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Editorial

Management of paralytic strabismus by injection of botulinum toxin

Correção de estrabismo paralítico por injeção de toxina botulínica

Raquel Wattiez1; Fábio Henrique Cacho Casanova2; Rosana N. Pires da Cunha3; Tomás Scalamandré Mendonça4

DOI: 10.1590/S0004-27492000000100014

ABSTRACT

Purpose: To evaluate the treatment by injection of botulinum toxin in acquired sixth and third nerve palsies. Methods: Fifteen patients were treated with botulinum toxin. They were studied prospectively during nine months, between August, 1998 and May, 1999. In addition to the strabismus examination, a complete ophthalmological evaluation was performed. The patients were followed for 2 to 7 months after the last injection or surgical procedure. Results: Eleven patients (73%) presented with sixth nerve palsy and four (27%) with third nerve palsy. Six cases were acute (40%) and 9 cases (60%) were chronic. Five acute cases (83%) obtained ocular alignment and controlled the deviation with toxin. Two of nine chronic cases (22%) obtained orthotropia after the last injection. Seven chronic cases were treated with toxin and surgery; 4 of these (46%) obtained acceptable ocular aligment and the remaining three cases (32%) did not obtain ocular aligment with this treatment. Conclusion: The toxin was the best treatment for the cases that had residual muscle function and good potential for fusion after sixth and third nerve palsies, because it controlled the deviation and then fusion was obtained without surgery.

Keywords: Botulinum toxin; Acquired paralytic strabismus

RESUMO

Objetivo: Avaliar a ação da toxina botulínica em paralisias adquiridas de VI e III nervos. Pacientes e métodos: Foram tratados com toxina botulínica 15 pacientes, com diagnóstico de paralisia de VI e III nervos, aguda ou crônica. Foram estudados de forma prospectiva, durante os meses de agosto de 1998 a maio de 1999. O estudo incluiu, além da avaliação do estrabismo, avaliação oftalmológica completa. Os pacientes foram acompanhados por um período de 2 a 7 meses após a última aplicação. Resultados: Onze pacientes (73%) apresentaram paralisias do VI nervo e 4 pacientes (27%), paralisias de III nervo. Seis casos foram agudos (40%) e 9 casos (60%), crônicos. Cinco dos 6 casos agudos (83%) conseguiram controlar o desvio com a toxina botulínica como único tratamento e obter fusão. Dos 9 casos crônicos, 2 casos (22%) corrigiram o desvio só com a toxina, os outros 7, além da aplicação, foram submetidos à cirurgia, dos quais 4 casos (46%) foram corrigidos e os outros 3 casos (32%) não. Conclusão: Concluímos que nos casos em que houve força muscular residual, após a paralisia, e bom potencial de fusão, a toxina botulínica foi o melhor tratamento, pois foi possível controlar o desvio e obter fusão, sem cirurgia.

Descritores: Toxina botulínica; Estrabismo paralítico adquirido


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