Ibraim Viana Vieira; Bruno Nogueira Sakaya; Lucas Valadao de Brito Soares; Wallace Chamon
DOI: 10.5935/0004-2749.20200050
RESUMO
Objetivo: Avaliar os resultados da destreza da microcirurgia de duas avaliações sequenciais de treinamento usando a tecnologia de realidade virtual.
Métodos: Estudo transversal multicêntrico em que todos os candidatos que foram aceitos como residentes de primeiro ano em uma de seis instituições de ensino de oftalmologia. Os residentes foram submetidos a duas séries idênticas de testes de destreza padronizados e reprodutíveis usando equipamento de realidade virtual (Eyesi®): “sequência 1” e “sequência 2”. Cada sequência consistiu em 5 níveis de dificuldade que foram avaliados usando um sistema de pontuação proprietário. Os dados foram testados quanto à normalidade utilizando o teste de Shapiro-Wilk. As diferenças entre os testes nas sequências 1 e 2 foram avaliadas com o teste de Wilcoxon signed-rank.
Resultados: Os dados não seguiram uma distribuição normal. Houve melhora da sequência 1 em todos os testes (todos os valores de p<0,05). A soma de todas as pontuações (pontuação total) melhorou da sequência 1 (mediana= 152,50) para a sequência 2 (mediana= 256,00; p<0.001). Não houve correlação entre os valores da sequência delta e as pontuações médias.
Conclusão: Duas avaliações sequenciais de treinamento utilizando a tecnologia de realidade virtual mostraram melhora relevante nas quantificações da destreza da microcirurgia. Essas informações devem ser consideradas se abordagens de realidade virtual forem utilizadas para fins de teste, pois a experiência prévia pode levar a melhores resultados.
Descritores: Destreza motora; Realidade virtual; Competência clínica; Procedimentos cirúrgicos oftalmológicos/educação
ABSTRACT
Purpose: To assess the microsurgery dexterity outcomes of two sequential training evaluations using virtual reality technology.
Methods: This was a multicenter cross-sectional study of all candidates who were accepted as first-year residents at one of six ophthalmology teaching institutions. Residents were subjected to two identical series of standardized, reproducible dexterity tests using virtual reality equipment (Eyesi®): “sequence 1” and “sequence 2.” Each sequence consisted of five difficulty levels that were assessed using a proprietary scoring system. The data were tested for normality using the Shapiro-Wilk test. The differences between tests in sequences 1 and 2 were evaluated using the Wilcoxon signed-rank test.
Results: The data did not follow a normal distribution. There were improvements from sequence 1 in all the tests (all p values<0.05). The sum of all scores (total score) improved from sequence 1 (median= 152.50) to sequence 2 (median 256.00; p<0.001). There was no correlation between the delta sequence values and the average scores.
Conclusion: Two sequential training evaluations using virtual reality technology showed relevant improvement in quantifications of microsurgery dexterity. This information should be considered if virtual reality approaches are used for testing purposes, as previous experience may lead to improved test results.
Keywords: Motor skills; Virtual reality; Clinical competence; Ophthalmologic surgical procedures/education
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