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Artigo Original

Correlação entre o pterígio presumível com olho seco e com fatores de risco sistêmicos e oculares

Correlation between the presumed pterygium with dry eye and with systemic and ocular risk factors

Leidiane Adriano; Etiene Lorriane de Souza Persona; Isvander Gustavo de Souza Persona; Regina Celia Nucci Pontelli; Eduardo M. Rocha

DOI: 10.5935/0004-2749.20220022

RESUMO

Objetivo: Estimar a epidemiologia do pterígio; sua correlação com sintomas de olho seco e com potenciais preditores sistêmicos e oculares.
Métodos: Estudo transversal, de base populacional, no qual foram realizadas visitas domiciliares aleatórias a 600 participantes, com 40 anos ou mais de idade, em Ribeirão Preto-SP (n=420) e Cassia dos Coqueiros-SP (n=180), Brasil. Uma entrevista estruturada com um questionário detalhado foi usada para coletar informações sobre demografia e possíveis fatores de risco. Em um segundo momento, participantes aleatórios com pterígio (n=63) ou não (n=110) foram avaliados quanto a alterações na superfície ocular.
Resultados: A frequência de pterígio em Ribeirão Preto foi de 21%; 15.7% entre as mulheres e 32.1% entre os homens (p=0,0002). Em Cássia dos Coqueiros, essa taxa foi de 19.4%; onde 17.3% eram mulheres e 25.5% eram homens (p=0,28). A média de idade naqueles afetados pelo pterígio foi superior à dos participantes sem pterígio, 65,6 ± 10,5 e 61,2 ± 12,0 anos, respectivamente (p=0,02). Houve uma correlação positiva entre o pterígio e história prévia de radioterapia e quimioterapia (p<0,0001 para ambos). Houve maior coloração de fluoresceína na córnea e maior coloração de lissamina verde na conjuntiva em olhos com pterígio (p=0,0003 e 0,0001, respectivamente).
Conclusão: Encontramos uma alta frequência de pterígio em duas populações adultas brasileiras, principalmente em homens e idosos. Danos na superfície ocular e história prévia de radioterapia e/ou quimioterapia foram associados ao pterígio.

Descritores: Pterígio/epidemiologia; Síndrome do olho seco; Prevalência; Fatores de risco

ABSTRACT

Objective: To estimate the epidemiology of the pterygium and its correlation with dry eye symptoms and with the potential systemic and ocular predictors.
Methods: This study is a population-based, cross-sectional study in which random visits were made to the 600 households of 600 participants of age ≥40 years in Ribeirão Preto-SP (n=420) and Cassia dos Coqueiros-SP (n=180) in Brazil. The participants were subjected to a structured interview with a detailed questionnaire to collect information on demography and the potential risk factors. Next, random participants with pterygium (n=63) or not (n=110) were evaluated for the ocular surface changes.
Results: The frequency of pterygium in Ribeirão Preto was 21% (15.7% among women and 32.1% among men; p=0.0002). In Cássia dos Coqueiros, the corresponding frequency was 19.4% (17.3% among women and 25.5% among men; p=0.28). The mean age of the affected individuals was higher than that of the unaffected ones (65.6 ± 10.5 years vs. 61.2 ± 12.0 years, p=0.02). A positive correlation was noted between pterygium and any prior radiotherapy and chemotherapy (p<0.0001, for both). A higher score on corneal fluorescein and conjunctival lissamine green staining was associated with pterygium (p=0.0003 and 0.0001, respectively).
Conclusion: We noted a high frequency of pterygium in two Brazilian adult populations, mainly among the men and elderly. Ocular surface damage and a previous history of radiotherapy and/or chemotherapy were found to be associated with pterygium.

Keywords: Pterygium/epidemiology; Dry-eye syndrome; Prevalence; Risk factors


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