELISA HCV 3.0 ORTHO® com melhoria SAVe® (ORTHO Clinical Diagnostics, EUA), considerado um teste de terceira geração. Para hepatite B foi realizada pesquisa de anticorpos dirigidos contra antígeno do núcleo do vírus por técnica imunoenzimática Monolisa anti-Hbc PLUS® (Bio-Rad, EUA) e pesquisa de antígenos de superfície do vírus por técnica imunoenzimática (Monolisa® HbsAg Ultra Bio-Rad, EUA). Os mesmos testes foram utilizados para verificação de sorologias no Hospital Santa Marcelina, que é responsável pelo envio de grande parte das córneas captadas para serem distribuídas pelo Banco de Olhos do Hospital São Paulo - BOHSP.

Foram coletados dados como hospital de origem, idade e sexo dos doadores. Os resultados de cada sorologia foram agrupados em três categorias: positiva, negativa e inconclusiva, ou seja, foi impossível uma determinação de sorologia confiável devido às amostras de sangue insuficientes ou alteradas. Para as análises estatísticas utilizou-se o teste t de Student para variáveis contínuas e qui-quadrado ou teste exato de Fisher para variáveis categóricas. Testes derivados do teste de Wilcoxon foram aplicados para testar a presença de tendências em variáveis ordenadas (idade em categorias). Para análise estatística foi utilizado o programa Stata v.10 (College Park, Texas, EUA).

 

RESULTADOS

No período em estudo (2006 e 2007) foram processadas 902 córneas no BOHSP.

Quanto à faixa etária, a média de idade foi de 57,2 +/- 18,2 anos. O doador mais jovem foi de 2 anos e o mais idoso de 102 anos. Tabela 1 mostra a distribuição dos doadores conforme grupo etário, sendo que a maior proporção de doadores estava na faixa acima de 70 anos (23,4%).

 

 

Quanto ao sexo verificou-se que 60,3% (544) das córneas processadas eram provenientes de doadores do sexo masculino.

Quanto à origem de todos os tecidos, verificou-se que 50,1% (452) eram provenientes do Hospital Santa Marcelina, 23,9% (216) do próprio Hospital São Paulo e 25,9% (234) de outros locais.

Das 902 córneas processadas, 12,9% (116) foram descartadas por apresentarem algum de seus resultados positivo; 20,5% (185) apresentaram algum de seus resultados inconclusivo sendo também descartadas, perfazendo assim um total de descarte de 33,4% (301) das córneas processadas no período estudado.

Ao se analisar o resultado das sorologias das córneas processadas no BOHSP, verificou-se que para hepatite B 10,4% (94) foram positivas e 19,8% (179) foram inconclusivas; para hepatite C 2,9% (26) foram positivas e 16,9% (153) foram inconclusivas; já para HIV 1,0% (09) tiveram resultado positivo e 17,7% (160) foram inconclusivas (Tabela 2).

Não houve diferença quanto ao sexo e idade ao compararmos sorologias positivas com negativas para hepatites B e C e HIV, desconsiderando os resultados inconclusivos. Quanto à origem, observamos uma maior proporção de sorologias positivas para hepatite B provenientes do Hospital São Paulo (21,2%) do que outros hospitais (9,8%) (p<0,001) (Tabela 3). Uma maior proporção de doadores com sorologia positiva (6,2% vs. 2,4%) para hepatite C também foi observada no HSP (p=0,014). (Tabela 4). Não houve diferença estatisticamente significativa entre sorologias positivas e negativas para HIV quanto à origem da córnea (p>1,000) (Tabela 5).

 

 

 

 

 

 

Considerando a faixa etária e sorologias positivas, não houve uma relação estatisticamente significativa entre esses dois fatores (HIV, p=0,72; hepatite B p=0,37; hepatite C p=0,19, para o teste exato de Fisher) (Figura 1).

 

 

DISCUSSÃO

Em relação à faixa etária, encontrou-se que a média de idade dos doadores foi de 57,2 anos, seguindo dados já publicados previamente por nosso serviço, cuja média de faixa etária foi de 56,8 anos(9). Já, alguns autores(10) verificaram que a idade média de doadores, na série por eles descrita, encontrava-se entre 60 e 69 anos. Outros autores(11) também verificaram que a faixa etária dos doadores encontrava-se acima de 60 anos. A diferença entre os achados em nosso trabalho e os da literatura poderia ser explicada pela expectativa de vida das diferentes populações.

Quanto à análise da variável sexo, encontramos que 60,3% das córneas processadas eram provenientes de doadores do sexo masculino, o que também foi observado por outros autores(12). Em levantamento anterior no nosso serviço, verificou-se que 56,8% dos tecidos eram provenientes de doadores masculinos(9). A preponderância de doadores homens, já citada em outros trabalhos, poderia ser explicada pelo maior número de óbitos entre a população masculina, principalmente secundários a traumatismos e doenças cardiovasculares(13-14).

Cento e oitenta e cinco (185) córneas, correspondendo a 20,5% das córneas processadas, apresentaram sorologias inconclusivas para hepatites B, C ou HIV. Números estes, considerados equivalentes, quando comparados aos de outras séries, cujos índices variam em torno de 24%(10). Os testes com sorologias inconclusivas são repetidos para a confirmação real do resultado.

Do total de córneas processadas no período estudado, 116 (12,9%) não foram disponibilizadas para transplantes por apresentarem algum dos testes positivos: 94 delas (10,4%) eram positivas para hepatite B, 26 (2,9%) para hepatite C e 9 (1,0%) para HIV. Em levantamento anterior em nosso serviço, Sousa et al. verificaram que a soropositividade para HIV, hepatite B e C variou de 21,1% a 25,3%(11). Um período mais prolongado entre o óbito e a punção venosa, processo que ocorre durante a captação, poderia ser o responsável por alterações no soro como degradação tecidual, hemólise, alteração do pH, ocasionando resultados falsos positivos nas sorologias(12,15). Uma possível correlação entre o aspecto macroscópico do soro do doador e o resultado final do teste sorológico foi descrita. No estudo, dos 550 possíveis doadores, 120 (21,8%), foram excluídos da doação devido a testes virais positivos. Destes, 84 (70%) possuíam soro macroscopicamente anormal, sugerindo que a análise do soro pode predizer resultados no sentido de auxiliar a avaliação dos doadores(16).

Existem evidências clínicas e sorológicas da transmissão de hepatite B para alguns receptores de córneas submetidos à ceratoplastias penetrantes, cujos doadores possuíam histórico e exames laboratoriais compatíveis com a infecção viral(5).

A utilização de testes de ácidos nucléicos para a confirmação ou não dos resultados positivos é preconizada por alguns autores(12,14,17-18), uma vez que estes testes realmente detectariam a existência de infecção, já que anticorpos detectados por métodos sorológicos tradicionais poderiam persistir por muito tempo após ter cessado a infecção ativa(18). Uma vez mais, um dos fatores limitantes para uma triagem sorológica com testes de ácidos nucléicos são os custos dos mesmos.

Em um estudo de 3.228 registros de doadores, num período de 3 anos, foram observados os seguintes índices de positividade nas amostras sorológicas: 0,25%, 0,93% e 0,031% respectivamente para hepatites B e C e HIV(1). A prevalência de vírus HIV foi a menor entre as três virologias associadas, fato observado também em nosso estudo.

A positividade para hepatite C nas amostras estudadas nesta série foi de 2,9%, índice menor do que o encontrado por outros autores(12) que ao estudarem sorologias de 851 córneas (438 doadores) entre 1993 e 1997, observaram a presença de anticorpos contra vírus hepatite C em 29 doadores (6,6%). Em um estudo de 2.382 doadores de córnea, 3 tiveram teste para HbsAg positivo, 6 doadores com teste positivo para hepatite C, 1 para sífilis e 1 para HIV. Trinta e seis córneas foram rejeitadas por testes inconclusivos. Entretanto, a causa mais comum de exclusão de tecidos foi decorrente das anormalidades observadas na microscopia especular (200 córneas)(10).

Outro aspecto importante, abordado na literatura, diz respeito à soroconversão em relação à sorologia para detecção de vírus HIV(19), relatando que pode existir a janela imunológica por 4 a 6 semanas após a contaminação, em que não se detecta anticorpos, levando a falseamento de dados.

Quando comparamos a procedência dos doadores e a positividade das amostras, observamos que os doadores procedentes do HSP apresentaram os maiores índices de positividade para hepatites B e C (p<0,001 e p=0,014 respectivamente). O mesmo não foi observado para o HIV. Faz-se necessário confirmar as sorologias, estudar melhor as condições da população avaliada, bem como verificar as condições e o tempo no processamento das amostras, para que obtenhamos dados mais fiéis.

Sugerimos ainda, que estudos futuros possam esclarecer se o local das punções para retirada do sangue a ser processado, poderia influenciar no resultado das sorologias, contribuindo para racionalizar os dados dos doadores de modo a não excluir córneas que poderiam ser utilizadas.

 

CONCLUSÃO

Este estudo confirma a validade e a importância da realização de testes sorológicos no sentido de excluir córneas com sorologias positivas ou indeterminadas para a prevenção de infecções que poderiam ser transmitidas aos eventuais receptores de córneas. Há a necessidade de serem realizados novos estudos visando uma melhor análise dos casos considerados inconclusivos, para que se evite o descarte de córneas que poderiam ser aproveitadas.

 

REFERÊNCIAS

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Endereço para correspondência:
Marco Túlio Chater Viegas
Rua Dr. Diogo de Faria, 671 - Apto. 71
São Paulo (SP)
CEP 04037-002
E-mail: [email protected]

Recebido para publicação em 11.07.2008
Última versão recebida em 09.12.2008
Aprovação em 22.12.2008

 

 

Trabalho realizado no Departamento de Oftalmologia da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP - São Paulo (SP) - Brasil.


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