Open Access Peer-Reviewed
Editorial

Chemical burns of the eye: epidemiology and treatment

Queimaduras oculares químicas: epidemiologia e terapêutica

Luciana da Cruz Noia1; Ana Helena Garcia de Araújo2; Nilva S. Bueno de Moraes2

DOI: 10.1590/S0004-27492000000500008

ABSTRACT

Purpose: Chemical injuries of the eye may produce exten-sive damage to the ocular surface, resulting in transient or per-manent visual impairment. Purposes: To obtain data about epidemiology and inicial treatment aplied to patients who have suffered from ocular chemical burns and have arrived at a universitary hospital. Methods: An ocular evaluation was performed 47 patients with ocular chemical burns in the ophthalmological emer-gency room of the Hospital São Paulo -- Escola Paulista de Medicina / Universidade Federal de São Paulo. Results: Most victims were young male adults and industrial accidents were quite frequent (46.8%). Alkaline agents were more often involved (55.32%). The cornea was affected in 95.7% of the cases and grade I and II of Hughes' classification were the most seen. Initial treatment of these patients was performed in 89.4% of the cases (ocular irrigation with physiological saline and debris removal) and 21 patients (44.68%) received topical medication. Conclusions: Several mistakes in the patients' initial approach were observed which may have influenced the prognosis of some patients.

Keywords: Ocular burns; Epidemiology; Emergency burn treatment

RESUMO

Introdução: Queimaduras oculares químicas podem produzir danos importantes à superfície ocular, resultando em incapacidade visual transitória ou permanente. Objetivos: Levantar dados acerca da epidemiologia e do tratamento inicial aplicado aos pacientes vítimas de queimaduras oculares químicas que chegam a um hospital-escola. Métodos: Foi realizado exame oftalmológico em 47 pacientes vítimas de queimaduras oculares químicas no pronto- socorro do Hospital São Paulo - Escola Paulista de Medicina / Universidade Federal de São Paulo. Resultados: A maioria das vítimas era de jovens do sexo masculino e acidentes de trabalho foram bastante freqüentes (46,8%). Agentes de natureza básica (alcalina) foram envolvidos em 55,32% dos casos. A córnea foi afetada em 95,7% dos casos. Os graus I (78,8%) e II (12,8%) da classificação de Hughes foram os mais observados. O tratamento inicial dos pacientes foi realizado em 89,4% dos casos (irrigação copiosa do olho afetado com solução salina e remoção de debris) e 21 (44,68%) casos receberam medicações tópicas. Conclusões: Foram observados vários erros na abordagem inicial dos pacientes, o que pode ter influenciado o prognóstico de alguns pacientes.

Descritores: Queimaduras oculares; Epidemiologia; Tratamento de emergência


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