Michael Jay Schatz1; Brendan C. McGeehan2; Maureen G. Maguire2; César A. Briceño2
DOI: 10.5935/0004-2749.20220003
RESUMO
Objetivo: Fornecer informações sobre a ocorrência e a eficácia do aconselhamento sobre o uso de tabaco por oftalmologistas a pacientes com doenças oculares associadas à tireoide.
Métodos: Analisamos os prontuários médicos eletrônicos de uma coorte digital de pacientes atendidos por oftalmologistas no Sistema de Saúde da Universidade da Pensilvânia entre o início de 2012 e o final de 2017 com os códigos da Classificação Internacional de Doenças (CID) para a doença de Graves, exoftalmia tireotóxica ou doença ocular associada à tireoide. Os históricos de uso de tabaco foram registrados na primeira e na última visita ao consultório de Oftalmologia, ou na visita mais próxima no tempo. A quantidade de maços/dia (mpd) e todas as anotações feitas nas visitas ao consultório de Oftalmologia foram analisadas para aconselhamento sobre o uso de tabaco.
Resultados: Um total de 435 indivíduos preencheram os critérios de inclusão, dos quais 72 (16,6%) estavam fumando ativamente no momento do primeiro encontro. Apenas 57 (79,2%) desses indivíduos que fumam ativamente registraram queixas relacionadas ao tabagismo, sendo que 34 (59,6%) deles receberam alguma forma de aconselhamento sobre o uso de tabaco. Ao todo, 9 (26,5%) indivíduos dentre os que receberam aconselhamento sobre tabaco e 1 (4,3%) que não teve aconselhamento registrado pararam de fumar (diferença de risco de 22,1%; IC 95%, [1,7%, 39,1%]; p=0,04). Dentre aqueles que receberam aconselhamento, 17 (50,0%) reduziram seus mpd, além de 7 (30,4%) daqueles que não tiveram aconselhamento (diferença de risco de 19,6%; IC 95% [-6,3%, 41,3%]; p=0,18). No geral, 14 (25,5%) dos 55 oftalmologistas que tiveram um paciente fumante ativo registraram evidências de aconselhamento sobre o uso de tabaco.
Conclusões: Os resultados deste estudo revelam tanto as oportunidades perdidas de aconselhamento sobre o uso do tabaco quanto a eficácia do aconselhamento no contexto de doenças oculares associadas à tireoide.
Descritores: Uso de tabaco; Aconselhamento; Doenças da glândula tireóide; Doença de Graves; Oftalmopatias
ABSTRACT
Purpose: To collect data on the rate and efficacy of tobacco counseling sessions delivered by ophthalmologists under the setting of patients with thyroid eye disease.
Methods: We analyzed the electronic medical records of a digital cohort of patients who visited ophthalmologists at the University of Pennsylvania Health System from 2012 to 2017 with reference to the International Classification of Disease (ICD) codes for Graves’ disease, thyrotoxic exophthalmos, and/or thyroid eye disease. Tobacco histories were recorded at the first and last ophthalmology office visits or the most temporally proximal encounter in packs/day (ppd), and each ophthalmology visit note was analyzed to validate the occurrence of tobacco counseling.
Results: A total of 435 patients met our study inclusion criteria, of which 72 (16.6%) were active smokers at the time of their first visit. Only 57 (79.2%) of these active smokers had recorded smoking burdens, 34 (59.6%) of which received at least one form of recorded tobacco counseling session. Nine (26.5%) of the subjects who received tobacco counseling and 1 (4.3%) of those who did not have a recorded counseling, quit smoking (risk difference of 22.1%; 95% CI, [1.7%, 39.1%]; p=0.04). In addition, 17 (50.0%) of the subjects who received counseling and 7 (30.4%) of those who did not have a recorded counseling, reduced their ppd consumption (risk difference of 19.6%; 95% CI [-6.3%, 41.3%]; p=0.18). Overall, 14 (25.5%) out of the 55 ophthalmologists who were active smokers had recorded evidence of tobacco counseling.
Conclusions: Our cumulative results provide the consequence of both missed opportunities for tobacco counseling as well as its efficacy in the setting of thyroid eye disease.
Keywords: Tobacco use; Counseling; Thyroid diseases; Eye diseases; Graves’ disease; Eye diseases
THE CONTENT OF THIS ARTICLE IS NOT AVAILABLE FOR THIS LANGUAGE.