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Editorial

O futuro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Cláudio Chaves1

DOI: 10.1590/S0004-27492001000300003

EDITORIAL

O futuro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia

 

Cláudio Chaves*

 

 

Brasília, 30 a 31 de maio de 2001, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia em conjunto com o Ministério da Saúde e o Senado promoveu o 1º Fórum Nacional de Saúde Ocular. Para a capital do país, afluíram centenas de oftalmologistas, mídia e membros do parlamento para debater a saúde ocular do povo brasileiro.

Naquele evento, a comunidade oftalmológica pôde dar provas aos representantes do povo e às autoridades, tanto da sua pujança e do seu alto nível científico, quanto do seu compromisso social, apresentando os resultados das campanhas olho no olho, de catarata e de retinopatia diabética.

Que lindo tento marcado pela oftalmologia brasileira!

Merece voto de louvor a atual diretoria do CBO, que em breve concluirá o seu mandato com chave de ouro, simbolizado esse galardão na pessoa do presidente, o nosso querido e conceituado colega Marcos Ávila.

O CBO hoje, graças ao trabalho hercúleo dos seus fundadores e das suas diretorias anteriores engrandecido com a contribuição indelével da atual diretoria, é uma instituição sólida, forte e respeitável, inclusive servindo de paradigma para outras entidades médicas.

Em setembro próximo vindouro, durante o XXXI Congresso Brasileiro de Oftalmologia, em São Paulo, haverá eleição para a diretoria do biênio 2001-2003, e o momento é deveras importante para que o "Oh! como é bom e agradável a união" seja a tônica desse momento. Que os pretensos concorrentes tenham como palavra de ordem o altruísmo para fazer história.

A nova diretoria vai receber a casa quase pronta e deve ter como meta a manutenção do nível de crescimento que a oftalmologia brasileira vem imprimindo e completar essas ações com outras medidas, tais como: a elaboração de um planejamento estratégico, renovável e continuado e, de forma enfática, objetiva e com resultados práticos a curto prazo, a defesa de classe clamada por todos.

Temos a certeza de que o nível de conscientização que a oftalmologia brasileira tem hoje dá provas do seu amadurecimento para promover a tão desejada defesa de classe, valendo-se para isso de condutas imperiosas, como por exemplo: Comissão de Defesa Profissional não só atuante, mas também permanentemente vigilante; ligação, a mais estreita possível, com autoridades de todos os níveis de governo e parlamentares de todas as matizes partidárias; e, principalmente e prioritariamente, elegendo seus representantes para o Congresso Nacional, não como corporação, mas como guardiã da saúde ocular da população.

Todos os oftalmologistas brasileiros com isso sentir-se-ão ainda mais orgulhosos e honrados em pertencerem ao CBO.

 

 

* Professor de oftalmologia da Universidade do Amazonas e ex-deputado federal.


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