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Editorial

In vitro bacterial adherence to silicone and polymetylmethacrylate intraocular lenses

Aderência bacteriana in vitro a lentes intra-oculares de polimetilmetacrilato e de silicone

Claudete Inês Locatelli1; Gelsa Edith Englert2; Sérgio Kwitko3; Amauri B. Simonetti4

DOI: 10.1590/S0004-27492004000200011

ABSTRACT

PURPOSE: To evaluate bacterial adherence to silicone and polymetylmethacrylate (PMMA) intraocular lenses as a risk factor for postsurgery endophthalmitis by using an in vitro model with three potentially pathogenic microorganisms. METHODS: In vitro experiments were carried out with the Staphylococcus aureus ATCC 29213, Staphylococcus epidermidis (clinical isolate) and Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853 strains including growth curves, tests to verify capsule production, hydrophobicity and adherence to different materials as well as optical microscopy, scanning electronic microscopy (SEM) and atomic force microscopy (AFM). RESULTS: No relation between capsule production, adherence of the strains tested and amount of microorganisms was observed; no statistically significant differences were detected between S. aureus and S. epidermidis adherence to polymetylmethacrylate and silicone intraocular lenses; P. aeruginosa was the most adherent microorganism to both materials. This adherence pattern was confirmed by SEM, while biofilm production by the three strains was visualized by AFM. CONCLUSIONS: In vitro experiments showed no differences of bacterial adherence between PMMA and silicone lenses, but P. aeruginosa displayed a greater level of adherence in relation to staphylococci. All three strains were shown to produce biofilm. Silicone was shown to be more hydrophobic when compared to polymethylmethacrylate.

Keywords: Bacterial adhesion; Lenses, intraocular; Polymethylmethacrylate; Silicones; Pseudomonas; Staphylococcal infections

RESUMO

OBJETIVOS: Verificar a aderência bacteriana a lentes intra-oculares de silicone e de polimetilmetacrilato como possível fator de risco no desenvolvimento de endoftalmite pós-operatória, utilizando-se um modelo in vitro com três microrganismos potencialmente patogênicos. MÉTODOS: As análises foram realizadas com cepas de Staphylococcus aureus ATCC 29213, Staphylococcus epidermidis (amostra clínica) e Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853 incluindo a determinação de curvas de crescimento, testes para verificação de produção de cápsula, avaliação da hidrofobicidade, testes de aderência a diferentes materiais, microscopia óptica, microscopia eletrônica de varredura e microscopia de força atômica. RESULTADOS: A produção de cápsula e a aderência das três diferentes cepas não mostraram qualquer relação com a quantidade de microrganismos; em relação às lentes intra-oculares de polimetilmetacrilato e de silicone, não houve diferença estatisticamente significativa na aderência de S. aureus e S. epidermidis; P. aeruginosa foi o microrganismo mais aderente a ambos os materiais. A microscopia eletrônica de varredura confirmou estes achados em relação à aderência, ao peso que a microscopia de força atômica evidenciou a produção de biofilme pelas cepas de S. aureus, S. epidermidis e P. aeruginosa. CONCLUSÕES: Constatou-se, in vitro, que os materiais analisados não diferiram com relação à taxa de aderência bacteriana, porém, P. aeruginosa apresentou maior eficiência de adesão entre as bactérias testadas. Todas as cepas produziram biofilme. Silicone foi o material mais hidrofóbico, quando comparado ao polimetilmetacrilato.

Descritores: Aderência bacteriana; Lentes intra-oculares; Polimetilmetacrilato; Silicones; Pseudomonas; Infecções estafilocócicas


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