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Cartas

Mucormicose rino-orbito-cerebral refratária tratada com anfotericina B intraconal

Refractory rhino-orbito-cerebral mucormycosis treated with intraconal amphotericin B

Juliana A de Guimarães1; Frederico C Moura2,3

DOI: 10.5935/0004-2749.20220009

RESUMO

Os autores relatam o caso de um homem diabético de 46 anos de idade em tratamento para mucormicose rino-orbital-cerebral com anfotericina B lipossomal e desbridamento cirúrgico. Piora clínica foi observada, com acometimento de motilidade ocular e acuidade visual de ausência de percepção luminosa, sendo evidenciada extensão radiológica da infecção, com invasão do seio cavernoso. Com base nos achados oftalmológicos, uma exenteração, procedimento potencialmente desfigurante, foi indicada, mas optamos por realizar amplo desbridamento cirúrgico e administração intraconal de anfotericina B por cateter. Melhora clínica e resolução da inflamação ocorreram após duas semanas de tratamento. Dessa forma, a mucormicose rino-orbital-cerebral foi efetivamente controlada com a administração intraconal de anfotericina B, evitando a exenteração. A intervenção deve ser considerada como um tratamento adjuvante em casos selecionados de mucormicose rino-orbital-cerebral antes que a exenteração seja realizada.

Descritores: Mucormicose; Celulite orbitária; Anfotericina B; Órbita; Infecções fúngicas

ABSTRACT

We report the case of a 46-year-old diabetic man receiving treatment for rhino-orbital-cerebral mucormycosis with liposomal amphotericin B and surgical debridement. The patient’s condition worsened clinically, accompanied by the loss of ocular motility and a visual acuity of absence of light perception. Radiological extension of the infection was evidenced, with invasion of the cavernous sinus. Based on ophthalmological findings, exenteration (a potentially disfiguring procedure) was indicated, but we opted for wide surgical debridement and administration of amphotericin B via intraconal catheter. Clinical improvement and resolution of inflammation occurred after 2 weeks of treatment. Thus, rhino-orbital-cerebral mucormycosis was effectively controlled through intraconal administration of amphotericin B, while avoiding exenteration. The intervention should be considered as an adjuvant treatment in selected rhino-orbital-cerebral mucormycosis cases before attempting exenteration.

Keywords: Mucormycosis; Orbital cellulitis; Amphotericin B; Orbit; Fungal infections


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