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Search for: Cilostazol; Células ganglionares; Retinopatia diabética; Retina; Ratos Wistar.
Abstract
Objetivo: Avaliar as espessuras internas da retina e da coroide em pacientes com retinite pigmentosa precoce.
Métodos: Foram analisadas imagens de tomografia de coerência óptica de domínio espectral de 35 pacientes com retinite pigmentosa e 40 indivíduos saudáveis. Medimos a espessura do complexo de células maculares e ganglionares. Realizamos medições da espessura da coroide na região subfoveal e a 500 µm, 1000 µm e 1500 µm do centro da fóvea.
Resultados: Pacientes com retinite pigmentosa apresentaram espessuras maculares e da coroide significativamente mais finas em todas as medições e suas medidas individuais da espessura do complexo de células ganglionares foram inferiores às de indivíduos saudáveis. A espessura média do complexo de células ganglionares foi significativamente menor nos pacientes com retinite pigmentosa do que nos controles. A espessura macular média foi significativamente correlacionada com as espessuras médias do complexo das células de coroide e das células ganglionares médias. Não encontramoscorrelação entre a espessura media da coroide e a espessura media do complexo de células ganglionares.
Conclusões: A coroide foi levemente afetada em nossos pacientes com retinite pigmentosa precoce. A tendência à significância na retina interna foi possivelmente causada por uma boa acuidade visual.
Keywords: Coroide/anatomia & histologia; Retina/anatomia & histologia; Células ganglionares da retina; Retinite pigmentosa; Tomografia de coerência óptica
Abstract
Objetivos: Descrever os achados na angiografia por tomografia de coerência óptica associada à síndrome de Alport.
Métodos: Estudo descritivo de um serviço de referência em Oftalmologia (Hospital Evangélico de Vila Velha, Brasil). Os pacientes diagnosticados com síndrome de Alport, foram incluídos.
Resultados: O grupo de estudo foi composto por quatro pacientes (um feminino e três homens) com diagnóstico de síndrome de Alport. A acuidade visual no pior olho estava entre 20/40 a 20/60. Todos os pacientes do sexo masculino apresentaram lenticone anterior à biomiscroscopia. Os achados da retina observados incluíram pontos e manchas e alterações pigmentares na mácula. Na angiotomografia de coerência óptica, as camadas internas da retina de todos os pacientes apresentaram afinamento (especialmente na região temporal da mácula) e aumento da zona avascular foveal. Uma coroide espessa foi observada em ambos os olhos dos dois pacientes mais jovens.
Conclusões: Em pacientes com síndrome de Alport, as camadas internas da retina sofrem alterações devido à mutação do colágeno tipo IV. A angiotomografia de coerência óptica permite visualizar esses achados, tornando-o uma ferramenta útil na detecção de achados iniciais da retina associados à síndrome de Alport.
Keywords: Retina; Tomografia de coerência óptica; Angiofluoresceínografia/métodos; Nefrite hereditária
Abstract
Objetivo: Comparar as medidas de acuidade visual, espessura macular central e área de neovasos ativos na angiofluoresceinografia submetidos a panfotocoagulação retiniana padrão ETDRS associado a injeção intravítrea de ranibizumabe versus panfotocoagulação padrão PASCAL associado a injeção intravítrea de ranibizumabe versus somente injeção intravítrea de ranibizumabe em pacientes com retinopatia diabética proliferativa.
Métodos: Pacientes com retinopatia diabética proliferativa e virgens de tratamento, randomicamente divididos nas três diferentes terapias retinianas. Panfotocoagulação no grupo ETDRS em 2 sessões (semanas 0 e 2) e no grupo PASCAL, na semana 0. Injeção intravítrea de ranibizumabe realizado ao fim da primeira sessão de laser em ambos os grupos: ETDRS e PASCAL, e na semana 0 no grupo injeção intravítrea de ranibizumabe. Avaliações oftalmológicas, tomografia de coerência óptica e angiofluoesceinografia realizados na visita basal e a cada 4 semanas por 48 semanas.
Resultados: Trinta pacientes (n=40 olhos) completaram as 48 semanas de seguimento. Após o tratamento, a acuidade visual melhorou significantemente em todas a visitas no grupo injeção intravítrea de ranibizumabe (p<0,05); em todas exceto na semana 4 no grupo ETDRS, em todas exceto nas semanas 4 e 8 no grupo PASCAL. Redução significativa na espessura do subcampo central foi evidenciada no grupo PASCAL nas semanas 4, 8 e 48; somente na semana 48 no grupo injeção intravítrea de ranibizumabe, e em nenhuma visita no grupo ETDRS. Redução também na área de neovasos ativos em todas as visitas em todos os grupos. Não houve diferença significante entre os três grupos com relação a mudança media na medidas de acuidade visual, espessura macular central ou área de neovasos ativos da visita inicial para a semana 48.
Conclusões: Somente IVB ou este associado a panfotocoagulação ETDRS ou PASCAL, apresentaram efeitos semelhantes em relação a medidas de acuidade visual, espessura do subcampo central e área de neovasos ativos no decorrer de 48 semanas de seguimento.
Keywords: Retinopatia diabetica; Retina; Diabetes; Fator A de crescimento do endotélio vascular; Inibidorres da angiogenese/uso terapêutico; Ranibizumab/uso terapêutico; Panfotocoagulação; Acuidade visual
Abstract
O granuloma central de células gigantes é um tumor ósseo raro que afeta pacientes jovens com comprometimento anatômico e funcional da maxila e mandíbula. A terapia com injeção de esteroides constitui uma modalidade de tratamento menos invasiva para o controle da doença em casos selecionados. A isquemia retiniana é uma complicação relatada em vários procedimentos médicos, incluindo intervenções odontológicas, e pode levar à perda da visão com mau prognóstico. Relatamos um caso de doença isquêmica arteriolar da retina após o tratamento com granuloma central de células gigantes com corticosteroides injetados locais.
Keywords: Retina; Isquemia; Neoplasias da mandíbula; Neoplasias maxilomandibulares; Granuloma de células gigantes; Esteróides
Abstract
OBJETIVO: O objetivo do estudo foi de avaliar as alterações microvasculares da retina e da coroide em pacientes sob hidroxicloroquina, através da angiografia por tomografia de coerência óptica.
MÉTODOS: Este é um estudo transversal de coorte que avaliou um total de 28 olhos de 28 pacientes (24 mulheres e 4 homens) submetidos a tratamento com hidroxicloroquina (grupo da hidroxicloroquina). Catorze olhos de 28 pacientes em uso de hidroxicloroquina por mais de 5 anos foram definidos como sendo o grupo de alto risco, ao passo que o grupo de baixo risco consistiu em 14 olhos de 28 pacientes em uso de hidroxicloroquina por menos de 5 anos. Foram ainda incluídos 28 voluntários como grupo de controle, pareados por idade e sexo. Através de angiografia por tomografia de coerência óptica, foram medidos os seguintes parâmetros: área do fluxo macular (superficial, profundo e coriocapilar), densidade vascular superficial e profunda, área da zona avascular foveal e espessura da coroide subfoveal.
RESULTADOS: Foram recrutados para o estudo um total de 28 pacientes sob tratamento com hidroxicloroquina, com idade média de 45,5 ± 11,1 (29-70) anos, e 28 membros do grupo de controle, pareados por idade e sexo, com idade média de 44,5 ± 13,9 (28-70) anos. As áreas superficial, profunda e coriocapilar do fluxo macular foram respectivamente de 13,578 ± 0,30, 13,196 ± 0,31 e 17,617 ± 0,42 nos pacientes em tratamento com hidroxicloroquina e, respectivamente de 16,407 ± 0,95, 13,857 ± 0,31 e 18,975 ± 0,76 no grupo de controle (p<0,05 para todos os valores). As três medições de área do fluxo macular foram significativamente menores nos pacientes em uso de hidroxicloroquina em comparação com os indivíduos do grupo de controle (p<0,05 para todos os valores). As densidades vasculares superficial e profunda mostraram-se significativamente reduzidas em todas as regiões (foveal, parafoveal, temporal, superior, nasal e inferior) nos pacientes em uso de hidroxicloroquina (p<0,05 para todos os valores). Finalmente, também foi observada uma diferença significativa entre os grupos em relação à área da zona avascular foveal (superficial e profunda), à espessura foveal central e à espessura da coroide subfoveal (p<0,05 para todos os valores).
CONCLUSÃO: O fluxo microvascular retinocoroidal e a densidade vascular da área macular mostraram-se significativamente diminuídos nos pacientes sob hidroxicloroquina. Este fármaco pode danificar a arquitetura microvascular retinocoroidal e a angiografia por tomografia de coerência óptica pode contribuir para a detecção precoce da toxicidade retiniana induzida pela hidroxicloroquina.
Keywords: Retina/efeitos dos fármacos; Coroide/efeitos de fármacos; Tomografia de coerência óptica; Hidroxicloroquina; Angiofluoresceinografia/métodos
Abstract
OBJETIVO: Avaliar, depois de 30 meses, a função visual e as alterações na espessura macular central de pacientes com degeneração macular relacionada à idade sem resposta terapêutica ao ranibizumabe (Lucentis®) que mudaram seu tratamento para o aflibercepte (Eylea®).
MÉTODOS: Realizou-se um estudo retrospectivo de pacientes com degeneração macular neovascular relacionada à idade que mudaram o tratamento para o aflibercepte após 6 ou mais injeções intravítreas de ranibizumabe a intervalos de 4-8 semanas. Todos os pacientes mudaram para o aflibercepte intravítreo (2,0 mg) e depois de 3 injeções consecutivas, seguidas de um regime de dosagem pro re nata, foram avaliados após 30 meses de tratamento. A melhor acuidade visual corrigida, o exame biomicroscópico, a pressão intraocular, a fundoscopia e a espessura macular central foram registrados no início do tratamento, antes da transição para o tratamento com aflibercepte intravítreo e aos 6, 12, 18, 24 e 30 meses de tratamento com o aflibercepte intravítreo.
RESULTADOS: Satisfizeram aos critérios de inclusão 33 olhos. A mediana da idade dos pacientes foi de 73,57 ± 7,98 anos. Dos pacientes, 21 (61,8%) eram homens e 12 (35,3%) eram mulheres. Antes da transição para o tratamento com o aflibercepte intravítreo, os pacientes receberam em média 16,8 ± 8,8 injeções de ranibizumabe (faixa 6-38).Depois da transição, o número médio de injeções de aflibercepte foi de 9,09 ± 3,94. Não houve diferenças significativas na melhor acuidade visual corrigida depois da mudança para o aflibercepte em qualquer das avaliações. Houve diminuição significativa da espessura macular central aos 6, 12, 18 e 30 meses (respectivamente, p=0,01, p=0,03, p=0,05, p=0,05 e p<0,001).
CONCLUSÃO: Pacientes com degeneração macular neovascular relacionada à idade que mudaram seu tratamento para o aflibercepte intravítreo devido à falta de resposta ao ranibizumabe intravítreo, tiveram melhora anatômica significativa da retina; mas embora esse estado tenha persistido, não foi observado nenhum ganho funcional significativo.
Keywords: Degeneração macular; Ranibizumab/uso terapêutico; Inibidores de angiogênese /uso terapêutico; Injeções intravítreas; Retina/patologia; Acuidade visual
Abstract
Um policial de 39 anos se queixava de diminuição bilateral da visão central nos últimos 2 anos. A acuidade visual era 20/40 e 20/400 no olho direito (OD) e esquerdo (OE) e a fundoscopia revelou lesão macular hipopigmentada bilateral. A angiografia fluoresceínica e com indocianina verde revelaram, respectivamente, vazamento do corante e áreas hiperintensas nas regiões maculares. A tomografia de coerência óptica evidenciou fluido sub-retiniano no OD e escavação focal de coroide do tipo conformacional no OE. Após 4 meses, a escavação focal de coroide mudou de conformacional para não conformacional e, aos 12 meses, reverteu para conformacional associado a atrofia incompleta do epitélio pigmentar da retina e da retina externa na região da escavação. Também foi evidenciado paquicoroide, sem neovascularização. Relatamos pela primeira vez uma escavação focal de coroide que evoluiu de conformacional para não conformacional e, em seguida, retornou à configuração primária (conformacional) em um paciente com coriorretinopatia serosa central bilateral.
Keywords: Coriorretinopatia serosa central; Coroide; Escavação focal de coroide; Tomografia de coerência óptica; Retina
Abstract
Objetivo: O nosso objetivo neste estudo foi comparar as alterações na unidade funcional lacrimal em dois modelos de síndrome do olho seco neurogênica: desnervação sensorial da córnea versus desnervação autonômica da glândula lacrimal.
Métodos: A rede neural é um importante suporte para a unidade funcional lacrimal. Pode ser dividido em vias aferentes (sensoriais) e eferentes (autonômicas), sujeitas a doenças graves que comprometem a unidade funcional lacrimal. Ratos Wistar machos, com 8 semanas de idade, foram divididos em três grupos: 1) Controle naïve (n=16 animais); 2) Desnervação autonômica: onde os ratos foram submetidos à ablação do nervo da glândula lacrimal direita e avaliados após um e dois meses (1 M a 2 M) do procedimento (n=7 animais por subgrupo, desnervação autonômica 1M e desnervação autonômica 2M, respectivamente); 3) Desnervação sensorial induzida por colírio a 0,2% de cloreto de benzalcônio, duas vezes ao dia por 7 dias no olho direito (n=10 animais). A sensibilidade da córnea foi medida pelo teste de movimento pata-olho com capsaicina (10 μM). A PCR quantitativa em tempo real foi aplicada para comparar a expressão relativa de mRNA de citocinas pró-inflamatórias: Il1b, Il6, Tnf, Mmp9, na córnea, gânglio trigêmio e glândula lacrimal. O mRNA dos agentes pró-mitóticos Bmp7, Runx1, Runx3, Fgf10 e Smad1 foram comparados na glândula lacrimal.
Resultados: A desnervação sensorial induziu hiperalgesia da córnea (p=0,001). Desnervação sensorial e desnervação autonômica aumentaram o mRNA de citocinas pró-inflamatórias no córnea e glândula lacrimal (p<0,05), mas apenas desnervação sensorial aumentou o mRNA de Il1b e Tnf no gânglio trigêmio (p<0,05) quando comparado ao controle naïve.
Conclusões: Os modelos de desnervação autonômica e desnervação sensorial podem ter características comuns, como inflamação de diferentes partes da unidade funcional lacrimal. No entanto, a hiperestesia e os marcadores inflamatórios no gânglio trigêmio de desnervação sensorial e a expressão de mediadores regenerativos na glândula lacrimal na desnervação autonômica são características que distinguem essas doenças, podendo ser investigadas em estudos futuros que abordam o olho seco secundário ao dano neural da unidade funcional lacrimal.
Keywords: Córnea; Unidade functional lacrimal; Aparelho lacrimal; Hipersensibilidade; Ratos Wistar; Síndrome do olho seco
Abstract
Objetivo: Analisar a camada plexiforme interna de células maculares e ganglionares e as espessuras da camada de fibras nervosas da retina após vitrectomia com técnica de flap invertido para orifício macular idiopático.
Métodos: Estudo prospectivo de 28 olhos submetidos à cirurgia de orifícios maculares idiopáticos. Foi realizada a técnica de flap invertido da membrana limitante interna usando Azul Brilhante (0,05%). Os exames oftalmológicos e a análise quantitativa da espessura do complexo de células maculares ganglionares foram analisados na linha de base com 1 mês e 3 meses após a cirurgia.
Resultados: A espessura média pré-operatória da camada plexiforme interna de células ganglionares e da camada plexiforme interna de células ganglionares ± camada de fibra nervosa da retina foi de 88,9 µm e 124,8 µm, respectivamente; a espessura média da camada plexiforme interna de células ganglionares com 1 mês e 3 meses após a cirurgia foi reduzida para 72,8 µm e 65,2 µm (p<0,001 e p<0,001, respectivamente). A espessura média da camada plexiforme interna de células ganglionares pós-operatórias + da camada de fibra nervosa da retina também foi reduzida com 1 e 3 meses (108,8 µm e 99,3 µm; p<0,001 e p<0,001, respectivamente). Nenhuma diferença significativa foi observada entre a acuidade visual melhor corrigida pré e pós-operatória com 1 e 3 meses (p <0, 73 e p<0, 14, respectivamente).
Conclusão: A camada plexiforme interna de células maculares ganglionares e a camada plexiforme interna de células ganglionares ± as espessuras da camada de fibra nervosa da retina foram significativamente reduzidas após vitrectomia com técnica de flap invertido usando azul brilhante (0,05%) para orifício macular idiopático.
Keywords: Células ganglionares da retina; Camada de fibras nervosas; Retina; Vitrectomia
Abstract
Objetivos: Mensurar a perfusão do complexo retina/coróide com ressonância magnética em olhos com fechamento angular primário agudo (FAPA).
Métodos: Três sequências de ressonância magnética, duas anatômicas e uma de perfusão com gadolínio, foram adquiridas em pacientes com fechamento angular primário agudo. Regiões de interesse foram desenhadas na sequência de perfusão e sobrepostas à sequência anatômica. O volume de sangue relativo nos 2 primeiros segundos foi considerado como referência, e sua variação nos 28 segundos subsequentes foi analisada.
Resultados: Cinco olhos de 5 pacientes com fechamento angular primário agudo foram incluídos (3 com crise unilateral e 2 com crise bilateral). Três olhos contralaterais e 2 olhos de 2 pacientes saudáveis, pareados por sexo e idade, foram incluídos no grupo controle. Pacientes com fechamento angular primário agudo incluíam 4 (80%) mulheres, com idade média de 65,8 ± 12,37 anos, pressão intraocular média de 56,2 ± 14,67 mmHg, pressão arterial média de 113,4 ± 8,17 mmHg e pressão de perfusão ocular de 57,2 ± 13,46mmHg. No grupo controle, pressão intraocular média foi de 15,6 ± 2,61 mmHg (p=0,0625), pressão arterial média de 107,4 ± 6,57 mmHg (p=1,00) e pressão de perfusão ocular de 91,8 ± 6,72 mmHg (p=0,0625). O volume de sangue relativo do complexo retina/coróide foi de -0,127 ± 0,048 nos olhos em fechamento angular primário agudo e -0,213 ± 0,116 nos olhos controles (p=0,3125).
Conclusões: A sequência de ressonância magnética com gadolínio não demonstrou diferença na perfusão de retina/coroide em olhos com fechamento angular primário agudo.
Keywords: Glaucoma de ângulo fechado; Imagem por ressonância magnética; Gadolínio; Retina; Perfusão
Abstract
Objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar o efeito protetor do cilostazol no desenvolvimento e na evolução da retinopatia diabética em ratos.
Métodos: Sessenta ratos machos foram divididos em 4 grupos: ratos não-diabéticos não-tratados, ratos diabéticos não-tratados, ratos não-diabéticos tratados com cilostazol e ratos diabéticos tratados com cilostazol. A espessura da membrana limitante interna à membrana limitante externa, a camada plexiforme interna, a camada nuclear interna e a camada nuclear externa foram medidas. Para quantificar o grau de perda de células da retina, foi contado o número de núcleos de células por 50 µm de comprimento em secções retinianas.
Resultados: O número de núcleos no GCL foi significativamente maior em Ratos não-diabéticos não-tratados com cilostazol (p<0,05). O número médio de núcleos em Ratos não-diabéticos tratados com cilostazol foi significativamente maior do que em Ratos diabéticos tratados com cilostazol (p<0,05). A contagem média de núcleos em camada nuclear interna e camada plexiforme interna de ratos não-diabéticos tratados com cilostazol foi significativamente maior do que nos outros grupos (p<0,05). A espessura retiniana média total de Ratos não-diabéticos tratados com cilostazol foi significativamente maior do que em Ratos diabéticos tratados com cilostazol e Ratos diabéticos não-tratados (p<0,05).
Conclusão: Os resultados demonstraram que o cilostazol teve um efeito protetor contra as alterações causadas pela retinopatia diabética em ratos diabéticos, diminuindo a perda de células ganglionares e reduzindo a atrofia neurossensorial nas camadas retinianas internas.
Keywords: Cilostazol; Células ganglionares; Retinopatia diabética; Retina; Ratos Wistar.
Abstract
OBJETIVO: A diabetes mellitus é considerada uma epidemia global e causa de baixa visual em países em desenvolvimento. Este estudo foi realizado com o objetivo de avaliar a viabilidade do retinógrafo portátil e análise remota de imagens associada a questionário virtual para o rastreio de retinopatia diabética em Unidades Básicas de Saúde da cidade de Ribeirão Preto/SP durante a pandemia de Covid-19.
MÉTODOS: Trezentos e sessenta pacientes compareceram a campanha. O acolhimento foi realizado na Unidade Básica de Saúde pela equipe de enfermagem, respeitando medidas de prevenção do Covid-19 Os realizou-se aferição da pressão arterial e glicemia capilar seguida de dilatação. Dados demográficos e sociais foram coletados através de questionário on-line padronizado via smartphone e realizou-se a triagem da retinopatia diabética através da obtenção de imagens com retinógrafos portáteis realizados por residentes de oftalmologia previamente treinados, com a aquisição de 2 imagens padronizadas de 45o: uma do segmento posterior e outra nasal ao nervo óptico.
RESULTADOS: Trezentos e sessenta pacientes foram atendidos durante a campanha. Dez pacientes (1,02%) foram excluídos devido à opacidade de meios e impossibilidade de obtenção de imagens de fundo de olho. Foram avaliados 350 pacientes, 64% do sexo feminino, 45% entre 55 e 70 anos e 55% brancos. A Campanha foi a primeira avaliação de retina para 40,5% dos pacientes e 47,56% apresentavam diabetes mellitus há mais de 10 anos. Na análise comparativa da classificação da retinopatia diabética segundo Early Treatment Diabetic Retinopathy Study (triagem X Nuvem) observou-se uma diferença de 7,8% nos resultados. Retinopatia diabética leve foi observada em 12,23%, moderada em 6,31%, proliferativa em 2,58%; edema macular presente em 4,58% e ausência de retinopatia diabética em 72,78% dos pacientes.
CONCLUSÃO: A utilização de retinógrafos portáteis juntamente a telemedicina, para o rastreamento da retinopatia diabética pode ser considerada uma alternativa eficiente para triagem e diagnóstico da retinopatia diabética dentro ou fora do cenário pandêmico, auxiliando na prevenção de perda visual pelo diabetes.
Keywords: Retinopatia diabética/diagnóstico; Covid-19; Retina/diagnóstico por imagem; Oftalmologia/instrumentação; Oftalmoscópicos; Sistemas automatizados de assistência junto ao leito; Telemedicina/métodos
Abstract
OBJETIVO: Este estudo visou avaliar os mecanismos da lesão e os tipos de fraturas orbitárias e sua relação com commotio retinae simultânea.
MÉTODOS: Este estudo retrospectivo avaliou registros de pacientes com fraturas orbitárias cujos diagnósticos foram confirmados por tomografia computadorizada entre julho de 2017 e setembro de 2019. Foram registrados os dados demográficos, circunstâncias da lesão, os resultados do exame oftalmológico e achados radiológicos. A análise estatística dos dados usou os testes de t-Student bicaudal, qui-quadrado e cálculos de odds ratio. O significado estatístico foi fixada em p<0,05.
RESULTADOS: Dos 204 pacientes com fraturas orbitárias incluídos neste estudo, 154 (75,5%) eram sexo masculino (75,5%). A média de idade foi de 42,1 anos. As fraturas orbitárias envolvendo uma parede orbital (58,8%) foram mais comuns do que as que acometeram várias paredes (41,2%). A maioria das fraturas acometeu a parede inferior (60,3%), sendo as paredes mediais as próximas mais frequentemente afetadas (19,6%). A causda mais comum de lesão foi agressão (59,3%), e a segunda mais comum foi queda (24%). A commotio retinae foi observada em 20,1% dos casos de fratura orbital e foi mais associada a lesões causadas por agressão (OR=5,22, p<0,001) e menos associada com aquelas causadas por quedas (OR=0,06, p<0,001). As restrições de movimentos oculares eram mais comuns na comoção central do que na periférica (OR=3,79, p=0,015) e com fraturas da parede medial do que com fraturas de outras paredes orbitais (OR=7,16, p<0,001). As chances de comoção não foram maiores em pacientes com fraturas orbitais de paredes múltiplas do que naqueles com fraturas de parede simples (p=0,967).
CONCLUSÕES: Na população do estudo, a agressão foi a causa mais comum de fraturas orbitais e resultou em commotio retinae mais grave do que qualquer outra causa. Os oftalmologistas devem estar cientes da probabilidade de commotio retinae em pacientes com fraturas orbitais resultantes de agressão, independentemente da extensão das lesões do paciente.
Keywords: Fraturas orbitárias; Movimentos oculares; Retina; Ferimentos e lesões
Abstract
Objetivos: A microperimetria tem sido usada há vários anos como uma forma de teste de função visual em pacientes com doenças da retina. Os valores normais de microperimetria obtidos com MP-3 ainda não foram totalmente publicados e os valores basais para sensibilidade macular topográfica e correlações com idade e sexo são necessários para estabelecer graus de comprometimento. O objetivo do trabalho é determinar valores para limiares de sensibilidade à luz e estabilidade de fixação usando o MP-3 em indivíduos normais.
Métodos: Trinta e sete voluntários saudáveis (idade: 28-68 anos), submetidos à microperimetria de limiar total usando uma estratégia de escada 4-2 (rápida) com o tamanho de estímulo padrão Goldmann III e 68 pontos de teste posicionados de forma idêntica aos do Humphrey Field Analyzer 10-2 grade de teste. A estabilidade da fixação foi registrada simultaneamente durante o teste de microperimetria. A relação entre a sensibilidade global e a idade foi calculada por meio de análise de regressão linear.
Resultados: A microperimetria foi realizada em 37 indivíduos (74 olhos). A sensibilidade média global foi de 29,01 ± 1,44 dB, intervalo: 26-31 dB. A mediana da sensibilidade central a 2° medida pelo MP-3 foi de 28,5 ± 1,77 dB (ER) e 28,75 ± 1,98 dB (OE). Os valores médios totais de estabilidade da fixação em 2° e 4° foram 80% e 96%, respectivamente. A análise de regressão linear também revelou um declínio de sensibilidade global relacionado à idade por ano de -0,051 dB ± 0,018 (ER) e -0,078 dB ± 0,021 (LE).
Conclusões: A microperimetria realizada com o MP-3 permite um exame automático, preciso e específico da topografia dos limiares de sensibilidade da retina. Os resultados deste estudo fornecem um banco de dados normal e de idade correspondente da microperimetria MP-3.
Keywords: Campos visual; Testes de campo visual; Retina; Microperímetro; Idade.
Abstract
Objetivo: A terapia antiangiogênica intravítrea revolucionou o tratamento de inúmeras patologias de relevância global, sendo atualmente o procedimento oftalmológico invasivo mais realizado no mundo. Objetiva-se no presente estudo descrever o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes submetidos a terapia intravítrea com antiangiogênicos em hospital terciário de referência no Brasil.
Métodos: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e observacional que foi realizado através da análise de prontuários de pacientes submetidos a injeção intravítrea de antiangiogênicos para tratamento de doenças retinianas no ambulatório de oftalmologia do Hospital das Clínicas da Unicamp no período de janeiro a dezembro de 2020.
Resultados: O estudo analisou 429 pacientes e 514 olhos. A maioria pertencia ao sexo masculino (51,28%), raça branca (80,89%), possuía entre 50-80 anos com idade média de 60,92 anos e escolaridade de 1o grau completo ou incompleto (56,88%) e não pertenciam (78,55%) a área de abrangência do Departamento Regional de Saúde do qual Campinas faz parte. O fármaco mais utilizado nas injeções intravítreas foi o bevacizumabe (79,38%), o principal regime de tratamento foi o pro re nata (90,27%) e a principal grupo de patologia indicativa de tratamento foi o edema macular (60,12%), sendo 48,25% desses de etiologia diabética. A média de injeções foi de 3,83/paciente, sendo o grupo de neovascularização macular o de maior mediana com 5 injeções/paciente e o esquema pro re nata o regime de tratamento com menor mediana, 3 injeções/paciente. A adesão ao tratamento associou-se a patologia do paciente, sendo as menores taxas de adesão as dos grupos com edema macular (52,24%) e neovascularização macular (49,48%).
Conclusões: O presente estudo avaliou o perfil epidemiológico e clínico dos pacientes submetidos a terapia antiangiogênica em hospital público de alta complexidade, o que é fundamental para melhor conhecimento da demanda de serviço oftalmológico de referência no Brasil e possibilita, a partir da análise dos resultados funcionais e perfil de adesão dos usuários, otimizar as indicações e alavancar os benefícios de terapia intravítrea.
Keywords: Retina; Injeções intravítreas; Inibidores da angiogênese; Edema macular; Neovascularização retiniana
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