Open Access Peer-Reviewed
Editorial

Ocular diseases in neonates

Doenças oculares em neonatos

Daniela Endriss1; Liana Maria V. O. Ventura1; José Ricardo Diniz1; Ana Carolina Celino1; Jana Toscano1

DOI: 10.1590/S0004-27492002000500010

ABSTRACT

Purpose: To identify the main ocular diseases in a neonate population attended by the "Sistema Único de Saúde" in reference maternities of Pernambuco State, advising the follow-up and necessary treatment. Methods: A transversal study was done among newborn infants in three public maternities, during the period of April to October 2000. An ophthalmological examination was performed during weekly visits, advising the follow-up and treatment of the cases with ocular alterations or risk factors. Results: 3280 newborns were examined: 1403 (42.8%) in the Encruzilhada maternity (CISAM), 1232 (37.5%) in the maternity of the Hospital Barão de Lucena (MHBL) and 645 (19.7%) in the maternity of the Hospital Agamenon Magalhães (MHAM). 387 were pre-term (11.8%). 701 neonates (21.4%) with ocular alterations or risk factors were referred to the specialized service. Of these, 46.4% were pre-term and 37.9% received oxygen therapy, with a higher percentage in MHBL (45.4%). Conjunctivitis was found in 3.0% of the eyes, leucocoria in 0.4% and subconjunctival hemorrhage in 2.0%. At fundoscopy, retinal hemorrhages were found in 7.8% of cases, with 4.3% affecting the macula. Conclusions: The most frequent diseases were retinal hemorrhages and conjunctivitis. The main risk factors seen were prematurity and neonatal infectious diseases. The authors suggest that ocular examinations should be done routinely in neonates.

Keywords: Eye diseases; Eye; Infant; newborn; Risk factors

RESUMO

Objetivo: Identificar as principais doenças oculares numa população de neonatos assistidos pelo Sistema Único de Saúde em maternidades de referência no Estado de Pernambuco, orientando o seguimento e tratamento necessário. Métodos: Realizou-se estudo de corte transversal numa população de recém-nascidos em três maternidades públicas, no período de abril a outubro de 2000. Procedeu-se ao exame oftalmológico durante visitas semanais, orientando-se o seguimento e tratamento dos casos com alterações oculares ou fatores de risco. Resultados: Examinaram-se 3280 recém-nascidos: 1403 (42,8%) na Maternidade da Encruzilhada (CISAM), 1232 (37,5%) na Maternidade do Hospital Barão de Lucena (MHBL) e 645 (19,7%) na Maternidade do Hospital Agamenon Magalhães (MHAM). 387 eram pré-termo (11,8% dos casos). Encaminharam-se ao serviço especializado 701 neonatos (21,4% do total examinado) com alterações oculares ou com fatores de risco. Destes, 46,4% eram pré-têrmo e 37,9% receberam oxigenoterapia, observando-se maior número porcentual na MHBL (45,4%). Observou-se conjuntivite em 3,0% dos olhos, leucocoria em 0,4% e hemorragia subconjuntival em 2,0%. À fundoscopia, encontraram-se hemorragias retinianas em 7,8% dos casos, com acometimento macular em 4,3%. Conclusões: As doenças oculares mais freqüentes foram: hemorragias retinianas e conjuntivites. Os principais fatores de risco observados foram: prematuridade e doenças infecciosas neonatais. Os autores enfatizam que o exame ocular deve ser realizado rotineiramente nos neonatos.

Descritores: Oftalmopatias; Olho; Recém-nascido; Fatores de risco


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