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Artigo Original

Uso da pupilometria quantitativa automatizada no monitoramento da severidade da retinopatia diabética

Use of automated quantitative pupillometric evaluation for monitoring the severity of diabetic retinopathy

Veysel Cankurtaran1; Cagri Ilhan2; Kemal Tekin3; Mehmet Citirik4; Emre Dirican5; Eren Gurkan6

DOI: 10.5935/0004-2749.20210007

RESUMO

Objetivos: Procuramos avaliar o uso da pupilometria estática e dinâmica quantitativa automatizada na triagem de pacientes com diabetes mellitus tipo 2 e em diferentes estágios de retinopatia diabética.
Métodos: Cento e cinquenta e cinco pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (grupo com diabetes mellitus) foram incluídos neste estudo e outros 145 controles saudáveis pareados por idade e sexo para server como grupo controle. O grupo com diabetes mellitus foi dividido em três subgrupos: diabetes mellitus sem retinopatia diabética (retinopatia não diabética), retinopatia diabética não proliferativa e retinopatia diabética proliferativa. A pupilometria estática e dinâmica foi realizada utilizando uma camera rotative Scheimpflug com um sistema baseado em topografia.
Resultados: Em termos de diâmetro da pupila, tanto na pupilometria estática quanto na dinâmica (p<0,05), foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos diabetes mellitus e controle e também entre os subgrupos retinopatia não diabética, retinopatia diabética não proliferativa e retinopatia diabética proliferativa. Mas foi observado que os grupos de retinopatia não diabética e retinopatia diabética não proliferativa mostraram semelhanças nos achados derivados da pupilometria estática em condições mesópicas e fotópicas. Os dois grupos também pareciam semelhantes em todos os pontos durante a pupilometria dinâmica (p>0,05). No entanto, pode-se concluir que o grupo de retinopatia diabética proliferative foi sugnificativamente diferente do restante dos subgrupos, retinopatia não diabética e retinopatia diabética não proliferativa, em termos de todas as medidas de pupilometris estática (p<0,05). A velocidade média de dilatação também foi significativamente diferente entre os grupos diabetes mellitus e controle, e entre os subgrupos diabetes mellitus (p<0,001). Enquanto correlações significativas fracas a moderadas foram encontradas entre todos os diâmetros da pupila na pupilometria estática e dinâmica com a duração do diabetes mellitus (p<0,05 para todos), os valores de HbA1c não mostraram correlações estatisticamente significantes com nenhum dos diâmetros da pupila estática e dinâmica investigados (p>0,05 para todos).
Conclusão: Este estudo revelou que as medidas derivadas da pupilometria automatizada estão alteradas em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. A presença de retinopatia diabética não proliferativa não afeta negativamente os achados pupilométricos, mas com a retinopatia diabética proliferative, alterações significativas foram observadas. Estes resultados sugerem que o uso da pupilometria quantitativa automatizada pode ser útil na verificação gravidade da retinopatia diabética.

Descritores: Retinopatia diabética; Diabetes Mellitus; Técnicas de diagnóstico oftalmológico; Pupila; Reflexo pupilar

ABSTRACT

Purpose: We aimed to evaluate the use of automated quantitative static and dynamic pupillometry in screening patients with type 2 diabetes mellitus and different stages of diabetic retinopathy.
Method: 155 patients with type 2 diabetes mellitus (diabetes mellitus group) were included in this study and another 145 age- and sex-matched healthy individuals to serve as the control group. The diabetes mellitus group was divided into three subgroups: diabetes mellitus without diabetic retinopathy (No-diabetic retinopathy), nonproliferative diabetic retinopathy, and proliferative diabetic retinopathy. Static and dynamic pupillometry were performed using a rotating Scheimpflug camera with a topography-based system.
Results: In terms of pupil diameter in both static and dynamic pupillometry (p<0.05), statistically significant differences were observed between the diabetes mellitus and control groups and also between the subgroups No-diabetic retinopathy, nonproliferative diabetic retinopathy, and proliferative diabetic retinopathy subgroups. But it was noted that No-diabetic retinopathy and nonproliferative diabetic retinopathy groups have showed similarities in the findings derived from static pupillometry under mesopic and photopic conditions. The two groups also appeared similar at all points during the dynamic pupillometry (p>0.05). However, it could be concluded that the proliferative diabetic retinopathy group was significantly different from the rest of the subgroups, No-diabetic retinopathy and nonproliferative diabetic retinopathy groups, in terms of all the static pupillometry measurements (p<0.05). The average speed of dilation was also significantly different between the diabetes mellitus and control groups and among the diabetes mellitus subgroups (p<0.001). While weak to moderate significant correlations were found between all pupil diameters in static and dynamic pupillometry with the duration of diabetes mellitus (p<0.05 for all), the HbA1c values showed no statistically significant correlations with any of the investigated static and dynamic pupil diameters (p>0.05 for all).
Conclusion: This study revealed that the measurements derived from automated pupillometry are altered in patients with type 2 diabetes mellitus. The presence of nonproliferative diabetic retinopathy does not have a negative effect on pupillometry findings, but with proliferative diabetic retinopathy, significant alterations were observed. These results suggest that using automated quantitative pupillometry may be useful in verifying the severity of diabetic retinopathy.

Keywords: Diabetic retinopathy; Diabetes mellitus; Diagnostic techniques, ophthalmological; Pupil; Reflex, pupillary


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