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Editorial

Non-penetrating filtering surgery: concept, technique and results

Cirurgia filtrante não penetrante: conceito, técnicas e resultados

Ricardo Augusto Paletta Guedes1; Vanessa Maria Paletta Guedes3

DOI: 10.1590/S0004-27492006000400029

ABSTRACT

Recently, many discussions occurred concerning non-penetrating filtering surgery. Viscocanalostomy and deep sclerectomy with external trabeculectomy are the most practiced techniques. Their goal is to reduce intraocular pressure by enhancing the natural aqueous outflow, while reducing its resistance. Both techniques involve the removal of a deep scleral flap, the external wall of Schlemm's canal and corneal stroma behind the anterior trabecular meshwork and Descemet membrane, thus creating a scleral lake, where the aqueous humor remains until it is absorbed in many different ways. In viscocanalostomy, a high-molecular viscoelastic substance is injected into the ostia of Schlemm's canal in order to enlarge it and its collectors channels. In deep sclerectomy with external trabeculectomy, the inner wall of Schlemm's canal is removed with adjacent trabecular layers. Studies, both retrospective and prospective, demonstrated similar tensional results when compared to classical trabeculectomy, with fewer complications and better visual recovery after non-penetrating procedure. The aim of this study is to expose the non-penetrating surgery techniques, mechanism of action and results based on the analysis of published literature.

Keywords: Glaucoma; Filtering surgery; Intraocular pressure; Postoperative care; Visual acuity; Aqueous humor; Sclerostomy

RESUMO

A cirurgia filtrante não penetrante tem sido alvo de muita discussão nos últimos anos. As duas técnicas mais praticadas são a viscocanalostomia e a esclerectomia profunda não penetrante com trabeculectomia externa. Elas têm por objetivo abaixar a pressão intra-ocular, diminuindo a resistência ao escoamento do humor aquoso. Os pontos em comum destas duas técnicas são: a retirada de um retalho escleral profundo, pré-ciliar e pré-coroidiano; abertura e retirada da parede externa do canal de Schlemm; além da retirada do estroma corneano, situado à frente do trabeculado anterior e da membrana de Descemet. Ambas as técnicas levam à formação de um espaço denominado câmara de descompressão. O humor aquoso deixa a câmara anterior, atravessando a fina membrana trabecular residual e permanece na câmara de descompressão até ser absorvido por diferentes maneiras. Na viscocanalostomia, há a injeção de um produto viscoelástico nas duas extremidades abertas do canal de Schlemm, a fim de abrir a luz do canal e seus eferentes, para que o humor aquoso drene mais facilmente. Já na esclerectomia profunda com trabeculectomia externa, o ponto essencial é a retirada da membrana trabecular externa (trabeculado juxtacanalicular e parede interna do canal de Schlemm). Os estudos retrospectivos e prospectivos de ambas as técnicas, que as comparam à trabeculectomia, relatam taxas de sucesso similares, com menor incidência de complicações pós-operatórias e recuperação visual mais rápida com a cirurgia não penetrante. O objetivo deste artigo é expor e descrever as diferentes técnicas, seus mecanismos de ação, seus resultados através da análise da literatura.

Descritores: Glaucoma; Cirurgia filtrante; Pressão intra-ocular; Cuidados pós-operatórios; Acuidade visual; Humor aquoso; Trabeculectomia; Esclerostomia


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