Open Access Peer-Reviewed
Editorial

Variations of postoperative ocular alignment in patients submitted to strabismus surgery

Variações no posicionamento dos eixos visuais em pacientes submetidos a cirurgias de estrabismo

Graciela Scalco Brum1; Rosália Maria Simões Antunes-Foschini1; Christine Mae Morello Abbud1; Harley Edison Amaral Bicas3

DOI: 10.1590/S0004-27492011000100006

ABSTRACT

PURPOSE: To determine the drift variations of the postoperative alignment in patients who underwent strabismus surgery and to identify possible risk factors associated with such occurrence. PATIENTS AND METHODS: We reviewed the variations in postoperative alignment drift of 819 patients who underwent rectus muscle surgery from January, 1995 to December, 2005 at the Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. The patients were divided into four groups according to the type of deviation (alternating esotropia, monocular esotropia, alternating exotropia and monocular exotropia). Changes in eye positioning were quantified in each group. RESULTS: The prevalence of variations in the postoperative angle (considering variations more than 10 ∆) among the total of studied patients was 33.5% (274 patients). In those patients, a higher frequency was found in the exotropic direction (178 patients or 65.0%) than in the esotropic direction (96 patients or 35,0%), and this difference was statistically significant (chi-square test; p<0.001). CONCLUSIONS: Eye positioning instability can occur over time in patients who underwent strabismus surgery. This incident reinforces the need for the development of alternative therapies in order to provide greater stability to the oculomotor system in the follow-up of strabismus surgery.

Keywords: Strabismus; Esotropia; Exotropia; Oculomotor muscles; Strabismus; Ocular motility disorders; Postoperative period

RESUMO

OBJETIVOS: Determinar as variações no ângulo de posicionamento ocular pós-operatório em pacientes submetidos a cirurgias para correção de estrabismo e identificar possíveis fatores de risco associados a tal ocorrência. MÉTODOS: Foi realizado estudo retrospectivo de 819 pacientes portadores de estrabismo submetidos à cirurgia para correção do desvio ocular entre janeiro de 1995 e dezembro de 2005 no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Os pacientes foram divididos em quatro grupos quanto ao tipo de desvio pré-operatório (esotropia alternante, esotropia monocular, exotropia alternante e exotropia monocular) e as variações no posicionamento ocular foram quantificadas em cada grupo. RESULTADOS: A prevalência de variações no posicionamento ocular (pós-operatório) maiores que 10∆ entre o total de pacientes estudado foi de 33,5% (274 pacientes). Entre estes, foi verificada maior frequência de desvios no sentido exotrópico (178 pacientes ou 65,0%) do que no sentido esotrópico (96 pacientes ou 35,0%), diferença esta que foi estatisticamente significativa (teste do qui-quadrado; p<0,001). CONCLUSÕES: Instabilidade no posicionamento ocular pode ocorrer ao longo do tempo em pacientes submetidos a cirurgias de estrabismo. Tal ocorrência reforça a necessidade do desenvolvimento de alternativas terapêuticas a fim de proporcionar maior estabilidade ao sistema oculomotor no pós-operatório de cirurgias de estrabismo.

Descritores: Estrabismo; Esotropia; Exotropia; Músculos oculomotores; Estrabismo; Transtornos da motilidade ocular; Período pós-operatório


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