Luciana Oyi de Oliveira1; Maria Antonieta da A. Ginguerra1; Mariza Aparecida Polati2
DOI: 10.1590/S0004-27492001000600007
ABSTRACT
Purpose: To determine the importance of oblique muscle dysfunctions in the etiopathogeny of alphabetic syndromes ("A" and "V"); to determine which oblique dysfunction is more often associated with each alphabetic syndrome. Methods: 178 patients with eso/exodeviations and alphabetic syndromes ("A" or "V"), with or without oblique muscle dysfunctions, were retrospectivelly studied. Patients with special forms of strabismus (syndromes and paresis) and patients with previous strabismus surgery were excluded from the study. Results: 78 patients with "A" pattern were studied: 44 women and 34 men; 61 patients were 20 years old or younger and 17 patients were older; 59 eso- and 19 exodeviations; 58 patients with an "A" pattern of 30 prismatic diopters or smaller, 12 patients with "A" pattern diagnosed by the corneal reflex only and 8 patients with the variation greater than 30; oblique muscle dysfunctions were observed in 70 of the 78 patients studied (bilateral superior oblique overaction associated with bilateral inferior oblique underaction (31 cases) and isolated bilateral superior oblique overaction (12 cases) were more frequently found.One hundred patients with "V" pattern were studied: 58 women and 42 men; 77 patients were 10 years old or younger; 65 eso- and 34 exodeviations and 1 orthotropia; 71 patients with "V" ranging from 10 to 30 prismatic diopters; oblique muscle dysfunctions were found in 93 patients and isolated bilateral inferior oblique overaction (33 cases) and bilateral inferior oblique muscle overaction associated with bilateral superior oblique muscle underaction (30 cases) were more frequently observed. Conclusions: The results of this study confirm the importance of oblique muscle dysfunctions in the etiopathogeny of alphabetic syndromes.
Keywords: Oculomotor muscles; Anisotropy; Strabismus
RESUMO
Objetivos: Estabelecer a importância das disfunções dos músculos oblíquos na etiopatogenia das variações alfabéticas ("A" e "V") nos pacientes portadores de estrabismo do Hospital das Clínicas da Faculdadede Medicina da Universidadede São Paulo (HCFMUSP); estabelecer qual a disfunção de oblíquo mais comumente associada a cada variação alfabética. Métodos: Estudo retrospectivo realizado por meio de levantamento dos prontuários dos pacientes atendidos pelo Serviço de Motilidade Extrínseca Ocular do HCFMUSP de 1983 a 1988. Foram incluídos no trabalho 178 pacientes portadores de eso/exodesvios mais variações alfabéticas ("A" e "V"), com ou sem disfunções de oblíquos. Foram excluídos os pacientes portadores de formas especiais de estrabismo (síndromes e paresias) e os com cirurgia de estrabismo prévia à primeira consulta em nosso serviço. Resultados: Foram estudados os prontuários de 78 pacientes portadores de variação alfabética em "A": 44 mulheres e 34 homens; 61 pacientes com menos de 20 anos e 17 com mais; 59 esodesvios e 19 exodesvios. 58 pacientes com variação em "A" de até 30 dioptrias prismáticas, 12 pacientes com "A" diagnosticado apenas pelas versões e 8 com variação maior que 30; disfunções de oblíquos encontradas em 70 dos 78 pacientes estudados (89,74%), sendo as mais freqüentes a hiperfunção de oblíquo superior bilateral associada à hipofunção bilateral de oblíquo inferior (31 casos) e hiperfunção de oblíquo superior bilateral isolada (12 casos). Foram estudados 100 prontuários de pacientes portadores de variação alfabética em "V": 58 mulheres e 42 homens; 77 pacientes com menos de 10 anos de idade; 65 esodesvios, 34 exodesvios e 1 ortoforia; grande maioria dos pacientes com "V" entre 10 e 30 dioptrias prismáticas (71 casos); disfunções de oblíquos encontradas em 93 pacientes, sendo as mais freqüentes a hiperfunção de oblíquo inferior bilateral isolada (33 casos) e a hiperfunção de oblíquo inferior bilateral associada à hipofunção de oblíquo superior bilateral (30 casos). Conclusões: Os resultados desse trabalho confirmam a importância das disfunções de oblíquos na etiopatogenia das anisotropias em "A" e "V". Nas anisotropias em "A" a disfunção de motilidade extrínseca ocular mais freqüente foi a hiperfunção de oblíquo superior; nas anisotropias em "V", foi a hiperfunção de oblíquo inferior.
Descritores: Músculos oculomotores; Anisotropia; Estrabismo
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