Open Access Peer-Reviewed
Editorial

Ocular and fundoscopic findings in patients with systemic lupus erythematosus

Achados oculares e fundoscópicos em pacientes com lupus eritematoso sistêmico

Silvane Bigolin1; Emerson Oyamaguchi2; Cláudia del Claro1; Agostinho Bryk Junior3; Maria Cláudia Gomes Komatsu3; Eduardo Belotto4; Ezequiel Postella5

DOI: 10.1590/S0004-27492000000500011

ABSTRACT

Purpose: To describe the changes in ocular examination of patients with systemic lupus erythematosus (SLE), especially those related to fundoscopy. Method: A descriptive study of 41 lupus patients selected at random from May to July 1999 at the Collagen Disease Outpatient Clinic of the Rheumatology Service of the University Hospital, Federal University of Paraná. A protocol of clinical and ophthalmologic evaluation was applied. Results: Forty-one patients were included in the study; 40 were females (97.56%) and one was a male (2.44%). Mean age was 32.22 years (range: 16 to 54 years). Thirty-seven patients (87.80%) were white, two (4.89%) were black, and three (7.32%) were mulattoes. Time since SLE diagnosis ranged from two months to 18 years. Nineteen of the 41 patients (46.34%) presented fundoscopic alterations related to SLE. The major lesions detected were cotton-wool spots and arteriolar narrowing (68.42%) followed by increased excavation (10.52%) and optic disk pallor (10.52%), perivascular damage (5.26%), and changes in the pigment epithelium of the retina (5.26%). Conclusion: There was a high prevalence of fundoscopic changes related to SLE, showing the importance of regular fundoscopic examinations even in asymptomatic lupus patients or in lupus patients with no associated diseases.

Keywords: Systemic lupus erythematosus; Fundoscopy

RESUMO

Objetivos: Descrever as alterações encontradas no exame ocular de pacientes com lupus eritematoso sistêmico (LES), especialmente aquelas relacionadas à fundoscopia. Método: Estudo descritivo de 41 pacientes lúpicos, selecionados aleatoriamente entre maio e julho de 1999 no ambulatório de colagenoses do Serviço de Reumatologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Foi aplicado um protocolo de avaliação clínica e ocular. Resultados: Foram incluídos no estudo 41 pacientes, sendo 40 (97,56%) do sexo feminino e 01 (2,44%) do sexo masculino. A média de idade foi de 32,22 anos, com mínima de 16 e máxima de 54 anos. Trinta e seis pacientes (87,80%) eram de cor branca, dois (4,89%) de cor negra e três (7,32%) pardos. O tempo de diagnóstico de LES variou de dois meses a 18 anos. Dos 41 pacientes, 19 (46,34%) apresentaram alteração fundoscópica relacionada ao LES. As principais lesões encontradas foram manchas algodonosas e estreitamento arteriolar (68,42%), seguidas de aumento da escavação (10,52%) e palidez do disco óptico (10,52%), lesão perivascular (5,26%) e alteração no epitélio pigmentar da retina (5,26%). Conclusão: Observou-se alta prevalência de alterações fundoscópicas relacionadas ao LES, demonstrando a importância de exames fundoscópicos regulares mesmo em pacientes lúpicos assintomáticos ou sem doenças associadas.

Descritores: Lupus eritematoso sistêmico; Fundoscopia


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