Sergio Henrique Sampaio Meirelles1; Riani Morelo Álvares3; Priscilla Barbuto Botelho3; Fábio Barreto Morais3; Pedro Bertino Moreira3; Ana Carolina de Magalhães Villela1
DOI: 10.1590/S0004-27492006000300006
ABSTRACT
PURPOSE: To assess whether central corneal thickness is related to glaucomatous visual field loss severity among patients with office-controlled intraocular pressure in the normal range. METHODS: This transversal study included 85 eyes of 85 patients with treated primary open-angle glaucoma and documented intraocular pressure below 19 mmHg. The patients were divided into three groups according to Anderson criteria of field abnormality. The groups were composed of 30 eyes with mild defect, 28 eyes with moderate defect and 27 eyes with severe defect. Intraocular pressure and central cornea thickness were compared and evaluated between the three groups. RESULTS: Central corneal thickness was statistically thinner in the severe group (mean= 513 ± 26 µm) compared with the mild defect group (mean= 535 ± 35 µm) and the moderate group (mean= 533 ± 30 µm) (p = 0.0182). There was no statistically significant difference between intraocular pressures in the three groups (p = 0.0851). The severe group showed a statistically higher age and number of medications than the other groups. CONCLUSIONS: The central corneal thickness measurement is desirable when establishing target intraocular pressure of patients with open-angle glaucoma. Central corneal thickness is a clinical factor in determining glaucoma severity. Patients with severe field loss showed lower corneal thickness compared with patients with mild and moderate visual field loss.
Keywords: Glaucoma, open angle; Intraocular pressure; Cornea; Diagnostic techniques, ophthalmological; Visual fields; Tonometry, ocular
RESUMO
OBJETIVO: Avaliar se a espessura central da córnea pode influenciar na gravidade de defeitos de campo visual no glaucoma em pacientes com pressão intra-ocular controlada ambulatorialmente. MÉTODOS: Estudo transversal de 85 olhos de 85 pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto em tratamento e com níveis pressóricos inferiores a 19 mmHg. Os pacientes foram divididos em três grupos de acordo com os critérios de gravidade de defeito de campo visual de Anderson. Os grupos eram compostos de 30 olhos com defeito leve de campo visual, 28 olhos com defeito moderado e 27 olhos com defeito grave. Foram avaliadas e comparadas a pressão intra-ocular e a espessura central da córnea entre os três grupos. RESULTADOS: A espessura central da córnea foi significativamente menor no grupo grave (média de 513 ± 26 µm) comparado aos grupos leve (média de 535 ± 35 µm) e moderado (média de 533 ± 30 µm) (p = 0,0182). Não houve diferença estatisticamente significativa entre as pressões intra-oculares dos três grupos (p = 0,0851). O grupo grave apresentou média de idade e número de medicações estatisticamente maior quando comparado aos outros grupos. CONCLUSÃO: Os nossos resultados sugerem relação entre a espessura corneana e a gravidade do glaucoma e que a medida da espessura central da córnea deve ser levada em consideração na estimativa da pressão-alvo no tratamento do glaucoma. Os pacientes com defeito grave de campo visual apresentaram córneas mais finas que os pacientes com defeito leve ou moderado.
Descritores: Glaucoma de ângulo aberto; Pressão intra-ocular; Córnea; Técnicas de diagnóstico oftalmológico; Campos visuais; Tonometria ocular
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