Daniella Fairbanks1; Luiz Antônio Vieira1; Walner Daros dos Santos1; Greicie Cristina Guerra Attie1; José Álvaro Pereira Gomes1; Denise de Freitas1
DOI: 10.1590/S0004-27492003000100014
ABSTRACT
PURPOSE: To evaluate the use of amniotic membrane (AM) as an adjunct to the treatment of corneal and scleral thinnings. METHODS: Amniotic membrane was obtained at the time of cesarean section and was preserved at -80ºC in glycerol and cornea culture media at a ratio of 1:1. Seven eyes from 7 patients were divided into Group 1: neurotrophic ulcers secondary to herpes simplex virus keratitis (2 cases), after corneal transplantation (1 case), and post palpebral radiation (1 case); and Group 2: scleral thinning after pterygium surgery with (2 cases) or without (1 case) beta-therapy. All cases underwent amniotic membrane transplantation to restore thickness and promote epithelialization. RESULTS: Mean follow-up time was 12 months (range, 11-15 months). One case of neurotrophic ulcer secondary to radiotherapy was unsuccessful. A successful outcome was observed in the other 6 cases. Regarding visual acuity, 1 case improved and the other 6 cases remained unchanged. The mean epithelialization time was 26.6 ± 5.8 days for group 1 and 10.6 ± 4.0 days for group 2. CONCLUSIONS: The use of amniotic membrane represents a useful alternative to ocular surface reconstruction in corneal and scleral thinning. More cases and a longer follow up are necessary to better evaluate this procedure.
Keywords: Amnion; Fetal tissue transplantation; Tissue preservation; Homologous transplantation; Cornea; Cornea; Conjunctiva; Sclera; Corneal epithelium; Follow-up
RESUMO
OBJETIVO: Investigar a utilização da membrana amniótica como adjuvante no tratamento e restabelecimento de espessura dos afinamentos córneo-esclerais e epitelização corneal. MÉTODOS: A membrana amniótica foi captada a partir de parto cesáreo e conservada em meio de preservação de córnea e glicerol 1:1 e conservada a -80ºC. Sete olhos de 7 pacientes, sendo 4 portadores de afinamento corneal por afecções neurotróficas (Grupo 1: 2 herpes simples vírus; 1 após transplante de córnea; 1 por radioterapia) e 3 portadores de afinamento escleral após exérese de pterígio (Grupo 2: 2 com beta-terapia e 1 sem beta-terapia) foram submetidos à cirurgia para restabelecimento da superfície ocular e espessura córneo-escleral empregando membrana amniótica. RESULTADOS: O tempo médio de seguimento foi de 12 meses (variação entre 11 meses e 15 meses). Um caso de úlcera neurotrófica secundária a radioterapia apresentou insucesso. Obtivemos sucesso do restabelecimento da superfície ocular e da espessura nos outros 6 casos. Em relação à acuidade visual, 1 caso obteve melhora e os outros 6 permaneceram inalterados. A média de tempo de epitelização foi de 26,6 ± 5,8 dias para o grupo 1 e 10,6 ± 4,0 dias para o grupo 2. CONCLUSÕES: O uso de membrana amniótica constitui opção alternativa de grande utilidade na reconstrução da superfície ocular dos casos de afinamento córneo-escleral. Estudos com maior casuística e tempo de seguimento são necessários para melhor avaliar esse procedimento.
Descritores: Âmnio; Transplante de tecido fetal; Preservação de tecido; Transplante homólogo; Córnea; Córnea; Conjuntiva; Esclera; Epitélio da córnea; Seguimentos
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