Abstract
O uso de preenchedores dérmicos é uma prática bem estabelecida de rejuvenescimento facial. Embora seja um procedimento minimamente invasivo, pode levar a complicações graves como cegueira. Uma revisão de casos de perda visual pós preenchimento facial estético foi conduzida para descrever os mecanismos, considerações anatômicas, quadro oftalmológico, atuais estratégias de prevenção e manejo, e tendências ao longo dos anos. Foram identificados 233 casos, e 172 pacientes tiveram ao menos um olho com baixa visão ao final do seguimento. O paciente típico é uma mulher jovem submetida a preenchimento de ácido hialurônico na glabela ou nariz, apresentando dor ocular súbita, ptose e oftalmoplegia devido à oclusão vascular. Este estudo também destaca um possível aumento de profissionais não habilitados realizando este procedimento. Apesar do contínuo desenvolvimento dos preenchedores dérmicos e aprimoramento das opções de tratamento disponíveis, mais estudos e estratégias são necessários para reduzir a incidência de complicações e minimizar suas consequências.
Keywords: Preenchedor dérmico, Injeção; Técnica cosmética/efeito adverso; Oclusão da artéria retiniana; Baixa visão/etiologia