Open Access Peer-Reviewed
Editorial

Refractive changes following surgery for correction of esotropia

Mudanças na refração após cirurgia de correção de esotropia

Marcelo F. Gaal Vadas1; Mário Luiz Ribeiro Monteiro1; José Álvaro Pereira Gomes3

DOI: 10.1590/S0004-27492001000400008

ABSTRACT

Purpose: To evaluate changes in refraction and corneal curvature following surgery for correction of acquired esotropia. Methods: 42 eyes of 21 patients with acquired moderate angle esotropia without any other form of strabismus were prospectively enrolled and submitted to a complete ophthalmological examination followed by recess/resect procedure in a single eye. Data from the fellow eye were selected as control. Ophthalmological assessment was carried out preoperatively, 1 month after surgery and 6 months after surgery, where astigmatism was compared using vector analysis and the polar value concept. Results: The eyes submitted to surgery revealed a significant (p<0.05) decrease in spherical equivalent, from 3.28 ± 1.98 diopters to 3.05 ± 1.95 diopters. Refraction data disclosed a significant increase in the 90° component of net astigmatism, from 0.458 ± 0.594 diopters to 1.002 ± 0.718 diopters, which was also observed in keratometric readings:1.083 ± 0.560 diopters to 1.690 ± 0.591 diopters. Surgically induced astigmatism, assessed using refraction data was 0.63 ± 0.27 diopters at an average axis of 92.30 ± 14.91 degrees, and 0.71 ± 0.27 diopters at an average axis of 94.45 ± 15.69 degrees as obtained by keratometric readings. This is visually demonstrated by the corneal topography difference map. Conclusions: There is a statistically significant and clinically relevant increase in with-the-rule astigmatism in esotropic patients submitted to monocular recess/resect surgery. This change is stable at a 6 month follow-up and is associated with a decrease in mean spherical equivalent.

Keywords: Esotropia; Ocular refraction; Strabismus; Astigmatism; Operative surgery procedures

RESUMO

Objetivo: Estudar o comportamento da refração e da curvatura corneana em pacientes com esotropia essencial submetidos à cirurgia monocular para correção do estrabismo. Métodos: Estudo prospectivo em que 42 olhos de 21 pacientes com esotropia essencial de ângulo moderado, sem quaisquer outros estrabismos associados, foram selecionados e submetidos ao exame oftalmológico completo e à cirurgia monocular. O olho contralateral serviu como grupo controle. Foram feitas avaliações de pré-operatório, pós-operatório de 1 mês e pós-operatório de 6 meses. O astigmatismo pré-operatório foi confrontado com os astigmatismos pós-operatórios por análise vetorial e cálculo do valor polar. Resultados: Obtivemos, nos olhos operados, redução significante (p<0,05) na médio do equivalente esférico, de 3,28 ±1,98 dioptrias para 3,05 ± 1,95 dioptrias. Na refração houve um aumento significante da média do componente a 90° do astigmatismo, de 0,458 ± 0,594 dioptrias para 1,002 ± 0,718 dioptrias, também observado na ceratometria: 1,083 ± 0,560 dioptrias para 1,690 ± 0,591 dioptrias. A média do astigmatismo induzido pela cirurgia, na refração, foi de 0,63 ± 0,27 dioptrias a um eixo médio de 92,30 ± 14,91 graus e de 0,71 ± 0,27 dioptrias a um eixo médio de 94,45 ± 15,69 graus na ceratometria, evidenciáveis graficamente pelo mapa diferencial da topografia corneana. Conclusões: Observa-se aumento estatisticamente significante e clinicamente relevante do astigmatismo a-favor-da-regra em pacientes esotrópicos submetidos ao retrocesso/ressecção monocular. Essa mudança é estável ao longo do tempo e é acompanhada de diminuição significante do equivalente esférico.

Descritores: Esotropia; Refração ocular; Estrabismo; Astigmatismo; Procedimentos cirúrgicos operatórios


THE CONTENT OF THIS ARTICLE IS NOT AVAILABLE FOR THIS LANGUAGE.


Dimension

© 2024 - All rights reserved - Conselho Brasileiro de Oftalmologia