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Editorial

Ocular health promotion at school: the teacher's perception of refractive errors in the eye

Promoção da saúde ocular na escola: percepções de professores sobre erros de refração

Jane de Eston Armond1; Edméa Rita Temporini3; Milton Ruiz Alves5

DOI: 10.1590/S0004-27492001000500005

ABSTRACT

Purpose: Identification of the perception that teachers belonging to the public education system have concerning the refractive errors in the eye occurring at school age in order to subside training programs for teachers aiming at the detection of, and subsequent assistance to, ophthalmic problems in schoolchildren. Methods: A transversal study carried out with a population of first-degree elementary school teachers, covering all public schools of the southern region of São Paulo, Brazil. A structured questionnaire based on an exploratory story was handed out. Results: The population comprised 545 subjects distributed among 120 elementary schools. The average age of the population was 37.8 years, with an average length of teaching time of 13.2 years. The majority of them (67.4%) did not receive orientation on ocular health in the last three years. The teachers distinguished more accurately the symptoms of myopia (70.8%) than those of hyperopia (42.9%) and astigmatism (40.9%). A significant number (48.5%) of them pointed out signals and behaviors indicative of the presence myopia in schoolchildren; 40.9% indicated difficulties in reading and writing in hyperope children without optical correction. "Blurred vision" (45.4%) and disinterest for activities demanding visual effort (40.9%) were the most indicated manifestations in astigmatic children. All refractive errors in the eye were classified as very serious disorders by the teachers. Conclusion: Distorted and/or insufficient knowledge was disclosed among elementary school teachers, about refractive errors occuring at school age.

Keywords: Refractive errors; Ophthalmology; Visual acuity; School health; Health promotion; School health services

RESUMO

Objetivo: Identificar percepções de professores do sistema público de ensino, em relação aos erros de refração manifestados na idade escolar, a fim de subsidiar programas de treinamento para docentes, visando à detecção e posterior assistência a problemas oftálmicos de escolares. Métodos: Estudo transversal em população de professores de primeira série do ensino fundamental, de todas as escolas públicas da região sul do município de São Paulo. Aplicou-se questionário estruturado com base em estudo exploratório. Resultados: Foi obtida uma população de 545 sujeitos, distribuídos em 120 escolas. A população apresentou média de idade de 37,8 anos e média de tempo de magistério de 13,2 anos. A maioria (67,4%) não recebeu orientação sobre saúde ocular nos últimos três anos. Os professores distinguiram mais corretamente os sinais de miopia (70,8%) do que os de hipermetropia (42,9%) e astigmatismo (40,9%). Proporção significativa (48,5%) apontou sinais e comportamentos indicativos da presença de miopia no escolar; 40,9% apontaram dificuldades na leitura e na escrita, para a criança hipermétrope sem correção óptica. Na criança astigmata as manifestações mais mencionadas foram "vista embaçada" (45,4%) e desinteresse por atividades que exigem esforço visual (40,9%). Os professores classificaram todos os erros de refração como agravos muito graves. Conclusão: Foram evidenciados conhecimentos distorcidos e/ou insuficientes entre professores do ensino fundamental, a respeito de erros de refração manifestados na idade escolar.

Descritores: Erros de refração; Oftalmologia; Acuidade visual; Saúde escolar; Promoção da saúde; Serviços de saúde escolar


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