Carlos Eduardo Borges Souza1; Dinorah Piacentini Engel1; Bruno Castelo Branco1; Ana Luiza Hofling-Lima1; Denise de Freitas1; José Álvaro Pereira Gomes1; Luciene Barbosa de Souza2
DOI: 10.1590/S0004-27492004000500003
ABSTRACT
PURPOSE: To verify and compare the possible microbiological contamination of amniotic fluid, and amniotic membranes at time zero and at different times after delivery. METHODS: Nine amniotic fluid samples were collected by intrauterine aspiration and nine amniotic membranes were collected after cesarean deliveries of patients with negative serology (HIV, syphilis, hepatitis B and C). Samples were collected at different times after delivery (zero, thirty, sixty minutes). The samples were inoculated in culture media for bacteria and fungi. RESULTS: Bacteria were retrieved from four amniotic fluid samples, as well as from all nine amniotic membranes. Coagulase-negative Staphylococcus was the most prevalent bacteria. At time zero, coagulase-negative Staphylococcus was revealed in all nine amniotic membranes, Staphylococcus aureus in two, Neisseria sp., Enterobacter and Streptococcus viridans in one. Thirty minutes after delivery, coagulase negative Staphylococcus grew in all nine amniotic membranes and Streptococcus viridans in one. Sixty minutes after delivery, coagulase-negative Staphylococcus was shown in eight, Staphylococcus aureus in two and Streptococcus viridans in one sample. Coagulase-negative Staphylococcus was found in three amniotic fluids and corresponding membranes. CONCLUSION: Amniotic membrane contamination was a problem in all samples, and the processing protocol used at the Federal University of São Paulo was efficient to decontaminate the AM. Care must be taken before the use of AM. Further studies are necessary to establish the accurate variation of AM contamination at different times after delivery.
Keywords: Contamination; Bacteria; Amniotic fluid; Cornea; Staphylococcus
RESUMO
OBJETIVOS: Verificar a possibilidade de contaminação do líquido amniótico e da membrana amniótica no tempo zero e em diferentes tempos após o parto. MÉTODO: Nove amostras de líquido amniótico foram colhidas através de punção uterina. Nove membranas amnióticas foram obtidas de placentas após cesáreas eletivas em gestantes com sorologias negativas (hepatite B, C, sífilis, HIV). Obtiveram-se amostras de membranas amnióticas em três diferentes momentos após o parto (zero, trinta e sessenta minutos). As amostras de membrana foram inoculadas em meios para cultivo bacteriano e fúngico. RESULTADOS: Verificou-se cultivo positivo para bactérias em quatro amostras do líquido amniótico e em todas membranas amnióticas. Staphylococcus coagulase negativo cresceu nas nove membranas estudadas. No tempo zero houve crescimento de Staphylococcus coagulase negativo em todas as membranas, de Staphylococcus aureus em duas, de Enterobacter, Neisseria sp. e Streptococcus viridans em uma cada. No tempo trinta, o Staphylococcus coagulase negativo também cresceu em todas as membranas e o Streptococus viridans em uma. No tempo sessenta, o Staphylococcus coagulase negativo cresceu em oito das nove membranas, o Staphylococcus aureus em duas e o Streptococus viridans em uma. Staphylococcus coagulase negativo foi encontrado em três amostras de líquido e membranas amnióticas correspondentes. CONCLUSÃO: Contaminação bacteriana foi evidenciada em todas as membranas amnióticas. Cuidados assépticos devem ser realizados durante todo o manuseio da membrana antes de sua utilização. Estudos quantitativos com maior número de amostras são necessários para comparação mais acurada da variação da contaminação da membrana amniótica em diferentes tempos após a sua retirada.
Descritores: Contaminação; Bactérias; Líquido amniótico; Córnea; Staphylococcus
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