Open Access Peer-Reviewed
Artigo Original

Avaliação do impacto de infiltrados sub-epiteliais corneanos na biomecânica corneana após ceratoconjuntivite epidêmica

Evaluation of the impact of subepithelial corneal infiltrates on corneal biomechanics after epidemic keratoconjunctivitis

Ceyhun Arici1; Pinar Sultan2; Burak Mergen3

DOI: 10.5935/0004-2749.20220061

RESUMO

Objetivo: Examinar o efeito de infiltrados sub-epiteliais corneanos nas propriedades biomecânicas da córnea após ceratoconjuntivite epidêmica, em comparação com controles saudáveis.
Métodos: Este estudo transversal incluiu pacientes consecutivos com infiltrados sub-epiteliais corneanos bilaterais após ceratoconjuntivite epidêmica e controles saudáveis. Foram medidas a melhor acuidade visual corrigida, uma pontuação do infiltrado sub-epitelial da córnea, a escala de graduação de Fantes e a espessura central da córnea. A histerese da córnea, o fator de resistência da córnea, a pressão intraocular correlacionada à tonometria de Goldmann e a pressão intraocular compensada da córnea foram avaliados com o Ocular Response Analyzer.
Resultados: Este estudo incluiu 66 olhos de 33 pacientes com infiltrados corneanos sub-epiteliais após ceratoconjuntivite epidêmica e selecionou aleatoriamente 37 olhos de 37 voluntários saudáveis. As pontuações médias da escala de Fantes e dos infiltrados sub-epiteliais corneanos nos primeiros olhos acometidos foram respectivamente de 1,8 ± 0,8 e 2,9 ± 1,3. Nos olhos contralaterais, foram respectivamente de 1,3 ± 1,1 e 1,9 ± 1,7 (p=0,009 e p=0,002, respectivamente). O primeiro e o segundo olhos envolvidos tinham córneas significativamente mais finas (respectivamente 526,1 ± 28,1 µm; p=0,005 e 523,4 ± 38,1 µm; p=0,044) em comparação com os controles saudáveis (557,0 ± 38,1 µm). Embora a acuidade visual melhor corrigida tenha mostrado uma correlação positiva com o fator de resistência da córnea (r=0,363, p=0,045) e com a histerese da córnea (r=0,414, p=0,021), a pontuação dos infiltrados sub-epiteliais corneanos mostrou uma correlação negativa com a pressão intraocular correlacionada à tonometria de Goldmann (r=-0,479, p=0,006) e com a pressão intraocular compensada da córnea (r=-0,413, p=0,021).
Conclusão: Os olhos com infiltrados corneanos sub-epiteliais tinham córneas significativamente mais finas em comparação com os controles saudáveis. Ao se medirem os valores de pressão intraocular em pacientes com infiltrados sub-epiteliais corneanos, deve-se levar em consideração tanto as correlações positivas do fator de resistência da córnea e da histerese da córnea com a melhor acuidade visual corrigida quanto as correlações negativas da pressão intraocular correlacionada à tonometria de Goldmann e da pressão intraocular compensada da córnea com a pontuação do infiltrado sub-epitelial da córnea.

Descritores: Ceratoconjuntivite; Pressão intraocular; Epitélio corneano; Corticosteroides; Ciclosporina;Tonometria ocular

ABSTRACT

Purpose: To examine the effect of subepithelial corneal infiltrates on corneal biomechanical properties after epidemic keratoconjunctivitis compared to that in healthy controls.
Methods: The cross-sectional study included consecutive patients with bilateral subepithelial corneal infiltrates after epidemic keratoconjunctivitis and healthy controls. Best corrected visual acuity corneal subepithelial infiltrate scoring Fantes grading scale, and central corneal thickness were measured. Corneal hysteresis corneal resistance factor Goldmann correlated intraocular pressure and corneal compensated intraocular pressure were assessed using an ocular response analyzer.
Results: This study included 66 eyes of 33 patients with subepithelial corneal infiltrates following epidemic keratoconjunctivitis and randomly selected 37 eyes of 37 healthy volunteers. The mean Fantes and CSIS scores were 1.8 ± 0.8 and 2.9 ± 1.3, respectively, in the first involved eyes and 1.3 ± 1.1 and 1.9 ± 1.7, respectively, in the fellow eyes (p=0.009 and p=0.002, respectively). The first (526.1 ± 28.1 µm; p=0.005) and second involved eyes (523.4 ± 38.1 µm; p=0.044) had significantly thinner corneas compared to that in healthy controls (557.0 ± 38.1 µm). While best-corrected visual acuity showed a positive correlation with corneal resistance factor (r=0.363, p=0.045) and corneal hysteresis (r=0.414, p=0.021), corneal subepithelial infiltrate scoring showed a negative correlation with Goldmann correlated intraocular pressure (r=-0.479, p=0.006) and corneal compensated intraocular pressure (r=-0.413, p=0.021).
Conclusion: Eyes with subepithelial corneal infiltrates had significantly thinner corneas compared to that in healthy controls. A positive correlation of the corneal resistance factor and corneal hysteresis with best-corrected visual acuity and a negative correlation of the Goldmann correlated intraocular pressure and corneal compensated intraocular pressure with corneal subepithelial infiltrate scoring should be taken into account when measuring intraocular pressure values in patients with subepithelial corneal infiltrates.

Keywords: Keratoconjunctivitis; Intraocular pressure; Epithelium, corneal; Adrenal cortex hormones; Cyclosporine; Tonometry, ocular


THE CONTENT OF THIS ARTICLE IS NOT AVAILABLE FOR THIS LANGUAGE.


Dimension

© 2024 - All rights reserved - Conselho Brasileiro de Oftalmologia