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Editorial

Tear film analysis and its relation with palpebral fissure height and exophthalmos in Graves' ophthalmopathy

Análise do filme lacrimal e sua relação com a largura da fenda palpebral e a exoftalmia na oftalmopatia de Graves

Maria Vitoria Oliveira Moura Brasil1; Oswaldo Ferreira Moura Brasil1; Rodrigo Perez Vieira1; Mário Vaisman3; Octávio Moura Brasil do Amaral Filho4

DOI: 10.1590/S0004-27492005000500007

ABSTRACT

PURPOSE: To evaluate tear film quality by rose bengal staining and its stability by breakup time, relating with palpebral fissure height and exophthalmos in patients with Graves' ophthalmopathy. METHODS: We studied 54 eyes of 27 patients with Graves' ophthalmopathy, either in the inflammatory or in the chronic phase of the disease. The evaluation consisted of tear film qualitative analysis by rose bengal staining using the van Bijsterveld grading scale, tear film stability analysis by breakup time, measurement of palpebral fissure height and exophthalmometry. Qui square test was used to perform statistical analysis. RESULTS: Among 27 studied patients, 77.8% were females and 22.2% males. Mean age was 44.26 years (SD 12.67). Mean disease time was 5.85 years (SD 4.47) and mean ophthalmopathy time was 5.81 years (SD 5.37). Among 54 studied eyes, 37% had positive test by van Bijsterveld's grading scale, 33.3% tear film breakup time lower than 5 seconds, 57.4% palpebral fissure height greater than 11 mm and 55.6% exophthalmometry greater than 19 mm. When relating tear film breakup time lower than 5 seconds with palpebral fissure height greater than 11 mm we found an odds ratio of 11.2 (p=0.0008). The remaining relationships did not show statistical significance. CONCLUSIONS: Dry eye diagnosed by rose bengal staining and tear film breakup time occurs frequently in Graves' ophthalmopathy. Palpebral fissure height correlates with tear film breakup time in Graves' ophthalmopathy. Its increase may lead to tear film instability.

Keywords: Graves' disease; Rose bengal; Keratitis; Exophthalmos; Tears; Staining and labeling

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar qualidade do filme lacrimal pelo corante rosa bengala e sua estabilidade por meio do tempo de ruptura, relacionando com a largura da fenda palpebral e a exoftalmia em pacientes com oftalmopatia de Graves. MÉTODOS: Foram estudados 54 olhos de 27 pacientes com oftalmopatia de Graves, tanto em fase inflamatória quanto em fase crônica. A avaliação consistiu de análise qualitativa do filme lacrimal pelo corante rosa bengala por meio da classificação de van Bijsterveld, análise da estabilidade do filme lacrimal pelo tempo de ruptura, medida da largura da fenda palpebral e exoftalmometria. A análise estatística foi realizada com o teste do Qui-quadrado. RESULTADOS: Entre os 27 pacientes estudados, 77,8% eram do sexo feminino e 22,2% do masculino. A idade média foi de 44,26 anos (DP 12,67). O tempo médio de doença foi de 5,85 anos (DP 4,47) e o de oftalmopatia foi de 5,81 anos (DP 5,37). Dos 54 olhos em estudo, 37% apresentaram teste positivo pela escala de graduação de van Bijsterveld, 33,3% tempo de ruptura do filme lacrimal menor que 5 segundos, 57,4% largura da fenda palpebral maior que 11 mm e 55,6% exoftalmometria maior que 19 mm. Quando relacionamos o tempo de ruptura do filme lacrimal menor que 5 segundos com a largura da fenda palpebral maior que 11 mm encontramos odds ratio igual a 11,2 (p=0,0008). As demais relações estudadas não mostraram significância estatística. CONCLUSÕES: O olho seco diagnosticado pela coloração com rosa bengala e pelo tempo de ruptura do filme lacrimal ocorre com freqüência na oftalmopatia de Graves. A largura da fenda palpebral correlaciona-se com o tempo de ruptura do filme lacrimal na oftalmopatia de Graves. Seu aumento pode levar à instabilidade do filme lacrimal.

Descritores: Doença de Graves; Rosa bengala; Ceratite; Exoftalmia; Lágrimas; Coloração e rotulagem


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