Open Access Peer-Reviewed
Editorial

Conjunctival bacilloscopy in leprosy diagnosis and follow-up

Baciloscopia da conjuntiva no diagnóstico e acompanhamento de pacientes portadores de hanseníase

Adriana Souza Moreira1; Regina Cândido Ribeiro dos Santos2; Ronaldo Rocha Bastos3; José Vitor da Silva5; Procópio Miguel dos Santos6

DOI: 10.1590/S0004-27492006000600015

ABSTRACT

PURPOSE: To identify Mycobacterium leprae in ocular conjunctivae and evaluate conjunctival bacilloscopy as leprosy diagnosis and follow-up test. METHODS: We used the superior tarsal conjunctiva scraping technique in 52 newly diagnosed leprosy patients between July and September 2004 at the "Oculistas Associados de Brasília", in Brasília, DF, Brazil, and compared the conjunctival bacilloscopy with skin bacilloscopy. RESULTS: Both the conjunctival bacilloscopy index (CBI) and skin bacilloscopy index (SBI) showed correlation since Pearson's r and Cohen kappa measure of agreement were respectively 76.3% (p<0.01) and 0.615 (p<0.01). Pearson chi-square also evidenced the correlation (p<0.01). Comparison of CBI and SBI (17 cases of positive CBI out of 26 SBI) gives a sensitivity of 65.4% (CI95% - 0.519-0.690); 25 cases of positive CBI out of 26 cases of negative SBI give a specificity of 96.2% (CI95% - 0.826-0.998); positive predictive value of 94.4%; negative predictive value of 73.5%, and accuracy of 80.8%. Likelihood ratio was 17. Mean time to eliminate the bacilli from conjunctiva was 5 months (CI95% - 3.57-6.43). CONCLUSION: We suggest the use of conjunctival bacilloscopy in addition with skin bacilloscopy to confirm leprosy diagnosis. Conjunctival bacilloscopy may also be useful for treatment follow-up in leprosy.

Keywords: Leprosy; Conjunctiva

RESUMO

OBJETIVO: Estudar a presença do Mycobacterium leprae na conjuntiva ocular e validar a baciloscopia de conjuntiva como teste diagnóstico e de acompanhamento da hanseníase. MÉTODOS: Foi realizado raspado de conjuntiva tarsal superior em 52 pacientes portadores de hanseníase recém-diagnosticados (26 multibacilares e 26 paucibacilares) no período de julho a setembro de 2004 na clínica Oculistas Associados de Brasília e foram analisados os resultados da baciloscopia de conjuntiva a fim de compará-la com a baciloscopia da linfa (padrão-ouro). RESULTADOS: A avaliação da correlação entre o índice baciloscópico da conjuntiva (IBC) e índice baciloscópico da linfa (IBL) medida pelo coeficiente de correlação linear de Pearson é 76,3% (p<0,01). O teste qui-quadrado de Pearson também evidenciou associação entre IBL e IBC (p<0,01). O índice k (medida de concordância kappa de Cohen) foi de 0,615 (p<0,01). Dos 26 casos com IBL positivos, 17 tinham IBC positivo, demonstrando uma sensibilidade do IBC de 65,4% (IC 95% - 0,519-0,690). Dos 26 casos de IBL negativo, 25 eram IBC negativo, revelando especificidade de 96,2% (IC 95% - 0,826-0,998). O valor preditivo positivo é de 94,4% e o valor preditivo negativo é de 73,5%. A acurácia do teste é de 80,8%. A razão de verossimilhança é 17. O tempo médio de negativação do bacilo no olho é de 5 meses (IC 95% - 3,57-6,43). CONCLUSÃO: Sugerimos a utilização da combinação de baciloscopia da linfa e baciloscopia de conjuntiva para confirmação do diagnóstico e classificação da hanseníase e da baciloscopia de conjuntiva para acompanhamento do tratamento poliquimioterápico na hanseníase.

Descritores: Hanseníase; Conjuntiva


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