Abstract
Os bancos de olhos utilizam procedimentos estéreis na manipulação dos olhos, medidas antissépticas para a descontaminação da superfície ocular e critério rigoroso de seleção do doador. Essa seleção é feita por meio do prontuário médico e de testes sorológicos específicos post mortem. Para orientá-la e uniformizá-la, as associações de bancos de olhos e órgãos governamentais fornecem listas de contraindicações absolutas e relativas de uso do tecido, baseadas nas condições prévias de saúde do doador. Essas listas são as guardiãs do princípio de Hipócrates "primum non nocere" e, como tal, são conservadoras. Entretanto, cada transplante traz o risco de transmissão de agentes potencialmente nocivos ao receptor. O objetivo não é eliminar esse risco, mas limitá-lo a um nível razoável. Existe um equilíbrio entre a segurança e a disponibilidade de córneas. A sabedoria está em manter esse equilíbrio, exercendo a prudência sem rigor exagerado.
Keywords: Bancos de olhos/normas; Transplante de córnea; Seleção do doador; Coleta de tecidos e órgãos