Maria Isabel Lynch Gaete1; Rodrigo Pessoa Cavalcanti Lira2; Luiz Felipe Lynch de Moraes3; Mirelle Souza Leão Vasconcelos4; Cristiano Viana de Oliveira5
DOI: 10.1590/S0004-27492007000600012
ABSTRACT
PURPOSES: To verify the relation between prescription of eyeglasses and presence of ocular infections found in the " Eye to Eye Campaign" carried out in the city of Recife in 2004. METHODS: School-aged children seen in the " Eye to Eye Campaign" in Recife, in 2004. Stages recommended by the Brazilian Ophthalmologic Council (CBO) were followed, from preparation of teachers to select children to appointment with ophthalmologists. The patients were divided into two groups according to the need of eyeglasses, and related to presence or not of ocular conditions. This is a cross-section study and the results were analyzed by the statistical software Epi Info version 6.0. RESULTS: In a group of 1994 school-aged patients, 686 needed eyeglasses (34.4% - Group 1), 543 (27.2%) did not had any ocular diseases, while 143 (7.17%) had some ocular condition. A total of 1308 children (65.5% - Group 2) did not require eyeglasses. Among those, 256 (62.5%) did not show any ophthalmologic condition, whereas 52 (2.6%) had some type of ocular diseases. Groups 1 and 2 were compared and children in need of eyeglasses had a 5.24-fold (95% confidence interval: 3.87 to 7.10) greater relative risk of developing ocular diseases than children who did not require correction, and the difference was statistically significant (p=0.0000001). CONCLUSION: We conclude that school-aged children in need of eyeglasses are more likely to suffer ocular diseases, and a complete ophthalmologic examination should be performed in childhood by qualified ophthalmologists to detect and treat several disorders and also prescribe adequate correction.
Keywords: School health; Health promotion; Eyeglasses; Eye diseases; Visual acuity
RESUMO
OBJETIVOS: Verificar a relação entre a prescrição de óculos e a presença de afecções oculares encontradas em crianças na idade escolar. MÉTODOS: Crianças na idade escolar que foram examinadas na Campanha " Olho no Olho" em Recife no ano de 2004. Foram seguidas etapas recomendadas pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia para realização desta Campanha, desde a preparação dos professores para triagem das crianças até a consulta com os oftalmologistas. Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com a necessidade de prescrição de óculos, sendo relacionados com a presença de doença ocular ou não. Trata-se de um estudo descritivo de delineamento transversal que teve seus resultados analisados a partir do programa estatístico Epi Info versão 6.0. RESULTADOS: De uma amostra de 1.994 escolares, 686 deles apresentaram necessidade de óculos (34,4% Grupo1), sendo que 543 (27,2%) não apresentaram qualquer doença ocular, enquanto 143 (7,17%) tinham alguma doença ocular. Em 1.308 crianças (65,5% Grupo 2) não houve necessidade de óculos. Destas, 1.256 (62,5%) não apresentavam doença oftalmológica, enquanto 52 (2,6%) apresentavam algum tipo de afecção ocular. Os grupos 1 e 2 foram comparados entre si verificando que crianças que necessitam de óculos apresentam um risco relativo de possuírem doença ocular de 5,24 (Intervalo de Confiança de 95%: 3,87 a 7,10) vezes maior que as crianças que não precisam dos mesmos, com diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos (p= 0.0000001). CONCLUSÃO: Conclui-se que escolares que necessitam de óculos apresentam maior probabilidade de ter doença ocular, sendo necessário um exame oftalmológico completo na infância realizado por oftalmologistas capacitados para a detecção e tratamento das diversas afecções encontradas além da prescrição adequada dos óculos.
Descritores: Saúde escolar; Promoção da saúde; Óculos; Oftalmopatias; Acuidade visual
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