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Editorial

Deep lamellar endothelial keratoplasty in Fuchs' dystrophy: case report

Ceratoplastia endotelial lamelar profunda em distrofia de Fuchs: relato de caso

Fernando Trench de Oliveira Komatsu1; Stephan Noletto1; Gilvan Amorim Oliveira1; Luis Eduardo Ribeiro1; Maria Claudia Komatsu1; Fernando Moro1; Tadeu Cvintal1

DOI: 10.1590/S0004-27492004000400021

ABSTRACT

To report a case of deep lamellar endothelial keratoplasty (DLEK) technique applied to a patient with Fuchs' dystrophy. The surgical procedure was performed on the right eye for a case of Fuchs' dystrophy with endothelial failure. Through a 9 mm self-sealing scleral tunnel incision, a stromal pocket was dissected at 0.35 mm depth. A 8.5 mm lamellar donor disc with 0.150 mm thickness, containing posterior stroma, Descemet's membrane and endothelium, was transplanted without corneal suture. Best spectacle-corrected visual acuity, biomicroscopy, topography, ultrasound pachymetry and endothelial cell density were evaluated. Before surgery, the patient presented best spectacle-corrected visual acuity of 20/100 (+4.00 -3.25 x 60º), astigmatism of 6.60 D (37.5 a 12º x 44.1 a 102º), ultrasound pachy-metry of 0.625 mm and endothelial cell density of 720 cel/mm². Three months after surgery, best spectacle-corrected visual acuity was 20/30 (-1.25 -0.50 x 45º), astigmatism was 1.00 D (37.2 a 75º x 38.2 a 165º); ultrasound pachymetry showed 0.503 mm and endothelial cell density showed 2447 cel/mm². Complications: intraoperative iris cut, disc edge dislocation, wrinkled disc and interface nebula. The preliminary results suggested that deep lamellar endothelial keratoplasty is an alternative to surgical treatment of Fuchs' dystrophy with endothelial failure. A greater number of cases and longer follow-up are necessary to better understand this keratoplasty technique and its outcome.

Keywords: Corneal transplantation; Fuchs' endothelial dystrophy; Case report; Adult; Female

RESUMO

Descrever o caso de paciente portador de distrofia de Fuchs submetido a ceratoplastia endotelial lamelar profunda. O procedimento cirúrgico foi realizado no olho direito em um caso de distrofia de Fuchs com falência endotelial. Realizou-se incisão límbica superior, o estroma corneano foi delaminado e um disco lamelar de 8,5 mm com 0,150 mm de espessura, contendo estroma, membrana de Descemet e endotélio, foi transplantado sem sutura corneana. Foram avaliados: acuidade visual sem e com correção, biomicroscopia, topografia, paquimetria ultra-sônica e densidade endotelial. A paciente apresentava na avaliação pré-operatória acuidade visual com correção de 20/100 (+4,00 DE -3,25 DC x 60º), astigmatismo de 6,6 dioptrias (37,5 a 12º x 44,1 a 102º), espessura paquimétrica de 0,625 mm e contagem endotelial de 720 cel/mm². Após três meses da cirurgia, apresentava-se com acuidade visual com correção de 20/30 (-1,25 DE -0,50 DC x 45º), astigmatismo regular de 1,0 dioptria (37,2 a 75º x 38,2 a 165º), espessura paquimétrica de 0,503 mm e contagem endotelial de 2447 cel/mm². Observaram-se como complicações: corte inadvertido da íris, má coaptação de bordas, dobras do disco doador e nébula na interface. Os resultados preliminares sugerem que a ceratoplastia endotelial lamelar posterior é uma alternativa para o tratamento cirúrgico da distrofia de Fuchs com falência endotelial. Seguimento mais prolongado e maior número de casos são necessários para melhor entendimento e caracterização desta técnica e de suas repercussões.

Descritores: Transplante de córnea; Distrofia endotelial de Fuchs; Relato de caso; Adulto; Feminino


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