Abstract
Objetivo: Comparar a acuidade visual prevista pelo Escore de Trauma Ocular com a acuidade visual final dos pacientes vítimas de trauma ocular aberto atendidos em hospital no sul do Brasil.
Métodos: Foram analisados 120 olhos de 119 vítimas de trauma ocular aberto. Foi realizado um estudo observacional e retrospectivo em hospital universitário. Foram extraídos dados de prontuários relacionados a idade, sexo, olho acometido e mecanismo de trauma, bem como dados para o cálculo do Escore de Trauma Ocular (acuidade visual inicial, presença de ruptura de globo, perfuração, endoftalmite, descolamento de retina, defeito pupilar aferente) e acuidade visual final.
Resultado: Houve concordância entre a acuidade visual prevista pelo Escore de Trauma Ocular e a acuidade visual final prevista no presente estudo. A análise isolada das variáveis demonstrou significância para acuidade visual inicial (p<0,001), para descolamento de retina (p=0,001) e para defeito pupilar aferente (p<0,004). Não houve diferença significativa entre a acuidade visual final do estudo original do Escore de Trauma Ocular. e na população abordada no presente estudo.
Conclusão: O Escore de Trauma Ocular pode ser aplicado à população estudada no presente estudo como ferramenta de determinação do prognóstico visual em vítimas de trauma ocular aberto. As variáveis mais significativas são acuidade visual inicial, descolamento de retina e defeito pupilar aferente. Estudos prospectivos com amostras maiores são necessários para comprovar tal hipótese.
Keywords: Índices de gravidade do trauma; Acuidade visual; Traumatismos oculares; Prognóstico