Open Access Peer-Reviewed
Editorial

Ocular aspergillosis: case report

Aspergilose orbitária: relato de caso

Patrícia Ioschpe Gus1; Marcia Cristina Bayer2; Guilherme Herrmann Matos3; Cristiane Von Werne Baes4; Maria Fernanda Melo Martins4; Júlio Vargas Neto4; Thor Gunnar Onsten5

DOI: 10.1590/S0004-27492005000100025

ABSTRACT

Presence of fungus in the conjunctiva is a constant threat to the eyes, because these microorganisms, defined as opportunistic, may provoke severe ocular infections, in situations as low organic resistance, use of immunosuppressants, antibiotics and epithelial alteration. Our goal here is to report a case of ocular aspergillosis in an immunosupressed patient where paroxysmal nocturnal hemoglobinuria was diagnosed. A 51-year-old immunosupressed, thrombocytopenic patient was hospitalized with a diagnosis of paroxysmal nocturnal hemoglobinuria. On examination, she had a visual acuity of 20/40 in the right eye (RE) and light perception in the left (LE). She presented hyposphagma, bilateral conjunctival edema on biomicroscopy and had some multiple and circumscribed conjunctival abscesses in both eyes; clear cornea in both eyes. Fundoscopy of the RE did show any particularity, in the LE there was a smear hemorrhage. Computed tomograph showed a fat periocular infiltration. Magnetic resonance lead to the same finding, compatible with orbital cellulitis. Hemoculture showed Aspergillus growth and direct smears of conjunctival material was negative. There was great improvement while treating her with amphotericin B, but there was complete remission after using 5% natamicyn eye drops. Orbital infections caused by Aspergillus are uncommon, usually appearing in immunosuppressed patients. Frequently they progress insidiously, and can be confounded with other orbital processes. Immunological impairment can inhibit the expression of local and systemic symptoms, resulting in diagnostic confusion. The diagnosis is established by laboratory tests, but culture can be negative in spite of the classical presentation, making the beginning of treatment difficult. In these cases management starts according to the symptoms.

Keywords: Aspergillosis; Eye infections, fungal; Eye infections; Opportunistic infections; Case report; Adult; Female

RESUMO

A presença de fungos na conjuntiva representa constante ameaça para os olhos, pois estes microrganismos, definidos como oportunistas, podem provocar infecções oculares graves, em situações como baixa resistência orgânica, uso de medicações imunossupressoras, antibióticos e alteração epitelial. O objetivo desta, é relatar um caso de aspergilose ocular em paciente imunodeprimida com diagnóstico de hemoglobinúria paroxística noturna. Paciente feminina de 51 anos, internou imunossuprimida e plaquetopênica com diagnóstico de hemoglobinúria paroxística noturna. Ao exame, apresentava acuidade visual de 20/40 OD (olho direito) e percepção luminosa OE (olho esquerdo). Apresentava à biomicroscopia hiposfagma, edema conjuntival bilateral e abscessos conjuntivais múltiplos em ambos os olhos; córnea transparente AO (ambos os olhos). Boa motilidade ocular. A fundoscopia em OD não demonstrava particularidades, em OE havia hemorragia macular. A tomografia computadorizada de órbita revelou infiltração de gordura periocular. A ressonância nuclear magnética mostrou os mesmos achados da tomografia computadorizada, compatível com celulite orbitaria. Foi realizada hemocultura que demonstrou crescimento de Aspergillus sp e a cultura do raspado conjuntival foi negativa. O tratamento sistêmico com anfotericina B demonstrou melhora do quadro ocular, que regrediu completamente após a introdução de colírio de natamicina a 5%. As infecções orbitárias causadas por Aspergillus são incomuns, aparecendo usualmente em pacientes imunodeprimidos. Com freqüência têm curso insidioso, podendo ser confundidas com outros processos orbitarios. O comprometimento imunológico pode inibir a expressão dos sintomas locais e sistêmicos, resultando em confusão diagnóstica. O diagnóstico é feito com exames laboratoriais, mas a cultura pode ser negativa apesar do quadro clínico clássico, dificultando assim, o início do tratamento. Nesses casos inicia-se o manejo, segundo o quadro de sintomas.

Descritores: Aspergilose; Infecções oculares fúngicas; Infecções oculares; Infecções oportunistas; Relato de caso; Adulto; Feminino


THE CONTENT OF THIS ARTICLE IS NOT AVAILABLE FOR THIS LANGUAGE.


Dimension

© 2024 - All rights reserved - Conselho Brasileiro de Oftalmologia