Luciana da Cruz Noia1; Adriana Berezovsky2; Denise de Freitas3; Paula Yuri Sacai4; Solange Rios Salomão2
DOI: 10.1590/S0004-27492006000600020
ABSTRACT
PURPOSE: To investigate clinical, anatomic and electroretinographic changes in eyes that suffered blunt ocular trauma with commotio retinae. METHODS: Patients who presented commotio retinae after unilateral blunt ocular trauma less then 72 hours before were submitted to visual acuity testing, biomicroscopy, binocular indirect ophthalmoscopy, fluorescein angiography, optical coherence tomography and full-field electroretinography. Full-field ERG was repeated after 15 and 30 days. RESULTS: Sixteen patients were included in the study. On the first examination there was a statistically significant difference between affected and fellow eye in all response amplitudes, without b/a ratio alteration, and a delay in single-flash cone response and 30-Hz flicker implicit time. On the second examination, the difference between the eyes remained for oscillatory potentials, but disappeared on the last examination. In fluorescein angiography, all patients presented mottled hyperfluorescence and hypofluorescent areas, due to alterations in the pigment barrier. On optical coherence tomography, we found optically empty spaces at the site of the lesion. CONCLUSION: Found changes suggested photoreceptor and ganglion cells, but not Müller cell functional alterations, as well as pigment mobilization. These changes disappeared 30 days after the trauma.
Keywords: Electroretinography; Eye injuries; Retina; Fluorescein angiography; Optical coherence tomography
RESUMO
OBJETIVO: Traçar perfil clínico, anatômico e funcional da comoção retiniana. MÉTODOS: Pacientes com trauma ocular contuso e quadro fundoscópico de comoção retiniana unilateral há menos de 72 horas foram submetidos ao exame de acuidade visual, biomicroscopia, oftalmoscopia binocular indireta, retinografia, angiografia fluoresceínica, tomografia de coerência óptica e eletrorretinografia de campo total. A eletrorretinografia foi repetida após 15 e 30 dias. A angiografia após 30 dias. RESULTADOS: Foram incluídos 16 pacientes no estudo. No primeiro exame, havia diferença estatisticamente significante entre o olho atingido e o olho controle na amplitude de todas as respostas, sem alteração da relação b/a, e na latência da resposta de cones isolados e do flicker a 30 Hz. No segundo exame, manteve-se a diferença para os potenciais oscilatórios, que desapareceu no último exame. Na angiofluoresceinografia, todos os olhos acometidos mostravam áreas de hiperfluoresceência por transmissão alternadas com áreas de hipofluorescência por bloqueio. Este defeito mantém-se após 30 dias. A tomografia de coerência óptica mostrou diminuição da refletividade na camada dos fotorreceptores. CONCLUSÕES: As alterações encontradas refletiram acometimento de fotorreceptores e de células ganglionares, mas não da camada de células bipolares, além de mobilização precoce de pigmento do epitélio pigmentado da retina. As alterações eletrorretinográficas desapareceram após 30 dias do trauma.
Descritores: Eletrorretinografia; Traumatismos oculares; Retina; Angiofluoresceinografia; Tomografia de coerência óptica
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